PGA Tour: Rocha pode definir futuro esta semana

13/07/2011


O Viking Classic será jogado no único campo do circuito que o brasileiro conhece bem


    Rocha: primeiro torneio de golfe do ano em que ele sente que tem reais condições de vencer
    Rocha: primeiro torneio de golfe do ano em que ele sente que tem reais condições de vencer

por: Ricardo Fonseca

O profissional paulista Alexandre Rocha nem tentou se classificar este ano numa das seletivas para o British Open. Isso porque ele sabia que o Viking Classic, que começa nesta quinta-feira, no Annandale GC, em Madison, no Mississippi, pode ser o momento decisivo que ele aguardava no PGA Tour. Afinal, para um estreante que passou a maior parte do ano jogando em campos que ele era obrigado a conhecer em apenas uma volta de treino, jogar num percurso onde já esteve incontáveis vezes, quando defendeu a Mississippi State e foi do primeiro time All-American, antes de virar profissional, em 2000, é um trunfo que não poderia ser desperdiçado.

Rocha passou seus quatro anos de faculdade morando em Starkville, perto de Madison. Jennifer, sua mulher, é de Clinton, ali ao lado, e Rocha nem se lembra de quantas vezes jogou no Annandale, quando ia à casa de sua noiva. E, esta semana, o brasileiro ainda vai ter um torcedor muito especial: Rafael, seu filho de um ano, está saindo com a mãe, de Orlando, onde moram, e estará no campo do Annandale.

Vitória – “Eu nunca estive em um lugar este ano onde eu pudesse dizer `eu posso vencer aqui`, até agora”, diz Rocha, confiante não só por conhecer o campo, mas também porque a mudança de driver, no jogo de tacos e ajustes no swing começaram a dar resultados cada vez melhores e já o fizeram ser o primeiro brasileiro a passar o corte no U.S. Open, e, na semana seguinte, a ser o primeiro brasileiro a liderar um torneio do PGA Tour, no Travelers Championship.

O objetivo de Rocha, bem como de todos os estreantes do PGA Tour é terminar o ano entre os 125 primeiros do ranking e manter seu cartão para a temporada seguinte, sem necessidade de reconquistá-lo no qualifying, de onde ele veio. Mas estreantes também conseguem jogar poucos torneios – foram apenas 13 para Rocha até agora – o que torna muito mais difícil atingir essa meta.

Dinheiro – O brasileiro está hoje em 190º do ranking do PGA Tour, com US$ 108.732 mil ganhos, e calcula que precise chegar a US$ 900 mil para ficar seguro entre os que irão manter seu cartão. “Isso não é impossível”, garantiu Rocha à imprensa, depois de sua volta de treino, nesta terça-feira. “Essa é a oportunidade para um jogador que precisa mostrar serviço porque o grupo de jogadores em campo é mais fraco”, diz Rocha.

Apesar de ser um dos torneios com menor premiação da temporada – US$ 3,6 milhões – por ser jogado na mesma semana de um major, uma vitória no Viking dá dois anos de isenção para o PGA Tour como qualquer outro torneio, além do prêmio de US$ 648 mil. A única diferença é que o campeão desse evento não ganha vaga no Masters, como nos demais. Mesmo quem não vence pode acumular um bom dinheiro esta semana, com prêmios variando de US$ 388,8 mil para o segundo colocado a US$ 97,2 mil para o décimo.

Confiança – Embora ainda esteja muito distante de sua meta de garantir o cartão e permanecer no PGA Tour, onde lutou tão duro para entrar, Rocha acredita muito que pode chegar lá, começando por esta semana. “Isso é algo que está lá, bem no fundo da minha cabeça”, garante Rocha, que mais uma vez vai ter a torcida de todos os brasileiros, ansiosos por vê-lo entre os líderes na transmissão ao vivo que o Golf Channel vai fazer até domingo.

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