Profissionais: Molina emboca de 18 metros para vencer no Itanhangá

13/12/2014


Argentino deixa Becker e Navarro uma atrás. Stapff termina ano como nº 1 do Brasil


Molina: argentino vira jogo após penalidade e impede que brasileiros ganhem todos torneios de golfe do ano
Molina: argentino vira jogo após penalidade e impede que brasileiros ganhem todos torneios de golfe do ano

texto e fotos: Ricardo Fonseca, enviado especial ao Rio de Janeiro

Apesar de uma penalidade de duas tacadas que recebeu no buraco 7, quando seu caddie, que fora buscar um guarda-chuva na sede, pegou carona de volta num cart, o argentino Maurício Molina jogou 67, cinco abaixo do par e melhor volta da semana, para superar os brasileiros Rafa Becker, que jogou a bola na água no 18, e Felipe Navarro, que entregou a liderança ao errar um putt de um metro para par no 16, por uma tacada e vencer de virada a etapa do Itanhangá Golf Club que encerrou neste sábado, no Rio de Janeiro, o Circuito Brasileiro Profissional de Golfe de 2014.

Nas fotos ao lado, de cima para baixo: Molina comemora putt monstro que lhe deu o título; Sergio Carpi, presidente do Itanhangá, com Daniel Stapff, número 1 do Brasil em 2014; Becker, no tee do 10; Navarro lamenta birdie perdido no 18; Rafael Barcellos, rei das bancas no Itanhangá; Marcos Silva; Daniel Kenji Ishii, o melhor amador; Yim King Po, Mário Moreira e Sergio Carpi; Rodrigo Lombardi; Luiz Eduardo Lopes Porto, do Promenade; e o head-pro Antônio Lins e o capitão Estélio Zen, no centro, ao lado dos profissionais do Itanhangá.

Daniel Stapff, que como Becker defende a equipe YKP/Azeite 1492 de golfe, recuperou-se de uma má estreia para terminar o torneio em oitavo e fechar o ano como o número 1 do Brasil e do circuito. Rafael Barcellos, que ficou em quarto no torneio, fechou o ano como segundo do ranking, superando Ronaldo Francisco, da equipe YKP/Azeite 1492, que ficou em terceiro. Molina passou para o quarto lugar com ranking, com Becker em quinto. Desta forma, os três integrantes da equipe YKP/Azeite 1492 fecharam a temporada como números 1, 3 e 5 do ranking brasileiro.

Campeão – Molina, que completará 48 anos dia 20 de dezembro e aguarda a chance de jogar nos circuitos de veteranos, a partir de 2016, vinha de uma atuação apagada no PGA Tour Latinoamérica, onde não passou o corte em metade dos torneios da temporada e teve como melhores resultados dois Top 20 nos dois torneios finais, ambos em seu país, o Personal Classic (13º) e o Aberto da Argentina (17º). Mesmo assim não conseguiu manter o cartão para 2015 e terá que recuperá-lo na final da Série de Desenvolvimento ou na Q-School do circuito, em janeiro.

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Mas quando joga no Brasil, Molina sempre cresce, como em 2013, quando foi o número 1 do Brasil ao vencer um torneio, ser vice-campeão em outro e amealhar ainda um terceiro lugar. Este ano, Molina embocou um putt longo no 18 para levar o jogo para o desempate na etapa de Porto Alegre, antes de perder o playoff para Becker, que conquistou o primeiro título profissional de sua carreira.

Penalidade e virada – Molina começou a volta final em quarto lugar, com três abaixo, empatado com mais quatro jogadores, duas atrás do líder Navarro e uma atrás de três vice-líderes: Becker, o amador Daniel Kenji Ishii, líder do primeiro dia, e Barcellos. O argentino jogou três abaixo nos sete primeiros buracos, com quatro birdies, mas antes de ter tempo de comemorar a reação, foi penalizado em duas tacadas por causa da inexperiência de seu caddie em competições. Por ordem do argentino, o caddie fora busca um guarda-chuva na sede mas, ao retornar, pegou carona num cart, o que é proibido pelas regras, e custou a Molina duas tacadas de penalidade, transformando seu birdie no 7 em bogey.

O experiente argentino assimilou o golpe e foi buscar o resultado na segunda metade do campo, onde fez três birdies seguidos, do 12 ao 14, para chegar a sete abaixo e encostar nos líderes. Mas a jogada do dia foi seu putt de 18 metros no buraco 18, que mergulhou direto no buraco para lhe dar o sétimo birdie do dia (oitavo sem não contarmos a penalidade), e uma volta de 67 tacadas (-5), que o deixou líder na sedem com oito abaixo no total.

