Profissionais: Philippe Gasnier rompe com PGA do Brasil

19/04/2012


Um dos quatro brasileiros do ranking mundial pede para ser desfiliado da entidade


Gasnier: deixando a PGA do Brasil depois de ser punido por jogar torneio de golfe sem autorização
   Gasnier: deixando a PGA do Brasil depois de ser punido por jogar torneio de golfe sem autorização

por: Ricardo Fonseca

Depois de ser multado em um salário mínimo por jogar no L`Occitane Open, em Trancoso, na Bahia, junto com outros nove profissionais que não solicitaram por escrito licença para participar de um evento não sancionado pela PGA do Brasil, o profissional carioca Philippe Gasnier decidiu romper de vez com a entidade máxima dos profissionais no Brasil. Em carta enviada nesta quarta-feira ao presidente da PGA do Brasil, Antônio Nascimento, Gasnier pediu sua desfiliação da entidade “por motivos pessoais” (veja reprodução à direita).

Gasnier passa a maior parte do ano nos EUA e joga poucos torneios no Brasil, mas seu gesto tem especial importância por ele ter sido o melhor brasileiro do último Aberto do Brasil, o que lhe deu pontos para o ranking mundial de golfe profissional, que só tem hoje quatro brasileiros, todos morando no exterior. Gasnier é ainda ex-campeão do Aberto do Brasil.

Punição – A punição decidida pela PGA do Brasil irritou muitos jogadores que estavam em Trancoso, quando a multa ainda era apenas uma ameaça. Segundo a entidade, eles precisavam, de acordo com os estatutos da PGA do Brasil, apenas pedir licença para jogar, mas muitos não o fizeram por escrito, apesar de um e-mail em nome de todos ter sido enviado por Pablo de la Rua, que é diretor da PGA, e uma licença provisória ter sido dada.

Na ocasião, os jogadores se reuniram com Paulo Pacheco, vice-presidente de Marketing da Confederação Brasileira de Golfe, entidade que apoiava o evento da L`Occitane e usou seu ranking, o dos três torneios do CBG Pro Tour de 2011, para fazer o convite aos profissionais, e não o ranking da PGA do Brasil. Pacheco teria dito que a CBG estava aberta para acolher os profissionais caso eles rompessem com a PGA. Consultada por e-mail, a CBG não quis comentar o assunto até agora.

Divisão – Há um movimento de alguns golfistas que disputam competições para se filiar diretamente à CBG, dividindo o golfe profissional brasileiro entre duas entidades. Gasnier nada falou sobre a CBG, mas parece ter sido o primeiro a dar um passo neste sentido. Mas ninguém disse nada ainda sobre qual entidade vai cuidar dos demais profissionais do Brasil, duas centenas de profissionais de clubes, aspirantes a profissionais, professores de golfe e outras funções do dia a dia dos clubes, além da formação e qualificação de novos profissionais, o que há 41 anos é feito pela PGA do Brasil.

Os 18 profissionais de competição que jogaram no L`Occitane assinaram uma carta se posicionando sobre o assunto. Nela, afirmavam que iriam disputar todos os torneios profissionais disponíveis, independente do organizador, dando a entender que não mais pediriam permissão para jogar. Alguns deles foram chamados para se explicar. Entre eles está Rafael Barcellos, o número 1 do Brasil, que recentemente precisou de um carta da PGA do Brasil para se inscrever na seletiva para o British Open, já que a entidade filiada ao PGA da Europa é a PGA do Brasil, e não a CBG.

Diálogo – A situação, que persiste há quase uma década, desde os tempos da presidência de Luiz Martins na PGA do Brasil, que rompeu com a CBG, presidida na época por Álvaro Almeida. Desde então, a categoria profissional no Brasil entrou em franco declínio, com a fuga dos patrocinadores que obviamente não tem interesse em ver o nome de suas empresas envolvidos nesta disputa. A solução continua longe, mas certamente a melhor não será dividir o já pequeno golfe profissional do Brasil em dois. É hora de baixar a guarda e partir para o diálogo, esperando-se a iniciativa de quem se supõe mais esclarecido.

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