PGA Tour LA: para brasileiros, golfe olímpico é a maior motivação

27/06/2012


Felipe Navarro e Daniel Stapff sonham representar o país nos jogos do Rio, em 2016


Daniel Stapff: motivado pelo sonho olímpico nesse começo de carreira no golfe profisisonal
Daniel Stapff: motivado pelo sonho olímpico nesse começo de carreira no golfe profisisonal

por: Ricardo Fonseca

Ambos foram amadores de sucesso e estrearam como profissionais nesta temporada com o mesmo objetivo: representar o Brasil na volta do golfe aos Jogos Olímpicos em 2016, no Rio de Janeiro. Foi com essa motivação que Felipe Navarro, paulista radicado no Rio, e o paranaense Daniel Stapff começaram com força total a seletiva do Argentina para o PGA Tour Latinoamérica (PGA Tour LA), o novo circuito profissional do continente, que substitui o extinto Tour das Américas, agora comandado do PGA Tour dos EUA.

Felipe, de 21 anos, filho do profissional Rafael Navarro, um dos melhores jogadores do Brasil de todos os tempos, vem de uma vitória em seu primeiro grande evento como profissional, em Brasília, e fez três birdies nos últimos seis buracos da rodada de abertura da seletiva, nesta terça-feira, no campo do Hurlingham Club em Buenos Aires, na Argentina (clique aqui para ler a reportagem sobre a primeira rodada ) para ser um dos três líderes do torneio que vai dar 20 vagas para o PGA Tour LA de 2012, que terá 11 torneios, de setembro a dezembro, incluindo o Aberto do Brasil, em outubro.

Oportunidade – “No Brasil não há muitos torneios e o PGA Tour LA é uma oportunidade fantástica para chegarmos à elite do golfe mundial”, diz Felipe, que sabe que a classificação olímpica se dará pelo ranking mundial. O PGA Tour LA, além de ser um circuito satélite do Nationwide Tour, o circuito de acesso ao PGA Tour, distribuirá pontos para os seis primeiros colocados de cada etapa, que variam de 6 pontos para o campeão a 1,2 para o sexto colocado.

Pode parecer pouco, mas duas vitórias no PGA Tour LA, por exemplo, significariam 0,3 ponto de média (o divisor mínimo é de 40 torneios) o suficiente para alguém entrar direto entre os 550 primeiros do mundo. Calcula-se que um brasileiro, hoje, precisaria estar entre os 300 primeiros para garantir a vaga olímpica.

Equipe – É por isso que Felipe montou uma equipe a seu redor, comandada pelo pai e seu técnico de toda vida. “Estou trabalhando com psicólogo, preparador físico e técnico”, conta Felipe, que tem ainda a ajuda de três empresários que estão custeando esse seu início de carreira. Mesmo sem estar acostumado a jogar no frio que fez nesta terça em Buenos Aires, Felipe fez cinco birdies e apenas dois bogeys para ser líder (clique aqui para assistir à entrevista com Navarro após a vitória em Brasília ).

Daniel Stapff, que começou a seletiva em terceiro, com 69 tacadas, uma abaixo do par, com três birdies e dois bogeys, é outra grande esperança de renovação do golfe profissional brasileiro. Depois de encerrar seus estudos na Barry University, com todas as glórias que poderia desejar, ele não passou o corte em seu primeiro torneio, em Brasília, mas chegou com força total à seletiva.

Temperatura – “O difícil hoje foram as bandeiras”, conta Daniel. “Estavam muito bem posicionadas e difíceis e por isso não tiveram resultados muito baixos”, avalia o brasileiro, que sofreu com o frio da manhã, embora esteja mais acostumado a jogar em baixas temperaturas. “Felizmente depois esquentou e o campo estava em condições muitos boas”, elogia.

Apenas mais três brasileiros estão jogando a seletiva: Rogério Bernardo (40º colocado com 74), Odair Lima (49º, 75) e Eliecer Antolinez (78º, 80). Muitos dos jovens jogadores não tiveram interesse em jogar a seletiva, como é o caso de João Paulo Albuquerque, número 1 do ranking do CBG Pro TOur de 2011; de Giordano Junqueira, que se profissionalizou este ano e venceu um torneio exibição em seu clube; e de Guilherme Oda, em sua segunda temporada profissional.

Ausências – Muitos veteranos também não se interessaram como é o caso de Marcos Silva, que vinha jogando alguns torneios do TLA; Philippe Gasnier, que tinha compromissos em Miami e é um dos cinco brasileiros com pontos no ranking mundial; e Ronaldo Francisco, patrocinado pela YKP, e Rafael Barcellos, que foram jogar uma pré-seletiva para o British Open, mas não conseguiram se classificar para a fase final.

A Confederação Brasileira de Golfe terá direito a dar o cartão a três jogadores, mas vem fazendo mistério sobre o critério que vai usar para escolhê-los. Alguns jogadores acreditam que serão os três primeiros do ranking do CBG Pro Tour de 2012, outros que o ranking mundial será levado em conta, e há até quem aposte numa seletiva, mas não há nada no papel. Uma coisa é certa: mesmo que Navarro e Stapff ganhem seus cartões em Buenos Aires, ainda haverá mais profissionais do que vagas para a CBG distribuir.

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