PGA Tour LA: Daniel Stapff busca cartão para o segundo semestre

04/06/2015


Dos cinco brasileiros em campo, ele é quem mais tem a ganhar na República Dominicana


Stapff: perto de recupera o cartão do PGA Tour LA em campo, graças a seus bons resultados
Stapff: perto de recupera o cartão do PGA Tour LA em campo, graças a seus bons resultados

por: Ricardo Fonseca

Dos cinco brasileiros que disputam de hoje, quinta, a domingo, o Aberto da República Dominicana, último torneio do PGA Tour Latinoamérica no primeiro semestre, antes de uma pausa no calendário até setembro, o Daniel Stapff, da equipe YKP/Azeite 1492 de golfe, é quem mais tem a ganhar, pois, para ele, está em jogo um cartão para o segundo semestre do circuito onde, hoje, não tem status algum. Stapff foi membro do PGA Tour LA de 2012 a 2014, mas perdeu seu cartão para este ano e vem jogando alguns torneios com convite dos organizadores ou por mérito próprio, ao terminar entre os 25 primeiros que garantem vaga e evento seguinte.

Stapff jogou até agora três torneios, o suficiente para ganhar US$ 4,8 mil e aparecer em 67º do ranking de prêmios, como o segundo melhor brasileiro, atrás apenas de Alexandre Rocha, que também jogou três torneios e vem em 53º com US$ 6,6 mil. Stapff só estreou no quarto torneio da temporada, no Panamá, onde jogou com convite dos organizadores e terminou em 12º lugar. Com isso classificou-se para o torneio seguinte, no México, onde apesar de jogar três abaixo em dois dias não passou o corte por uma. Voltou em Honduras, na semana passada, com convite, e terminou em 23º, classificando-se para jogar na República Dominicana a partir de hoje.

Cartão – Terminada esta rodada, os três jogadores sem cartão do PGA Tour LA mais bem colocados no ranking de prêmios do primeiro semestre, ganharão cartão para o segundo semestre (veja detalhes no último parágrafo) e Stapff está entre eles. Ele já esteve em quarto nesta disputa paralela, subiu para segundo e hoje entra em campo sem saber sua real colocação entre os sem cartões – e prefere não saber. “Não quero entrar em campo com isso na cabeça, quero ir lá e fazer o meu melhor”, diz o brasileiro que, no íntimo, sabe que se passar mais um corte terá grandes chances de ganhar o cartão e se for bem, Top 25 ou melhor, com certeza irá jogar no segundo semestre.

Rocha, que esteve fora de dois torneios – e da seletiva do US Open – para acompanhar a mulher após a morte de um parente dela, retorna a campo para seu quarto torneio do ano. Ele é o único hoje entre os Top 60 do ranking que manterão o cartão para 2016, mas não é nisso que está interessado. Para Rocha, o objetivo da temporada é vencer um ou dois torneios – haverá ainda a etapa do Itanhangá, o Aberto do Brasil – e com isso terminar entre os cinco primeiros que garantem o cartão para o Web.com Tour em 2016. Depois de dois anos no PGA Tour e dois no Web.com Tour, Rocha tem apenas um cartão condicional para o Web.com Tour, com baixa prioridade de inscrição, o que não tem lhe permitido jogar quase nada no circuito de acesso. Mas para continuar a jgoar no segundo semestre precisa permanecer entre os Top 60 (veja detalhes no último parágrafo).

Mais Brasileiros – Para os outros três brasileiros – Rodrigo Lee, Rafa Becker e Rogério Bernardo -, o primeiro objetivo é passar o segundo corte da temporada, uma vez que os três só estiveram em uma final (Rogério) ou duas (Becker e Rodrigo) até agora. Rodrigo e Rogério jogaram todos os torneios, e Becker seis, depois de ter desistido do da Guatemala, um campo que odeia e onde mais uma vez o torneio foi tumultuado pelo tempo ruim.

Desses, Rodrigo é o que se saiu melhor até agora, na 99º colocação com US$ 2,2 mil ganhos com um 67º lugar na Argentina e um 23º em Honduras, na semana passada. Mas ele está sujeito à reclassificação após esta rodada (veja detalhes no último parágrafo). Becker vem em 109º, com US$ 1,7 mil conseguidos com um 36º lugar no Panamá e um 49º no México. Rogério, que ficou em 31º no único corte que passou, na Argentina, é o 123º do ranking, com US$ 1,1 mil.

Tour de Passagem – Como se vê, a dura realidade do PGA Tour LA é que nem mesmo Rocha e Stapff, que ganharam mais e jogaram apenas quatro torneios cada, conseguiram dinheiro suficiente para pagar as despesas das viagens que fizeram. Para sobreviver no PGA Tour LA, só mesmo com patrocinador. Ainda assim, ele tem que ser encarado com um circuito de passagem, rumo ao Web.com Tour, pois apenas uns dez jogadores entre 200 não terminam o ano no vermelho.

Stapff consegue arcar com as despesas graças ao patrocínio da YKP/Azeite 1492 e a ajuda extra que as duas empresas lhe dão. Rodrigo viaja com apoio da Honey Tex e do Guarapiranga e Rogério Bernardo, patrocinado pelo Aeroporto Internacional de Viracopos. Becker tem “paitrocínio” e Rocha joga com recursos próprios e alguns apoios que lhe restaram depois que perdeu o status no PGA Tour.

Dente do Cachorro – O torneio desta semana vai ser jogado num dos melhores campos do mundo, o Teeth of the Dog (Dente de Cachorro) no resort Casa de Campo, em La Romana. Desenhado por Pete Dye em 1971, e considerado uma obra prima do arquiteto, este par 72 com 7,471 jardas, tem buracos à beira mar que estão entre os mais bonitos do continente e que há menos de dez anos teve a grama dos greens trocadas de bermuda para paspalum .

A bolsa de US$ 175 mil, com US$ 31,5 mil para o campeão vai ser disputada por 143 jogadores, sendo 138 profissionais e cinco amadores, de 17 países, sobretudo americanos (64), argentinos (26), colombianos (11) e locais (9). Dos restantes, apenas o México (6) tem mais jogadores do que o Brasil (5).

Todos os Top 10 do ranking do PGA Tour LA estarão em campo, sendo que os seis primeiros ganharam torneios em 2015, pela ordem: Tommy Cocha (único com dois títulos), Argentina; Rodolfo Cazaubón, do México; Diego Velásquez, Colômbia; Justin Danny Balin, EUA; Hueber, EUA; e Felipe Velázquez, Venezuela. Os americanos Steven Fox, Adam Schenk e Nate Lashley e o espanhol Samuel Del Val, que vêm a seguir, não ganharam torneios.

O que está em jogo – Depois desse torneio será feita uma reclassificação do circuito que definirá a prioridade de inscrição para a segunda metade da temporada. Entram nesta reclassificação todos vindos das Q-Schools, menos os primeiros colocados que ganharam cartões integrais – caso de Rogério, campeão de sua seletiva, mas não de Rodrigo o sexto da classificação; os jogadores vindos do Web.com Tour que estejam entre os 60 primeiros, caso de Rocha; os jogadores que terminaram de 6 a 15º lugar na Série de Desenvolvimento; e os três melhores do ranking que não tenham status no circuito, caso de Stapff. Becker tem status integral no circuito por causa de sua vitória no Aberto do Brasil de 2014 e seu ranking final da temporada.

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