Brasileiros – Um grupo atrás, Navarro e Becker vinham se revezando na liderança depois que Kenji, que completava o pelotão, sentiu a pressão e ficou para trás. Navarro abriu o dia com um eagle incrível, no buraco 1, de par 4 curto, onde seu drive varou o green, mas ele embocou de fora, na tacada de volta. Mas um bogey no 3 o deixou empatado com Becker, que fez birdies no 1 e no 3, seguido de um eagle no 5, que o levou para primeiro lugar, com oito abaixo.

A partir daí o jogo ficou tenso, com os dois brasileiros alternando bons e maus momentos. Becker foi o único em campo a chegar a nove abaixo, com um birdie no 11, tacada que logo devolveu com um bogey no 12. Navarro voltou a empatar em primeiro, com oito abaixo, ao fazer birdie no 14, outro par 4 curto, aonde chegou de drive na beira do green. Navarro, no entanto, deu três putts no 16, errando de um metro para bogey, para voltar a sete abaixo, e Becker bateu o drive para a água na direita do 18, para deixar Molina com uma mão na taça.

Navarro, que joga com patrocínio da Bombril, ainda teve um putt de oito metros para birdie no 18, que teria forçado um desempate, mas errou. Becker também teve chance, depois de dropar e deixar a terceira a dois metros da bandeira, em subida, mas errou o putt que teria salvado o par e levado o jogo para o playoff. Ambos terminaram com sete abaixo, contra oito abaixo de Molina.

Destaques – Barcellos, que precisava vencer para ser o número 1 do Brasil, começou o dia com birdie no 1, que o deixou com cinco abaixo, mas depois o jogo curto o abandonou. Errou muitos putts para jogar 71 pelo segundo dia consecutivo e terminar sozinho em quarto, com cinco abaixo, a três tacadas do campeão. Marcos Silva, patrocinado pela Bueno Wines, teve chance de lutar pelo título ao chegar a seis abaixo com um eagle no 5, resultado que manteve até o buraco final. Sabendo que não bastava ele forçou o drive no 18, foi na água, não escapou de um duplo bogey, e terminou em quinto, com quatro abaixo.

Outro destaque foi o estreante Luis Thiele, que se recuperou de um volta ruim na sexta com um 68 (-4) na rodada final, para ainda ser o sexto colocado. Mesmo jogando 76, sua pior volta da semana, Kenji que liderou o primeiro dia e saiu no pelotão nas duas rodadas finais (sábado por um erro do sistema Blue Golf, que inverteu seu lugar com o de Barcellos) ainda terminou em 12º como o melhor amador do torneio.

Amadores – Antes dos 27 profissionais que passaram o corte irem a campo para decidir o destino da bolsa de R$ 120 mil, sendo R$ 22 mil para o campeão, houve uma competição amadora para convidados dos patrocinadores, com 70 jogadores. Sergio Carpi, presidente do Itanhangá Golf Club e um dos principais patrocinadores do golfe brasileiro através do Azeite 1492, operação que ele comanda no Grupo Libra, e Yim King Po, presidente da YKP, outro patrocinador do torneio e do esporte, receberam os convidados para uma animada competição.

Entre os muitos destaques em campo estavam o ator Rodrigo Lombardi; o empresário Luiz Eduardo Lopes Porto, sócio da empresa Promenade Apart-Hotéis, parceiro histórico do golfe no Rio; Mário Moreira, responsável na Aeronáutica por uma recém-formada equipe de cinco profissionais de golfe que irá disputar os jogos das Forças Armadas; e o capitão Estélio Zen, que não parou de receber elogios pela qualidade do campo, que estava com raias perfeitas, greens rápidos e um rough difícil cercando todos os greens, um percurso perfeito para testar os profissionais.

Encerramento – Nem a chuva que caiu à tarde de interrompeu a rodada final por quase uma hora por causa da ameaça de raios, conseguiu atrapalhar o jogo graças à excelente drenagem do campo. A cerimônia de encerramento foi comandada pelo head-pro Antônio Lins, com Sergio Carpi e Paulo Pacheco, presidente da Confederação Brasileia de Golfe, entregando os troféus. O evento terminou com um coquetel oferecido pelo Itanhangá.

O Circuito Brasileiro de Golfe Profissional teve patrocínio da YKP, Azeite 1492, Nespresso, HSBC, BMW, Sportv e Klabin. O circuito foi organizado pela IMX e Confederação Brasileira de Golfe, com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte.

A Etapa Rio de Janeiro teve apoio da Federação de Golfe do Estado do Rio de Janeiro e do Itanhangá Golf Club. O Portal Brasileiro do Golfe viajou a convite do Itanhangá, com apoio do Promenade Paradiso.

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