06/12/2014
por: Ricardo Fonseca
Mesmo enfrentando uma fase ruim e jogando 73 (+2) na segunda volta, com bogeys nos dois buracos finais, o profissional paulista Alexandre Rocha está em 46º lugar, no par do campo, o suficiente para passar o corte com uma tacada de folga, no Aberto do Argentina, último torneio do ano do PGA Tour Latinoamérica, que está sendo jogado no Martindale Country Club, em Buenos Aires. Com isso, Rocha deverá garantir o dinheiro suficiente para terminar o ano entre os 60 primeiros do ranking (está em 59º com apenas três torneios jogados) que garantem o cartão para 2015.
O PGA Tour LA, terceira divisão do PGA Tour, pode parecer pouco para quem jogou os últimos quatro anos no circuito americano, sendo os dois primeiros no PGA Tour e os outros dois no Web.com Tour. Apesar de ter um cartão condicional para o Web.com de 2015, Rocha sabe que sua prioridade de inscrição vai lhe permitir jogar apenas dois dos cinco primeiros torneios do ano – no Brasil, com certeza, e no Chile, talvez – o que o deixaria em situação complicada para o primeiro re-ranking da temporada entre os que têm cartão condicional. O re-ranking é um rearranjo nas prioridades de inscrição com base no dinheiro ganho, determinando a ordem para os cinco torneios seguintes, e assim por diante, um novo re-ranking a cada cinco torneios.
Opções- Para manter o cartão do Web.com Tour nessa situação, Rocha teria que terminar entre os 75 primeiros do ano, o que não conseguiu em 2014 (ficou em 97º), quando jogou todos os torneios. Para ele, parece mais factível jogar os Monday Qualifyings do PGA Tour, uns 20 e tantos, entrar em alguns desses torneios, conseguir um Top 10 ou uns dois Top 20, ganhar US$ 100 mil e terminar o ano entre os 200 primeiros do ranking do PGA Tour, o que lhe garantiria um cartão para o Web.com Tour de 2016. Ou como Top 75 do Web.com ou como Top 200 do PGA Tour (126º a 200º), Rocha ganharia, além do cartão do Web.com, o direito de disputar os quatro torneios finais do Web.com onde estão em jogo 25 cartão para o PGA Tour.
Em qualquer dos planos, Rocha deverá ter muito tempo livre e o PGA Tour LA, com metade da temporada no começo do ano e a segunda metade no final da temporada, é uma boa opção para ele se manter em forma, ter um tour para jogar e ainda disputar outras formas de voltar ao Web.com Tour. Os dez primeiros do ranking ganham o direito de ir à final da Q-School do Web.com, aonde Rocha não chegou este ano por apenas uma tacada, e os cinco primeiros ganham cartões para o Web.com Tour do ano seguinte. Vários planos num ano ruim para Rocha, quando ele está cansado de golfe, mas sempre com desejo de voltar ao top do circuito mundial.
Brasileiros – Enquanto isso, Rafa Becker, que venceu o Aberto do Brasil e já tem o cartão para a temporada de 2015 do PGA Tour LA garantido, continua como o melhor brasileiro do torneio, na 14º colocação, com 140 (68-72) tacadas, duas abaixo do par. Para Becker, além do dinheiro em jogo, a única coisa que interessaria é vencer, pois o título na Argentina o colocaria como Top 5 do ranking (é 16º) e lhe daria o cartão para o Web.com ainda este ano. Feito que vai ficando difícil pois os líderes têm grande vantagem – Marcelo Rozo (-10), Tyler Mccumber (-9) e Emiliano Grillo (-8).
Felipe Navarro também passou o corte, com 143 (71-72) tacadas, uma acima, em 40º lugar, um bom resultado para ele que jogou dez torneios do circuito e só passou o corte em quatro, com esse. Já o amador Tomaz Pinheiro, que entrou pelo Monday qualifying jogou 77 e 80 (+15) e ficou longe de passar o corte (+3).
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