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PGA Tour e Tiger tentam evitar perguntas sobre o livro

29/02/2012

Mas a imprensa americana fez o seu trabalho e irritou o ex-número 1 do mundo. Veja vídeo

Antes de Tiger Woods entrar no auditório para a entrevista à imprensa que antecedeu sua estréia no Honda Classic, conduzida pelo PGA Tour, os jornalistas – segundo informações do Golf Channel e o USA Today – receberam o pedido de que não lhe fossem feitas perguntas sobre o livro de seu ex-treinador Hank Haney – “The Big Miss” -, que teve trechos revelados nesta segunda-feira e, no dia seguinte, criticados duramente pelo agente do jogador .

Mas é claro que a imprensa internacional, soberana, desconsiderou tal recomendação – muito mais constrangedora para quem fez o pedido antiético do que para quem teve que ouvir – e cumpriu o seu trabalho, que foi tentar – com a insistência necessária – que Tiger Woods comentasse aquilo que lhe diz respeito, como a pessoa retratada no livro do qual ele, sem ler, não gostou e seu agente Mark Steinberg, criticou longamente, depois que a Golf Digest adiantou trechos que revelam a fixação e obsessão do ex-número 1 do mundo por temas militares, a ponto de Haney dizer que ele considerava seriamente tornar-se um SEAL da Marinha dos EUA.

Críticas – Em entrevista ao site ESPN.com , em janeiro, Woods foi perguntado sobre o livro de Haney, seu treinador de 2004 a 2009, que vai ser lançado no final de março, uma semana antes do Masters. Na oportunidade, Tiger disse que seu ex-treinador “não foi profissional e muito desapontador…especialmente por que é alguém com quem trabalhei e considerava um amigo.”

Na primeira vez que foi perguntado sobre sua opinião sobre aos trechos do livro já revelados, Woods foi lacônico: “É ainda o mesma”, disse. “Nada mudou a esse respeito.” Mais tarde, a outra pergunta sobre o livro, respondeu secamente: “Eu já falei sobre tudo isso”, exercendo o seu direito de não falar sobre o que não quer.

Obsessão militar – Mas Alex Miceli, editor contribuinte do Golf Channel, quis saber se Tiger ou sua equipe punham em dúvida a precisão das informações já reveladas, em especial seu desejo de ser um SEAL (os SEAL, sigla derivada da capacidade de operar no mar, no ar e em terra, são a principal força de operações especiais da Marinha dos Estados Unidos), uma das obsessões por militares de Woods que Haney revela em seu livro.

“Eu já falei sobre tudo”, disse Woods, com um tom de raiva na voz. Miceli e Tiger trocaram mais algumas palavras, enquanto o desesperado mediador tentava passar a palavra a outro, quando Tiger virou-se para o jornalista e disse: “Você é uma beleza, você sabe disso?” E “tenha um bom dia”.

Nicklaus – No dia anterior, na sua entrevista à imprensa, Jack Nicklaus, perguntado sobre a obsessão de Woods em quebrar seu recorde, que Haney revelou mas o ex-número 1 do mundo nunca escondeu de ninguém, foi mais polido. Ele lembrou que ganhou quatro de seus 18 majors depois de completar 38 anos (Tiger tem 36 e 14 majors), sendo que três deles depois dos 40 anos.

“Minha opinião é que Tiger vai se recuperar e voltar a jogar muito, muito bem”, disse o maior golfista de todos os tempos. “Se ele vai bater meu recorde ou não, isso é outra questão”, advertiu. “Eu acredito que provavelmente sim. Ele ainda tem que ganhar mais majors (cinco) do que qualquer um. Essa é uma boa tarefa.”