PGA Tour LA: Gasnier se recupera e ganha cartão condicional

16/02/2013


Brasileiro fez sete birdies na volta final da seletiva, para jogar 67, cinco abaixo do par


Gasnier: volta à altura de seu golfe nos últimos 18 buracos para ainda ter alguns status no PGA Tour LA
Gasnier: volta à altura de seu golfe nos últimos 18 buracos para ainda ter alguns status no PGA Tour LA

por: Ricardo Fonseca

Depois de uma terceira rodada tumultuada e tenebrosa, com a labirintite voltando a atacar e tendo que jogar sem caddie, debaixo de chuva, antes de depois de o jogo ser interrompido, o carioca Philippe Gasnier finalmente fez uma volta de golfe digna de seu jogo e encerrou sua participação na seletiva para o PGA Tour Latinoamérica com 67 tacadas, cinco abaixo do par, o suficiente para lhe garantir um cartão condicional para o circuito.

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O jogo ainda não acabou – havia 24 jogadores em campo quando a rodada final foi suspensa ao escurecer – mas isso não muda muito a posição de Gasnier, que vem em 32º lugar, com chances de chegar a 30º quando o jogo recomeçar às 7h30 de hoje na Flórida (10h30 pelo horário brasileiro de verão). Gasnier, que jogou 25 buracos nesta sexta, foi o último a terminar os 72 buracos, antes de a rodada ser interrompida no Deere Run, campo de par 72 e 7.023 jardas, do Sun N` Lake Golf Club, em Sebring, na Flórida.

Tortura – Gasnier havia interrompido a rodada de quinta, a terceira, debaixo de temporal, com três acima no dia (um birdie e quatro bogeys), logo depois que errou o green do 11. De volta ao campo na manhã desta sexta, ainda sob chuva e sentindo os efeitos da labirintite que o atormentou durante toda a semana, ele fez bogey nesse buraco e nos dois seguintes, além de um duplo bogey, a caminho de jogar 79 e despencar para o 56º lugar.

Mas depois da espera para iniciar a volta final, o sol voltou, a labirintite passou e Gasnier fez sete birdies – e um duplo bogey, para jogar 67, sua melhor volta da semana, somar quatro acima e ficar em 32º lugar, parcial, a três tacadas da zona de classificação. Mas mesmo sem terminar entre os vinte primeiros, Gasnier fará jus a um cartão condicional que lhe dará direito de jogar vários torneios.

Chances perdidas – Sem o duplo bogey no 8, onde deu três putts de três metros, Gasnier teria tido até chances de terminar entre os vinte, o que seria uma recuperação histórica. Além dos sete birdies, duas bolas suas bateram na bandeira e saíram do green; errou putts de 1,5 metro para birdie nos buracos 2 e 7, onde fez par; viu sua bola rodou o buraco para birdie, no 17; e, no 18, quase fez eagle, deixando dada para birdie.

“Os dez primeiros cartões condicionais puderam jogar todos os torneios do PGA Tour Latinoamérica de 2012”, conta Gasnier, que ainda precisa esperar o final da rodada, na manhã deste sábado, para saber qual será sua prioridade de inscrição. Mas uma coisa é certa: com o custo de cada etapa e muitos americanos ganhando o cartão, em cinco dos oito torneios do primeiro semestre – México (3), Porto Rico e República Dominicana – a concorrência será maior do que nos torneios da Argentina, Uruguai e talvez Colômbia.

Prioridade – Já nos sete eventos do segundo semestre – Brasil (2), Colômbia, Peru, Chile e Argentina (2), talvez abram-se mais vagas para os cartões condicionais. Nos demais circuitos administrados pelo PGA Tour, há ordem de prioridade é ajustada periodicamente entre os cartões condicionais, com base nos resultados de cada cinco torneios, mas o PGA Tour LA aparentemente não adotou os chamados re-rankings.

Tiago Silva, o head-Pro de Japeri (RJ) também ganhou um cartão condicional na seletiva do Peru. A temporada de 2013 do PGA Tour LA terá ainda Ronaldo Francisco, o número 1 do Brasil, patrocinado pela YKP, e Daniel Stapff que mantiveram seus cartões em 2012; Odair Lima, que jogará com o único convite a que a CBG tinha direito, e Rodrigo Lee, recém-chegado da Coreia, que ganhou o cartão pelo no Peru.

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