PGA Tour Latinoamérica cancela pré-seletiva argentina

19/06/2012


Com poucas inscrições, haverá apenas a final. Brasil ganha três cartões para o circuito


Navarro: justamente quem não precisava, será um dos poucos brasileiros a jogar a seletiva argentina
Navarro: justamente quem não precisava, será um dos poucos brasileiros a jogar a seletiva argentina

por: Ricardo Fonseca

O pequeno número de inscritos levou o PGA Tour Latinoamérica a cancelar as pré-seletivas que seriam disputadas em duas sedes da Argentina, quinta e sexta desta semana, mantendo apenas o torneio final de classificação, de 26 a 29 de junho – terça a sexta da próxima semana – no Hurlingham Club, em Buenos Aires. Os 20 primeiros colocados desse torneio irão ganhar seu cartão para o PGA Tour Latinoamérica, circuito que substitui e amplia o extinto Tour das Américas, que terá 11 torneios de setembro a dezembro, incluindo o Aberto do Brasil, em outubro, ainda sem sede definida, nesta sua temporada inaugural.

A pequena adesão às pré-seletivas se explica pelos custos que os jogadores de fora da Argentina teriam para jogar as duas etapas, uma viagem de mais de dez dias, fora o custo da inscrição de US$ 1 mil (US$ 500 por etapa). Mas o que mais assusta aos profissionais latinos é o custo para jogar as 11 etapas do circuito, que pode superar os US$ 20 mil, algo só viável para quem tem patrocinadores, raridade por essas latitudes.

Felipe Navarro é um dos poucos brasileiros inscritos para as pré-seletivas, já que nenhum profissional do país estava classificado diretamente para a final. Além dele, outros sete brasileiros deverão enfrentar uma batalhão de argentinos pelos 20 vagas. Quem terminar de 21º a 40º ainda poderá tentar a sorte na seletiva de Miami, em julho, indo direto para a final (com novos custos de viagem e inscrição). Lá também está prevista uma pré-seletiva, mas até agora não houve cancelamento. As inscrições vão até 20 de julho.

Segredo – A boa notícia, ainda mantida em sigilo pela Confederação Brasileira de Golfe (CBG), mas já comentada por todos os interessados, é que a entidade terá direito a dar três cartões para o PGA Tour Latinoamérica, a seu critério. Os demais países que irão sediar eventos do PGA Tour Latinoamérica também terão suas cotas.

Segundo os profissionais que foram a Brasília, as três vagas seriam decididas pelo ranking do CBG Pro Tour de 2012, que já teria as etapas de Brasília e a do Damha Golf Club, de 9 a 12 de agosto. A informação correu apenas entre os profissionais cadastrados na CBG, mas depois foi dito que a entidade pediu para não divulgar o critério, o que complica a sua utilização, pois poderá dar a entender que se esperava primeiro o resultado do torneio para depois decidir o que fazer.

Rankings – Outros, como é o caso de Philippe Gasnier, que não pode jogar na seletiva da Argentina por estar se preparando para a seletiva final do British Open, acreditam que o primeiro critério para se distribuir os três cartões deveria ser o ranking mundial de golfe, onde ele entrou por ganhar seus primeiros pontos quando foi o melhor brasileiro do Aberto do Brasil de 2011. Chegou-se a cogitar ainda uma seletiva, mas essa idéia é criticada por todos.

Rafael Barcellos, diretor de profissionais da CBG, ficou em situação delicada para ganhar um cartão, uma vez que não passou o corte em Brasília e não pode jogar na seletiva da Argentina, por ter se inscrito para a pré-seletiva para o British Open, que joga na próxima segunda-feira. O mesmo acontece com Ronaldo Francisco, patrocinado pela YKP, que também joga a pré-seletiva do The Open. Se passarem, ambos se juntam a Gasnier na final.

Candidatos – A CBG está pagando as passagens e inscrição de Guilherme Oda e Odair Lima, o Cazuza, os melhores do ranking do CBG Pro Tour de 2011, depois que Barcellos, Ronaldo e João Paulo Albuquerque, que desistiu de jogar no circuito. Felipe Navarro, campeão em Brasília, vai jogar a seletiva argentina, o que abre mais uma vaga no ranking de 2012 caso ele passe. Os estreantes Giordano Junqueira e Daniel Stapff também vão.

A PGA do Brasil está pagando a viagem para dois jogadores, mas Cláudio Oliveira, campeão do PL, desistiu do circuito por causa dos custos e Rogério Bernardo, o vice, está com passagem comprada e intransferível para a pré-seletiva e terá que viajar antes se quiser jogar.

Indecisão – Uma coisa é certa: os custos das seletivas e do próprio circuito já são uma seletiva por si só, pois apenas os atletas com “paitrocínio” ou com patrocínio alto poderão encarar a aventura do PGA Tour Latinoamérica. É a indecisão da CBG e sua relutância em definir os critérios para dar os três cartões a que tem direito, só piora as coisas e deixa os jogadores ainda mais inseguros. Fora a questão moral de definir os regras apenas depois que o jogo começou.

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