26/11/2014
por: Ricardo Fonseca
Depois de oito anos tentando, o profissional paulista Lucas Lee conseguiu chegar ao Web.com Tour, ainda que com um cartão condicional. Na condição de Top 10 do PGA Tour China no enceramento das inscrições, ele garantiu uma vaga na seletiva final da Q-School para o Web.com Tour, a ser jogada em dezembro, onde se decidirá a prioridade de inscrição de todos os jogadores em campo para a temporada de 2015 do circuito de acesso ao PGA Tour. Para ficar mais tranquilo, Lucas joga o último torneio da temporada do PGA Tour China, esta semana, precisando vencer para terminar o ano entre os Top 5 e ter uma prioridade de inscrição mínima garantida.
Só o campeão e empatados em primeiro nesta seletiva final da Q-School do PGA Tour ganham cartões integrais para o Web.com Tour de 2015. Os classificados a seguir, até a 10ª posição, terão um cartão quase tão bom quanto esses, só ficando sujeitos a diminuir sua prioridade de inscrição após o terceiro re-ranking, feito de acordo com os prêmios ganhos até então. O grupo a seguir, até a 45ª colocação também fica mais tranquilo, isento até o segundo re-ranking.
Prioridades – Todos os demais ganham cartões condicionais, de acordo com sua classificação final e ainda sendo intercalados com os classificados da 76ª à 100ª colocação do Web.com Tour de 2014 – caso de Alexandre Rocha – e com os que terminarem do segundo ao quarto lugar no PGA Tour Latinoamérica (o primeiro tem cartão integral) – onde Rafa Becker ainda pode chegar. Nessas intercalações entram ainda os classificados de segundo ao quinto lugar no PGA Tour Canadá e PGA Tour China – onde Lucas pode chegar esta semana.
Pela experiência sabe-se que os 25 cartões condicionais advindos do Web.com Tour de 2014 (76ª à 100ª colocação), os quatro primeiros de cada uma dos três circuitos satélites (Latinoamérica, China e Canadá), e os classificados de 46º lugar até, digamos, o 70º lugar da seletiva final conseguem, na prática, jogar todos os cinco torneios até o primeiro re-ranking. Ainda vão depender do que fizeram até então para continuar na luta.
Risco – O que Lucas não quer é correr o risco de ficar aquém dessa posição – mais de 150 jogadores participam da seletiva final da Q-School -, o que poderia tornar sua temporada muito difícil, entrando em um ou no máximo dois torneios do começo do ano, onde precisaria mostrar serviço para ter chances de jogar no restante da temporada.
Vale lembrar ainda que esses cálculos podem ser desmentidos pela prática, uma vez que os quatro dos cinco torneios iniciais do Web.com Tour que são jogados na América Latina e costumam ser pouco procurados, podem ter a concorrência aumentada agora que todos os pontos conquistados no ranking mundial valem para a classificação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
Contas e mais contas – É por isso que Rocha ficou tão abatido ao não passar por uma tacada para a seletiva final, tendo que se contentar com o cartão condicional de quem ficou em 98º no ranking do Web.com Tour de 2014. E por isso que Lucas vai com tudo esta semana, quando disputa o Tour Championship, que encerra o PGA Tour China de quinta a domingo no Tycoon Golf Club, em Shenzhen, na China.
Luca é oitavo do ranking de prêmios com ￥387.779 ganhos, e só a vitória, que paga ￥216.000 pode coloca-lo nos Top 5. O prêmio de segundo lugar – ￥129.600 – não bastaria para ele alcançar o quinto colocado, David Mckenzie, que já tem ￥529.152. É vencer ou vencer.
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