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PGA Tour completa um terço do calendário sem seus grandes nomes

13/02/2014

Jogados13 dos 39 torneios da temporada regular, Tiger e Phil não estão nem perto do topo

Woods: sem passar o corte de sábado no único torneio grande que jogou nos EUA desde setembro

por: Ricardo Fonseca

Desde que criou a Fedex Cup e seus playoffs, em 2007, antecipando o final da temporada para setembro, o PGA Tour resolveu o problema de jogadores como Tiger Woods que reclamavam de jogar demais, mas criou outro problema o dos “torneios de segunda linha”, jogados de outubro a dezembro, que não davam pontos para a FedexCup do ano seguinte e sequer valiam vaga para o Masters. Perdeu-se, é claro, muitos patrocinadores desses eventos relegados ao limbo do calendário.

A solução parecia ter vindo em 2013, quando os torneios pós-temporada, passaram a dar pontos integrais para a Fedex Cup e vaga para o Masters, ou seja, tratamento de primeira linha. Só se esqueceram de combinar com os grandes nomes do circuito que continuam desdenhando esses eventos e sequer deram as caras nos primeiros torneios do ano, quase todos jogados sem estrelas.

O tempo corre – Não chegamos nem à metade de fevereiro e o Northern Trust Open, que começa nesta quinta no Riviera CC, em Pacific Palisades, na Califórnia, com US$ 6,7 milhões em prêmios, já é o 13º dos 39 torneios previstos para a temporada regular, aqueles jogados de outubro de 2013 a agosto de 2014 e vão determinar os 125 primeiros do ranking com direito a manter seus cartões e iniciar os quatro torneios dos Playoffs da Fedex Cup, em setembro.

Terminada a temporada os grandes nomes do golfe aproveitam para participar dos eventos caça-níquel jogados na Ásia e Oceania e para compromissos com seus patrocinadores. Veja o caso de Tiger Woods, que depois do Tour Championship, que encerrou a temporada de 2013, em setembro, só jogou quatro torneios até agora: um na Turquia e outro de exibição que ele mesmo organiza, até o final do ano, um em Dubai e outro nos EUA, onde sequer passou o corte, este ano. Como consequência, Tiger é o 221º e penúltimo do ranking com apenas um ponto ganho na FedexCup, contra 1733 do líder Johnny Walker. No ranking de prêmios, Tiger é o 217º, com menos de US$ 11 mil ganhos em um terço da temporada.

Férias – Phil Mickelson está um pouco melhor, em 77º lugar na Fedex, depois de jogar cinco torneios. E é o 70º do ranking de prêmios. Mesmo assim, dos cinco torneios que jogou na temporada 2013/2014, os dois no final de 2013 foram na Ásia (HSBC Champions e CIMB Classic) e dos três que jogou nos EUA este ano (houve outro em Dubai), abandonou um, ficou em 42º no Phoenix Open, e em 19º lugar em Torrey Pines, antes de sair novamente de férias.

Quando se fala do ranking da Ryder Cup, que vem valendo desde 2013 e define a equipe americana para jogar em setembro, na Escócia, Mickelson é o líder da lista de pontos, mas Tiger Woods é apenas o 15º colocado e dependeria de um convite do capitão para ser convocado. Enquanto isso, Ryan Moore, Jimmy Walker e Chris Kirk estão quase garantidos no time de Tom Watson.

Ausências – Woods, que já pulou o HSBC Champions, quarto torneios da série dos World Golf Championships de 2013, decidiu também não jogar no primeiro campeonato mundial da temporada, o Accenture, que não terá também Phil Mickelson, de férias com a família por duas semanas. Tiger estaria de férias com a namorada, que acabou não podendo tentar mais uma medalha de ouro nos Jogos de Invernos, em Sochi, na Rússia, por causa de uma cirurgia no joelho, mas mesmo assim não vai jogar. O Accenture perdeu também Adam Scott, ou seja, não terá três dos quatro primeiros do ranking mundial de golfe.

Mas não para por aí. O torneio do Riviera, esta semana, será o primeiro do ano de Ernie Els nos EUA, e o primeiro desde setembro de Justin Rose, campeão do US Open, que ao menos tem a desculpa de ter estado contundido. No Brasil, a ESPN também transmitiu poucos torneios até agora, mas com a ausência dos melhores do mundo, ninguém está sentindo falta.