PGA Tour LA: Brasileiros tem rodada decisiva na Argentina

29/06/2012


Ganhar é bom, mas Navarro sabe que terminar em primeiro ou vigésimo não faz diferença


Navarro: entrando para garantir a vaga sabendo que esse é um torneio de golfe que não é preciso vencer
   Navarro: entrando para garantir a vaga sabendo que esse é um torneio de golfe que não é preciso vencer

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Navarro tem dia difícil, mas ainda é líder isolado
Ele jogou 73 num dia de muita chuva. Daniel fez 71 e subiu para o sétimo lugar

por: Ricardo Fonseca

Líder de ponta a ponta da seletiva da Argentina para o PGA Tour Latinoamérica, no Hurlingham Club, em Buenos Aires, o estreante profissional brasileiro Felipe Navarro provou nesta quinta-feira saber administrar uma rodada ruim da mesma maneira que no dia anterior, quando fez a melhor volta do torneio até agora e flertou com um resultado bem abaixo do par. Sair líder no último dia também não é mais novidade para ele. No último torneio que Navarro disputou, a Copa Brasília, o primeiro grande de sua carreira, ele também era o líder isolado na volta final e com Alexandre Rocha, com duas temporadas de experiência no PGA Tour, jogando a seu lado. Ganhou por três.

Desta vez, a vantagem é de apenas uma tacada, sobre dois experientes profissionais argentinos, a vontade de vencer é a mesma, mas com uma grande diferença: ganhar não faz a menos diferença, basta terminar entre os 20 primeiros que ganham o cartão para o PGA Tour LA. “Não faz diferença nenhuma”, assegura Felipe, que teve muita dificuldade para entrar no jogo nesta quinta, quando jogou 73, três acima, para ver sua vantagem na liderança cair de quatro para uma tacada.

Chuva – O tempo virou e choveu e fez frio durante a terceira rodada, com o tempo piorando quando os últimos grupos já haviam iniciado a segunda metade do campo. “Fiz bogey no 4 e no buraco 6 errei o green por onde não podia e acabei dando três putts que me custaram um duplo bogey”, conta Navarro, que mesmo jogando três acima em seis buracos, não se deixou abater pelo primeiro mal momento na semana.

“Foi uma luta tremenda, joguei com muita gana, mas não consegui entrar no jogo em momento nenhum”, confessa Navarro. “Na segunda volta me salvei de todas a maneiras possíveis e impossíveis”, revela. “Assim é o golfe e só espero amanha acordar um pouco melhor”, conta o brasileiro que está oito tacadas acima da linha de classificação.

Daniel – O dia também foi difícil para Daniel Stapff, que ao menos teve o consolo de ter a irmã, Isadora Stapff, uma das melhores amadoras do Brasil, antes de deixar os tacos de lado há um ano para se dedicar à profissão, como caddie. Uma experiência nova para ele que passou quatro anos jogando na NCAA nos EUA sem caddie e também dispensou o ajudante na Copa Brasília, onde estreou como profissional e não passou o corte.

“Estava muito difícil mesmo”, conta Daniel. “Vento e chuva em alguns buracos
e frio depois da chuva”, diz o paranaense, que fez uma correção no swing desde a véspera. “Descobri uma coisa que tava fazendo errado no meu swing, corrigi e bati muito melhor na bola”, anima-se Daniel. “Consegui controlar bem melhor a bola, mas o problema é que eu não conseguia embocar os putts pra birdie, estava com problemas lendo as caídas”.

Regularidade – Daniel acertou 15 greens, mas diz que não embocou quase nada. “Foi um jogo meio frustrante, pois tive a chance de fazer muitos birdies e só fiz um no final”, lamenta, embora não possa se queixar da regularidade que vem mantendo durante a semana. “Nesta sexta, com um tempo melhor, vai dar para jogar melhor, com certeza”, aposta o brasileiro. “No fim o que importa e estar entre os 20 que ganham a vaga”.

Daniel está no par do campo, com quatro tacadas de folga para a linha de classificação, mas sabe que não pode bobear, pois nesta sexta a luta é de vida ou morte. Além dos dois jogadores empatados em 20º, com quatro acima, que querem fugir de um playoff pela última vaga, há mais quatro empatados com cinco acima e mais seis com seis acima. Mesmo os brasileiros Rogério Bernardo e Odair Lima, que vem mais uma e duas tacadas atrás, respectivamente, ainda tem chances de chegar entre os 20.

Prêmio – A volta final, nesta sexta, terá 19 jogadores acima da linha de classificação, até quatro tacadas atrás, que vão para o tudo ou nada em busca dos dez jogadores que estão acima do par e não tem a vaga tão assegurada. Uma tática bem diferente dos que estão na frente, como Navarro e Daniel, que terão sempre a opção de recolocar a bola em jogo e tentar para par ou bogey nos momentos de dificuldade.

O prêmio para quem superar a seletiva é poder jogar os 11 torneios do PGA Tour LA de setembro a dezembro com no mínimo US$ 125 mil em prêmios e precisos pontos para o ranking mundial para os seis primeiros de cada etapa. Quem não passar tem uma última chance, na seletiva de Miami no final de julho, onde só haverá 15 vagas em jogo e uma leva de americanos e não-sul-americanos em busca de uma chance no mais novo circuito profissional do golfe mundial.

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