Profissionais: Brasileiros fazem holes-in-one e viram jogo em Brasília

16/08/2014


Aces levam Stapff, da equipe YKP/Azeite 1492, para liderança e Oda, do Damha, para 2º


Stapff: jogador da equipe YKP/Azeite 1492 faz hole-in-one para ser líder do torneio de golfe do DF
Stapff: jogador da equipe YKP/Azeite 1492 faz hole-in-one para ser líder do torneio de golfe do DF

por: Ricardo Fonseca

As chances de um profissional fazer um hole-in-on num buraco de par 3 foram calculadas como sendo uma em 3 mil. Já as chances de dois profissionais fazerem isso na mesma rodada, ainda mais num torneio com apenas 54 jogadores em campo, passam dos milhões. Mas Daniel Stapff e Guilherme Oda desafiaram a matemática e o domínio estrangeiro no Circuito Brasileiro de Golfe Profissional ao conseguirem um hole-in-one cada, neste sábado, no Clube de Golfe de Brasília, para assumir a liderança e o segundo lugar, respectivamente, no torneio de abertura do CBG Pro Tour de 2014.

Stapff, integrante da equipe YKP/Azeite 1492, que reúne valores da “geração olímpica” do golfe brasileiro, jogou 71 na estreia para começar o dia empatado em quarto. Nesta sexta, ele vinha três abaixo nos 11 primeiros buracos, flertando com a liderança, quando embocou de primeira no buraco 13, de 194 jardas, para fazer o hole-in-one que o colocou na liderança (foto ao lado). “Não podia pedir uma volta de golfe melhor”, comemorou Daniel. “Um hole-in-one para jogar 68 e chegar à volta final vencendo por uma”, diz o paranaense que somar 139 (71-68) tacadas, cinco abaixo do par.

Confiança – Na verdade, a volta de Daniel podia ser ainda melhor. Ele ainda fez um birdie no 14 para chegar a seis abaixo em 14 buracos, mas a emoção acabou cobrando seu preço, com o paranaense fazendo um duplo bogey no 15, seguido de birdie e bogey, para jogar 68. Daniel, que aproveitou o longo período sem torneios profissionais no Brasil para descansar, mas também treinar forte, com preparação física e técnica, diz que sentia muita falta de competição de alto desempenho, mas que chegou a Brasília muito confiante em seu jogo. A prova está nesses dois primeiros dias, quando fez 11 birdies e um eagle-hole-in-one.

Oda, profissional do Damha Golf Club, de São Carlos, que começou o dia em sexto depois de jogar 72, o par do campo, na estreia, foi quem fez o primeiro hole-in-one da segunda rodada. O profissional nascido em Bauru embocou de primeira no buraco 4, de 196 jardas, logo depois de quase ter feito eagle de fora no buraco 3. Oda ainda fez outro birdie no 5, para chegar a quatro abaixo em cinco buracos e saltar para primeiro lugar no placar.

Emoção – A emoção depois de um hole-in-one sempre cobra seu preço, no caso de Oda um bogey no 6 que o fez jogar três abaixo de ida. O profissional do Damha ainda fez mais dois birdies na segunda metade do campo, para voltar a empatar em primeiro, até que um bogey no 18 o fez cair para segundo lugar, com 140 (72-68) tacadas, quatro abaixo e uma atrás de Daniel, que como ele fez a melhor volta do torneio até agora.

O argentino Mauricio Molina, número 1 do ranking profissional brasileiro de 2013, que defende o título ganho em Brasília no ano e começou o dia em primeiro, fez três birdies nos dez primeiros buracos para manter a liderança, mas devolveu três tacadas em quatro buracos para jogar o par do campo, somar 141 (70-71) tacadas, três abaixo, e completar o grupo dos líderes para a volta final, deste sábado.

Estrangeiros – Molina vem empatado com o boliviano Jorge Luiz da Salvatierra, que jogou 71 com três birdies e um duplo bogey, para também somar três abaixo e abrir uma de vantagem sobre o paulista Robaldo Francisco, número 1 do Brasil e também integrante da equipe YKP/Azeite 1492 de golfe, que jogou 70 e 72 para ficar em quinto, com duas abaixo e seu o último jogador com números vermelhos no placar. o Paulista Rodrigo Lee, que jogou duas voltas de 72 completa o vice-pelotão, no par do campo.

Dos 54 jogadores em campo, apenas os 24 com até oito acima do par na soma dos dois dias, passaram o corte e disputarão os R$ 120 mil em prêmios na rodada final deste sábado. Um corte elevado e um nível técnico decepcionante para uma competição deste nível. Dos sete estrangeiros em campo, cinco passaram o corte, com o paraguaio Ramon Franco e o argentino Sérgio Azevedo empatados em oitavo, com duas acima (ambos fizeram duas voltas de 73 tacadas) e o paraguaio Pedro Martinez em 13º, com cinco acima.

Tropeço – Fabiano dos Santos, vice-líder da véspera com 71, que volta a golfe depois de dois anos trabalhando como caminhoneiro, não resistiu à falta de ritmo de jogo e jogou 80, sem um único birdie e caiu para 15º lugar. Luis Thiele, que abandonou a carreira amadora como número 1 do Brasil para estrear como profissional passou seu primeiro corte, raspando, ao jogar 77 e 75. Entre os jogadores de destaque que não passaram o corte estão o paraguaio Nilson Cabrera, hoje mais fazendeiro do que profissional de golfe, o argentino Guillermo Vivas, e os brasileiros Giordano Junqueira e Philippe Gasnier.

O CBG Pro Tour é patrocinado por YKP, Azeite 1492, HSBC, BMW, Sportv e Klabin. Nespresso é o café oficial. O torneio tem o apoio do Clube de Golfe de Brasília e Federação Centro-Oeste de Golfe. O circuito foi criado pela Confederação Brasileira de Golfe em parceira com a IMX e utiliza recursos da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte. 

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