PGA Tour Latinoamérica: apenas dois brasileiros jogam na Colômbia

27/11/2012


Para todos os que não podem mais ganhar cartões para o Web.com, o clima é de fim de festa


Ronaldo: brasileiro mais bem colocado no ranking do PGA Tour LA: pagando para jogar golfe
    Ronaldo: brasileiro mais bem colocado no ranking do PGA Tour LA: até agora, pagando para jogar golfe 

por: Ricardo Fonseca

Apenas o paranaense Daniel Stapff, que está aproveitando ao máximo a temporada inaugural do PGA Tour Latinoamérica, e o paulista Rogério Bernardo, que só conseguiu dinheiro para viajar na última hora, irão representar o Brasil no Arturo Calle Colombian Coffee Classic, apresentado por Avianca, nona das onze etapas do circuito, que vai ser jogado de quinta a domingo, no Campestre de Cali, na Colômbia, com US$ 125 mil em prêmios. O circuito que termina com mais dois torneios na Argentina, nas próximas semanas, vai dar cinco cartões para o Web.com Tour, sendo um integral para o campeão do PGA Tour LA e quatro condicionais para os classificados da segunda à quinta colocação do ranking.

Dois seis brasileiros que tem o cartão do circuito, o paulista Felipe Navarro, contundido, voltou a jogar ainda sem estar nas condições que gostaria e desistiu do final da temporada. O carioca Philippe Gasnier, que também vem de contusão, preferiu não ir à Colômbia, assim como o paranaense Odair Lima e o paulista Ronaldo Francisco, patrocinado pela YKP. A conclusão para a maioria, é que muitas vezes viajar não compensa os gastos, uma vez que é preciso terminar entre os 20 primeiros apenas para pagar as despesas locais, sem avião.

Verdade – Passada a euforia inicial, os brasileiros descobriram a verdadeira face do PGA Tour LA, um circuito satélite do Web.com Tour, do qual não é possível viver, a não ser que o jogador esteja chegando sempre entre os Top 5 e lutando por um dos poucos cartões para o circuito de acesso ao PGA Tour. Para a grande maioria, jogar 11 etapas em sete países, acaba custando mais caro do que os prêmios que possa levantar.

O gasto médio por torneio varia de US$ 1,5 mil a US$ 2 mil, o que dá perto de US$ 20 mil por toda a temporada. Apenas 13 dos 153 jogadores que estão no ranking do PGA Tour LA, ganharam isso até agora. Nenhum brasileiro chegou nem à metade disso, apesar de três deles já terem conseguido Top 10s este ano: Ronaldo (10º em Porto Rico), Gasnier (8º no México) e Daniel (4º na Argentina).

Vermelho – Ronaldo, o brasileiro mais bem colocado do ranking, jogou seis torneios e ganhou US$ 9,4 mil, bem menos do que gastou, mesmo tendo parte das passagens aéreas subsidiadas pela Confederação Brasileira de Golfe (CBG). Stapff, que jogou todos os oito torneios até agora, ganhou US$ 8,5 mil e está mais ainda no vermelho. Gasnier, que nem passagens da CBG ganhou, amealhou US$ 7,2 mil em cinco torneios, conta que também não fecha.

Ronaldo (32º), Daniel (36º) e Gasnier (46º) são os únicos brasileiros entre os 50 primeiros do ranking que vão manter seus cartões para 2013. Ainda assim, correm risco de ficar fora, caso não ganhem dinheiro neste final de temporada. Situação pior é a de Odair (102º, com US$ 1,9 mil ganhos em sete torneios) e de Rogério (138º, com US$ 656 ganhos em três torneios), que estão longe de manter o cartão. Navarro não pontuou e talvez ganhe uma extensão médica para 2013, se o circuito adotar o mesmo critério que os demais sob a administração do PGA Tour.

Dificuldades – Rogério, o com pior situação financeira entre os brasileiros, não tem conseguido jogar a maioria dos torneios, nem quando ganha passagens subsidiadas pela CBG. Apesar de estar com a passagem na mão, ele só foi jogar este torneio na Colômbia porque, na semana anterior, ganhou R$ 3 mil em prêmios no Torneio da Casa da Paz, combinando o dinheiro do Pro-Am e do torneio profissional. Exatamente o que precisava para pagar hotel, caddie e outras despesas miúdas.

O Brasil organizou uma das etapas do PGA Tour LA, o Aberto do Brasil, com US$ 125 mil em prêmios. Os brasileiros ganharam juntos até agora menos US$ 31 mil, considerados os seis que tem o cartão do circuito e os demais que participaram do Aberto do Brasil via convite ou qualifying. Outra conta que não fecha.

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