PGA Tour: Harrington renasce com título do Honda Classic

03/03/2015


Irlandês que deu primeiro salto na carreira ao vencer no Brasil mostra que nunca desiste


Harrington: nunca desistir é o lema de vida do irlandês que renasceu duas vezes para o golfe
Harrington: nunca desistir é o lema de vida do irlandês que renasceu duas vezes para o golfe

por: Ricardo Fonseca

Quando veio o Brasil disputar os dois torneios do Tour Europeu em comemoração aos 500 anos do Descobrimento, no Itanhangá GC, no Rio, e no São Paulo, em 2000, Padraig Harrington já tinha uma vitória, em seu ano de estreia no circuito, em 1996, mas vinha desanimado com uma série interminável de vice-campeonatos, cinco deles nos dez torneios anteriores. A série aumentou no Rio, quando ele bateu uma bola na água no buraco 18 do Itanhangá, perder o título no playoff e ser vice-campeão pela décima vez na carreira.

Depois de se recolher ao vestiário e quebrar um a um todos os tacos da bolsa, Harrington foi bater bola com um jogo de tacos reserva e no dia seguinte viajou para São Paulo onde, finalmente, pôs fim à escrita e venceu com 270 (69-68-65-68) tacadas, 14 abaixo do par e duas de vantagem. Era o título que faltava para Harrington ver a carreira deslanchar.

Majors – O que se viu a partir daí foi outro jogador. Harrington conquistou mais 12 títulos do Tour Europeu e mais cinco do PGA Tour, até 2008, incluindo três majors, sendo dois consecutivos: os British Open de 2007 e 2008 e o PGA Championship de 2008. Esses títulos o levaram a ser o número 3 do mundo, antes de Harrington perder seu swing, sua confiança e despencar até o 385º lugar do ranking mundial de golfe.

Harrington, porém, enfrentou a série de cortes perdidos, desempenhos fracos e humilhações, sempre acreditando que reencontraria seu golfe. O primeiro sinal disso veio em dezembro passado, quando ele venceu o Indonesia Open. Mesmo assim, chegou ao Honda Classic como número 297 do mundo, desacreditado pelo mundo, mas não por ele.

Ranascimento – O Honda Classic lhe trazia boas recordações. Foi lá, em 2005, logo que se juntou ao PGA Tour, que ele venceu seu primeiro torneio nos EUA, logo seguido por outro, no The Barclays. Agora, dez anos depois, viu a carreira renascer mais uma vez, com uma incrível vitória no Honda, num campo traiçoeiro, o PGA National, com água para todos os lados e numa final emocionante, só decidida no segundo buraco do playoff contra o estreante Daniel Berger, de 21 anos, menos do que a metade da sua (43).

Em segundo, a uma tacada do desempate, terminaram o escocês Russell Knox e os ingleses Paul Casey e Ian Poulter, este líder da véspera, que pôs tudo a perder ao jogar cinco (sic) bolas na água e ainda jogar 74 na volta final. O melhor sul-americano foi o colombiano Camilo Villegas, que jogou 68 (-2) na final desta segunda-feira deste torneio tumultuado pelas chuvas, para ficar em 16º, com 279, uma abaixo. O argentino Fabián Gómez ficou em 70º com 292 (+12).

Masters – Com o título, Harrington ganhou vaga no Masters, onde já tem quatro Top 10s, mas não conseguiu jogar em 2014. Casey, por sua vez, subiu de 65º para 45º do mundo com seu terceiro lugar e garantiu vaga no Cadillac Championship, da série mundial, esta semana, no Doral, onde jogam 75 profissionais, incluindo todos os 50 melhores do mundo. James Hahn, por sua vez, desistiu de ir ao Doral para acompanhar o nascimento de seu primeiro filho.

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