PGA Tour LA: seis brasileiros começam seletivas no Peru e Argentina

27/01/2015


Tourinho, Stapff e Thiele jogam em Buenos Aires; Rogério, Rodrigo e Caio em Lima


André Tourinho: em busca do cartão para dar início à carreira de profissional de golfe
André Tourinho: em busca do cartão para dar início à carreira de profissional de golfe

por: Ricardo Fonseca

Com apenas dois jogadores confirmados para a temporada de 2015, o Brasil tem a chance, a partir de hoje, nas seletivas que serão jogadas até sexta-feira, na Argentina e Peru, de colocar até mais seis jogadores no PGA Tour Latinoamérica, um dos três circuitos satélites do Web.com Tour, que por sua vez é a única forma de chegar ao PGA Tour. Cada sede reúne 120 jogadores e distribui 12 cartões; um integral para o campeão da seletiva e 11 condicionais, válidos para a primeira metade da temporada. Há ainda 18 cartões condicionais em cada sede, que, na prática, não garantirão o direito de jogar mais de um ou dois torneios.

Para o amador carioca André Tourinho, e os paranaenses Daniel Stapff (integrante da equipe YKP/Azeite 1492 de golfe) e Luis Thiele, que jogam em Buenos Aires, e os paulistas Rodrigo Lee, Rogério Bernardo e Caio Barbosa, que jogam em Lima, está é também a última chance de estar num circuito que vale pontos para o ranking mundial de golfe dentro do período em que a corrida por uma vaga no Golfe 2016 está em jogo (julho de 2014 a julho de 2016). Hoje o Brasil só tem Rafa Becker garantido no PGA Tour LA de 2015, além de Alexandre Rocha, que só jogará eventualmente no circuito.

Tourinho – Tourinho, o único amador do grupo, depende do resultado desta seletiva para virar profissional de uma vez, após ter adiado a nova carreira por dois anos. Ele vem de excelentes resultados no final da carreira amadora, como o terceiro lugar no Latin America Amateur Championship e o vice-campeonato no Sul-Americano Amador, que terminou de jogar domingo em Lima. Tourinho preferiu viajar para Buenos Aires para jogar a seletiva de lá em vez de permanecer em Lima, para a seletiva local.

Daniel Stapff, que já foi membro do PGA Tour LA em 2013, e jogou nove torneios do circuito em 2014, mesmo sem o cartão, e Luis Thiele, que inicia sua primeira temporada completa como profissional, tentaram a vaga, sem sucesso, na final da Série de Desenvolvimento, que distribuiu 15 cartões, sendo cinco integrais e 10 para a primeira metade da temporada, há duas semanas, no Peru. Em torneio atípico, ambos ficam nas últimas colocações entre 46 jogadores e nunca tiveram chances de se classificar.

Lima – Na outra chave, Rogério Bernardo já foi membro do circuito em 2012, e Rodrigo Lee em 2013 e 2014, este último com um cartão condicional que se mostrou praticamente inútil por não lhe dar chances de jogar. Caio Barbosa tenta entrar para o circuito pela primeira vez. Dos seis brasileiros, os que não conseguirem o cartão esta semana, restarão apenas os torneios profissionais no Brasil para se manter.

Muitos profissionais importantes do Brasil que já foram membros do PGA Tour LA desistiram de jogar no circuito, como é o caso de Ronaldo Francisco, Felipe Navarro, Philippe Gasnier, e Odair Lima, enquanto outros nunca conseguiram ou sequer tentaram. O que afasta os jogadores da forma mais simples de começar carreira internacional são os custos do PGA Tour LA, que podem consumir de US$ 1 mil a US$ 2 mil por evento fora de casa, valores que só seriam compensados com um raro Top 10. Além disso, muitos dão aulas em seus e tem lucro cessante quando viajam.

Concorrência – A chave de Buenos Aires, no Hurlingham Club, que já foi sede de uma seletiva do circuito em 2012, será de longe a mais difícil de todas sobretudo pela quantidade e qualidade dos jogadores locais. Lá estarão, por exemplo, Clodomiro Carranza e Matías O`Curry, que ficaram entre os cinco primeiros da temporada de estreia do PGA Tour LA, em 2012, ganharam seus cartões para o Web.com Tour, mas não conseguiram se manter no circuito de acesso ao PGA Tour e hoje está sem circuito para jogar.

Vencedores no PGA Tour LA, como Alan Wagner; e  Daniel Vancsik, que jogou no Tour Europeu, são outros destaques da chave, que reúne ainda os argentinos Franco Romero, Leandro Marelli, Federico Cabrera, Julian Clarke, Joaquin Bonjour que acaba de se profissionalizar e Santiago Bauni, que ainda joga como amador. Thiele (8h10) e Tourinho (8h20) jogam nesta terça pela manhã e Stapff (11h20) à tarde, sempre pelo horário local, uma hora mais cedo do que no Brasil.

Destaques – A chave do La Planicie Country Club, que terá uma seletiva pelo terceiro ano seguido, também tem ex-jogadores do circuito, como o boliviano Sebastián MacLean, o peruano Patricio Salem, o venezuelano Alfredo Adrián, o mexicano Manuel Inman e o americano Gunner Wiebe, que já foram membros do circuito, perderam seus cartões e tentam voltar. Rogério saiu na primeira turma, pelo tee do 10, às 7h00; Rodrigo joga às 7h50 e Caio às 12h10, pelo tee do 10, sempre pelo horário de Lima, onde é três horas mais cedo do que no Brasil.

Em Buenos Aires, a maioria de los jogadores são dos EUA (44), seguidos pelos da Argentina (24). Os demais países representados são: Canadá, México e Colômbia (4), Brasil (3), Austrália (2), Chile, Venezuela, Coréia do Sul, Espanha, Uruguai, Honduras, Suécia e Paraguai (1). Já em Lima os americanos são mais da metade (61), seguidos por México (10), Venezuela (9), Colômbia (6), Canadá, Espanha, Brasil e Itália (3), Suécia, Austrália, Chile e Panamá (2) e Peru, Mônaco, El Salvador, Bolívia, Inglaterra e República Dominicana (1).

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