PGA Tour LA: Rocha aposta no putter para mais uma boa atuação

30/09/2015


Treino especial antes do Aberto do Brasil o ajudou a melhorar muito sobre os greens


Rocha analisando seus putts com o SAM PuttLab (acima) e com Nico ajudando a alinha seu putter (abaixo)
Rocha analisando seus putts com o SAM PuttLab (acima) e com Nico ajudando a alinha seu putter (abaixo)

por: Ricardo Fonseca

Alexandre Rocha chegou ao Aberto do Brasil, na última semana, perdido com o putter nas mãos. Mas bastou um treino na quarta-feira, momentos antes do Pro-Am, com o SAM PuttLab, aparelho líder no mundo para análise de movimento de putts, sob a supervisão de Nico Barcellos, técnico da Confederação Brasileira de Golfe, para que Rocha entendesse o que vinha fazendo de errado sobre os greens e fizesse o ajuste fino que lhe permitiu dar menos de 30 putts nos três primeiros dias e 31 no último, para ser campeão do torneio do PGA Tour Latinoamérica e chegar ao Aberto do Chile, esta semana, como um dos favoritos ao título.

O SAM PuttLab da CBG não é o único do Brasil. O Performance Center, da Academia Golf Range Campinas (AGRC) também dispõe desse aparelho revolucionário – e de outros para partes diferentes do jogo (clique aqui para saber mais sobre o Performance Center da AGRC ). E lá qualquer golfista pode ter acesso à tecnologia. O SAM PuttLab coleta todos os dados do movimento de um putt e elabora um relatório técnico com esses valores para que o golfista possa entender toda a complexidade de seu movimento. A partir daí o jogador ou seu professor podem estabelecer os pontos a melhorar e definir exercícios para correção do movimento.

Tomografia – “É como seu eu tivesse feito um Raios-X completo, um check-up, uma tomografia do meu stroke de putt em uma hora”, conta Rocha. “O aparelho me ajudou a entender que eu vinha fazendo um erro de pontaria, sempre para a esquerda, mas de forma consistente”, conta o campeão do Aberto do Brasil. “Não ia mudar o putt na véspera do torneio, mas saber que errava sempre a pontaria da mesma forma me ajudou a uma correção muito simples”, explica. “Se a caída era da esquerda para a direita, eu apontava com menos caída; se era da direita para a esquerda, dava mais caída, não muito, apenas um pouco para cada lado, e funcionou”.

Não apenas o jogo sobre os greens fez a diferença para Rocha. Ele precisou bater bem os ferros para os greens, sobretudo na rodada final e em todos os sete buracos dos playoffs, onde enfrentou diretamente e no mesmo grupo dois americanos que batiam o drive de 40 a 50 jardas mais longe do que ele. “Eu estava sempre batendo um ferro muito mais longo do que o deles para os greens, o que dificulta mais deixar a bola perto do buraco”, conta. “Isso exige muita concentração e confiança para não se deixar intimidar”.

Pressão – E muita experiência também. No buraco final do jogo regular, o 72º, com todos os demais jogadores já na sede, menos o pelotão que vinha empatado em primeiro, foi como se o playoff já tivesse começado. Era um match play entre eles. Rocha havia embocou um putt longo no 17 e foi para o green do 18 rapidamente, onde passou a mão no driver. “Eu sabia que não bateria primeiro e que não ia usar esse taco, mas queria por pressão nos americanos, que, como imaginei, bateriam ferros 3 e 4 do tee”, conta Rocha.

Ver Rocha, local player, de drive na mão nesse buraco terrível, com água dos dois lados do tee ao green, tirou um pouco o timing dos americanos, que redobraram a cautela e bateram curto, um deles perto da água. Rocha, maroto, guardou o drive e bateu uma madeira 3 fantástica, que lhe permitiu um approach para menos de um metro da bandeira, infelizmente em descida e com uma caída ingrata. Ele errou o birdie e teve que jogar mais sete buracos de desempate para conquistar o título.

Momento – Rocha foi para o Chile esta semana disposto a aproveitar o bom momento e a consolidar sua presença entre os Top 5 do ranking do PGA Tour Laque ganham cartão para o Web.com Tour no final do ano. Mas não pretende jogar no Maya Open, no México, na semana seguinte, nem na Bridgestone America`s Golf Cup, que virá a seguir, pois o torneio não vale para o ranking e nem terá o atrativo de Tiger Woods, que operado desistiu de jogar pelo segundo ano consecutivo. Agora, o que importa é o cartão.

“Só volto a jogar nos dois torneios seguintes, um em Punta del Este,no Uruguai, na virada de outubro para novembro, e outro em Buenos Aires, o Aberto da Argentina, na semana seguinte”, conta Rocha “Aí, dependendo do ranking, jogo outro torneio da Argentina, o Personal Classic, pulo o Peru e me preparo para o torneio final, o Latinoamérica Tour Championship, em Porto Rico, onde os cartões vão ser decididos”.

Planos – Confiante como não se via há tempos, Rocha sabe que entrar no Web.com Tour vai lhe permitir buscar os pontos no ranking mundial que lhe faltam para ganhar uma vaga nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. E então voltar ao PGA Tour em 2017.

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