18/04/2015
Num dia em que os resultados mais pareciam uma montanha russa, com quem jogou bem na véspera despencando no placar e vice e versa, os Rogério Bernardo, patrocinado pelo Aeroporto Internacional de Viracopos, e Rodrigo Lee, que joga com apoio da Honey Tex e do Guarapiranga, foram os únicos brasileiros a passar o corte no 88º Aberto do Centro, torneio do PGA Tour Latinoamérica com US$ 175 mil em prêmios,
que termina neste domingo, no Córdoba Golf Club, campo de par 71 e 6.876 jardas, em Villa Allende, Córdoba, na Argentina. Rafa Becker e Alexandre Rocha ficaram a duas e três tacadas, respectivamente, de chegar às finais.
Rogério, que estreara em 14º lugar, com 70 tacadas, desta vez jogou 75, ainda assim graças a dois birdies em pares cinco, nos sete buracos finais, que salvaram seu dia depois de jogar 40 de ida, com direito ao segundo duplo-bogey da semana e chegar a seis acima com novo bogey no 10. A recuperação no final deixou Rogério em 37º lugar, com 143 (70-75) tacadas, uma acima da linha de corte.
Brasileiros – Para Rodrigo, aconteceu o inverso. Depois de estrear com sete acima, fora das 100 primeiras colocações, ele melhorou 11 tacadas ao jogar 67, quatro abaixo e terceira melhor volta do dia, para também somar 145 (78-67) tacadas e empatar em 37º lugar uma acima da linha de corte. Este é o primeiro torneio, dos três já jogados nesta temporada, que Rogério e Rodrigo chegam às rodadas finais.
Já Rafa Becker, campeão do Aberto do Brasil, um de seus três Top 10 de 2014 no circuito, jogou sua segunda volta de 74 tacadas, para somar seis acima e perder o seu terceiro corte consecutivo na temporada. Becker teve um momento muito ruim no jogo, quando fez uma sequência de bogey, duplo bogey e bogey, do buraco 15 ao 17, o que lhe custou chegar à final. Alexandre Rocha, por sua vez, tinha estreado com 76 tacadas e mesmo melhorando para 73 nesta sexta somou 149, sete acima, e ficou fora por três. Rocha só havia jogado um torneio antes, o de abertura, na Colômbia, onde foi o nono colocado e era até então o único brasileiro a passar o corte no PGA Tour LA 2015.
Efeito-gangorra – O efeito gangorra nos resultados não foi privilégio dos brasileiros. O argentino Rafael Echenique, líder isolado do primeiro dia com 67, jogou 81 (+10) e conseguiu não passar o corte por duas tacadas depois de ter feito um triplo bogey, um duplo bogey, sete bogeys e dois birdies. O também argentino Francisco Ojeda, que ganhou vaga ao terminar em primeiro no qualifying de segunda-feira, estreou com 79 (+8), mas jogou 64 (-7) nesta sexta, melhor volta do dia e de todo o torneio, para somar uma acima e chegar ao final de semana em 26º.
O novo líder do torneio é o argentino Tommy Cocha, que vinha de um título no último torneio e é líder do ranking do circuito. Com cinco birdies do 10 ao 15, ele jogou 67 (-4), para somar cinco abaixo no total e abriu uma de vantagem sobre o também argentino Leandro Marelli, o colombiano Diego Velásquez e os americanos Steven Fox e Justin Hueber, vice-líderes com quatro abaixo.
Cabrera – Ángel Cabrera, a estrela do torneio após o 22º lugar no Masters, jogou 71 para somar três abaixo e cair de segundo para sexto lugar, mas a apenas duas tacadas do líder e uma atrás dos vice-líderes. Novamente se pode levantar, limpar e recolocar a bola no corte mais baixo, devido ao terreno encharcado. Melhor latinoamericano do ranking mundial de golfe e único entre os 100 primeiros, na 98ª colocação, Cabrera, que já venceu esse torneio oito vezes, entre 1994 e 2013, tenta se tornar o único com nove títulos.
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