PGA Tour LA começa com quatro brasileiros atrás do sonho olímpico

18/03/2015


Conheça as reais chances de Rocha, Becker, Rogério e Rodrigo chegar ao Golfe 2016


Becker: vitória no Aberto do Brasil de 2014, mas ainda longe do sonho olímpico, como os demais golfistas brasileiros
Becker: vitória no Aberto do Brasil de 2014, mas ainda longe do sonho olímpico, como os demais golfistas brasileiros

por: Ricardo Fonseca

A temporada 2015 do PGA Tour Latinoamérica, que começa nesta quinta-feira, com o Colombia Open, é a quarta do circuito sob tutela do PGA Tour, mas a mais importante de todas uma vez que será a única valendo integralmente para a corrida olímpica ao distribuir pontos para o ranking mundial em 17 de seus 18 torneios que, juntos, terão uma bolsa de US$ 3 milhões em prêmios, além de outros US$ 650 mil na segunda edição da America`s Golf Cup, de duplas, evento extraoficial. Ao todo, serão 16 torneios de US$ 175 mil cada, incluindo o Aberto do Brasil, em setembro, além da final, o PGA Tour LA Championship, com US$ 200 mil em prêmios.

Com o reforço de Alexandre Rocha, que apesar de ter um cartão condicional do Web.com Tour tem ficado como reserva e não consegue jogar no circuito de acesso ao PGA Tour sem convite, como aconteceu no Brasil, a temporada 2015 do PGA Tour LA começa com quatro brasileiros em campo, todos sonhando com os pontos para o ranking mundial de golfe que serão distribuídos aos seis primeiros colocados e empatados de cada torneio, variando de 6 pontos para o campeão a 1,2 para o sexto colocado. Infelizmente, isso não deve bastar para realizar o sonho olímpico, ao menos no Rio, em 2016.

Cartas na mesa – Os demais brasileiros na temporada 2015 do PGA Tour LA são Rafa Becker, que inicia sua segunda temporada no circuito; e Rogério Bernardo, patrocinado pelo Aeroporto Internacional de Viracopos, e Rodrigo Lee, patrocinado por seu clube, o Guarapiranga, e pela Honey Tex, ambos voltando a competir no PGA Tour LA após conquistarem seus cartões nas seletivas de janeiro. Rogério, que assim como Rodrigo, não ganhou convite para jogar na etapa de São Paulo do Web Tour, venceu a seletiva.

Becker já saiu na frente dos outros três pois é o único brasileiro no PGA TOUR LA com pontos válidos para a corrida olímpica: os 6 pontos que conquistou com sua vitória no Aberto do Brasil, mais 1,97 de um quarto lugar na Argentina, que o colocam esta semana na 662º colocação do ranking mundial de golfe, como segundo melhor brasileiro. Ele está atrás apenas de Adilson da Silva, 330º do mundo, posição que, por enquanto, o coloca entre os 60 pré-classificados para representar o Brasil nos Jogos do Rio, em 2016.

Pedras no caminho – Rocha também está no ranking mundial, na 830º colocação, mas todos os pontos que conquistou em dois anos no PGA Tour e mais dois no Web.com Tour, terão caducado quando da convocação olímpica, em julho de 2016, que vai levar em conta apenas os 24 meses anteriores (julho 2014 a julho 2016). Assim, Rocha começa do zero a corrica olímpica e ainda não definiu se continua no PGA Tour LA, onde joga esporadicamente, após esse torneio, ou se volta aos Mondays Qualifyings do PGA Tour, através dos quais vinha tentando reencontrar seu caminho para o circuito mundial. Se passar um deles e vencer no PGA Tour (já foi vice e 4º colocado, em 2012) tudo mudaria.

Rogério e Rodrigo não estão no ranking mundial e sabem vão precisar de muitos bons resultados para poder sonhar com a vaga olímpica. Uma vitória no PGA Tour LA pode colocar um jogador como eles direto entre os 750 primeiros do mundo. Dois títulos nessa terceira divisão do PGA Tour bastam para levar um golfista apenas entre os Top 500. E mesmo três vitórias os colocariam apenas aos Top 350, ainda fora da zona de classificação para os Jogos Olímpicos, hoje perto da 330ª colocação, com viés de baixa, ou seja, indo em direção aos Top 300.

Um leão por torneio
– A solução para os quatro é não apenas vencer, mas matar um leão por torneio e terminar a temporada entre os cinco primeiros do ranking que ganharão o direito de jogar no Web.com Tour em 2016. Uma vez lá, terão os seis primeiros meses de 2016 para conquistar os pontos que faltam, uma vez que a segunda divisão do PGA Tour dá 14 pontos em média para o campeão, mais do que o dobro do PGA Tour LA.

O outro único brasileiro com pontos no ranking mundial válidos para a corrida olímpica, além de Adilson e Becker, é Lucas Lee, que também não consegue jogar sem convite do Web Tour, onde tem um cartão condicional, e vai se limitar ao PGA Tour China, outro circuito satélite da terceira divisão do PGA Tour, ao lado ainda do PGA Tour Canadá. Daniel Stapff, que, jogou três anos no PGA Tour LA, e Fernando Mechereffe, após três temporadas no Web Tour, estão sem cartão para 2015, mas devem tentar a sorte e uma vaga nos circuitos através dos Monday Qualifyings.

Não custa sonhar – Para todos eles e outros que queiram se aventurar, resta jogar as seletivas para o Web Tour no final do ano, para tentar ter um cartão do circuito em 2016. Como única porta de entrada para o PGA Tour, essas seletivas, disputadas em quatro fases eliminatórias, são dificílimas, mas uma vez lá o jogador terá se dado a chance de pontuar para o ranking mundial. Uma vitória do Web Tour, para quem tem poucos ou nenhum ponto no ranking, bastaria apenas para chegar aos Top 460 do mundo. Com duas, aí sim, um brasileiro chegaria aos Top 250 do mundo e à zona de classificação para o Rio 2016.

Em resumo: fora Adilson, que joga no Tour Asiático e no Sunshine Tour Sul-Africano, ambos com torneios co-sancionados pelo Tour Europeu e muitos pontos para o ranking mundial em jogo, os demais brasileiros chegam perto do final do primeiro ano (julho 2014 – julho 2015) dos dois que valem para a corrida olímpica com muita vontade, mas poucas chances de chegar ao Golfe 2016. Se fizermos o dever de casa e investirmos para recriar a base do golfe profissional destruída por lutas políticas, teremos bem melhores chances nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, em 2020.

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