30/10/2014
por: Ricardo Fonseca
Depois de dois anos de encantamento com o PGA Tour Latinoamérica, com seis brasileiros jogando regularmente o circuito em 2012 e 2013, a presença dos profissionais do país caiu drasticamente este ano, quando apenas dois jogadores – Rafael Becker e Felipe Navarro – vêm participando das competições. Alto custo, concorrência crescente, falta de apoio e poucos benefícios são alguns dos motivos que afastaram os profissionais brasileiros deste que é um dos três circuitos satélites do Web.com Tour em todo mundo, ao lado do PGA Tour Canadá e do PGA Tour China. Este ano, pela primeira vez, houve etapas sem nenhum brasileiro em campo.
O Lexus Peru Open, que vai ser jogado de hoje, quinta, a domingo, no Los Inkas Golf Club, em Lima, é um exemplo disso, como apenas Becker e Navarro em campo. O que lhes permite jogar no circuito, onde quem não termina entre os Top 10 tem prejuízo nas viagens internacionais, é terem empresas amigas do golfe por trás deles: a YKP/Azeite 1492, que patrocina Becker no Brasil, e Bombril e SP Market, patrocinadores de Navarro.
Custos – Apesar dos bons prêmios – US$ 150 mil por etapa – PGA Tour LA não é, ao contrário de outros, um circuito para se permanecer nele. Afinal, apenas os 15 ou no máximo 20 primeiros colocados do ranking no final do ano, terão ganhado dinheiro suficiente para pagar suas despesas para jogar no circuito, sobretudo se considerarmos o valor líquido que os profissionais embolsam.
É um circuito de passagem, para jovens jogadores tentando galgar postos mais altos no circuito mundial, com é o caso dos brasileiros que almejam dois benefícios: marcar pontos para o ranking mundial de golfe, caso terminem entre os Top 6, e ingressar no Web.com Tour, o circuito de acesso ao PGA Tour, sem necessidade de disputar as difíceis seletivas anuais. Acontece que o PGA Tour LA dá apenas cinco cartões para o Web.com, segundo que o primeiro colocado do ranking no final do ano recebe um cartão integral e os quatro seguintes cartões condicionais.
Balanço – Jogados 13 dos 18 torneios da temporada, o brasileiro mais bem colocado do PGA Tour LA é Alexandre Rocha, que ficou em terceiro na única etapa que disputou, na semana passada, no México, onde ganhou US$ 8,7 mil. Becker, que jogou 10 torneios nesta sua temporada de estreia, passou o corte em cinco e tem como único Top 20 o 12º lugar no torneio de abertura, na Colômbia, vem em 77º com US$ 6,7 mil ganhos. Navarro é o 109º após oito torneios e US$ 4,1 mil ganhos. Ele jogou oito torneios, passou o corte em três e só tem um Top 20.
Ronaldo Francisco, outro integrante da equipes YKP/Azeite 1492 de golfe que tem o cartão do PGA Tour LA, jogou apenas dois torneios e por vários motivos não jogará no restante da temporada. Rodrigo Lee, que tem um cartão condicional, também desistiu, mas por falta de patrocinadores e porque seu status não lhe tem permitido entrar direto na chave dos torneios. A exceção é Daniel Stapff, também da equipe YKP/Azeite 1492 de golfe, que mesmo sem o cartão do circuito par 2014 conseguiu jogar seis torneios até agora, através de convites ou seletivas de segunda-feira, mas passou apenas dois cortes.
Cartão – Quem está no circuito, é preciso terminar entre os 60 primeiros colocados para manter o cartão e não ter que disputar as seletivas para a temporada de 2015. A melhor chance de conseguir isso será no Aberto do Brasil, este ano rebatizado de Aberto do Atlântico, que é apresentado pelo Credit Suisse Hedging-Griffo e será jogado no campo do Gávea, no Rio, na próxima semana. Serão quase 30 brasileiros em campo, a maioria entrando por convite da organização.
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