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Profissional gaúcho Adilson da Silva já é o segundo reserva para os Jogos de Tóquio

10/09/2020

Segunda competição do golfe olímpico reunirá 60 jogadores em julho e agosto de 2021

Adilson da Silva: mais perto de jogar pela segunda vez nos Jogos Olímpicos representando o Brasil

por: Ricardo Fonseca

Há duas maneiras de se calcular o Ranking Olímpico de Golfe (OGR) que determinará os 60 homens e as 60 mulheres que disputarão a modalidade nos Jogos de Tóquio, na virada de julho para agosto de 2021. Como país sede, o Japão teria direito a um atleta por chave, mas isso não será necessário já que tanto no masculino como no feminino essas vagas serão conquistadas por mérito dos jogadores nipônicos.

Uma maneira de calcular o OGR, a oficial, é a usada pela Federação Internacional de Golfe (IGF), que se baseia nos pontos atribuídos pelo ranking mundial de golfe (OWGR), atualizado semanalmente. Acontece que após o adiamento em um ano dos Jogos de Tóquio, houve uma bifurcação, pois enquanto para o OWGR valem apenas os pontos conquistados nos últimos dois anos corridos (104 semanas), para o OGR valem os pontos conquistados de 1º de julho de 2018 a 21 de julho de 2021, para os homens, que jogarão em Tóquio uma semana antes, e de 8 de julho de 2018 a 28 de junho de 2021, para a mulheres, que jogam depois. Um ano a mais, os 156 semanas.

Complicações – Os cálculos do OGR se complicaram ainda mais. Assim como no OWGR, os pontos conquistados nas 13 semanas mais recentes valem integralmente, mas depois passam a perder 1,1% de seu valor a cada semana, até zerarem. Mas não entram nessa conta as 12 semanas em que o OWGR este parado por causa da pandemia de Covid-19. Na verdade parado por três meses para os EUA (PGA Tour e KFT), mas não para os Europeus, que só voltaram um mês depois e reclamaram bastante do descongelamento do ranking enquanto não podiam competir. A àsia só voltou depois e parcialmente.

Outra forma de calcular – e que me parece mais lógica – é usar o mesmo critério do OGR, mas projetando o que os pontos já conquistados valerão no dia final da corrida olímpica, 21 de julho de 2021, para os homens, e 28 de junho de 2021, para a mulheres. Afinal, dessa forma vê-se realmente quantos pontos cada atleta já têm garantidos e mostra o quanto precisam evoluir para chegar aos Top 60.

Observe que não serão os 60 primeiro colocados do OGR no final da corrida olímpica que terão direito a Jogar em Tóquio. Os 15 primeiros colocados do ranking estarão garantidos, mas com limite de quatro atletas por país. Para os demais, seguindo a ordem do ranking, o limite é de dois por país. Assim se um país tem um jogador entre os Top 15, tem direito a mais um; se não tiver nenhum Top 15, mais dois daquele país podem jogar. Essa fórmula pode classificar jogadores até perto da 300ª colocação do ranking, ou mais, como já aconteceu no Rio 2016.

Divergências – Pelo ranking da IGF desta semana (OGR), por exemplo, Jon Rahm (ESP) é o primeiro colocado, seguido por Justin Thomas (EUA), Rory McIlroy (IRL), Collin Morikawa (EUA), Webb Simpson (EUA) e Xander Schauffele (EUA). Reparou que Dustin Johnson não está entre os quatro americanos? Pois pelo critério da projeção dos pontos válidos em 21 de junho de 2021, Jon Rahm ainda é o primeiro, mas agora seguido por Dustin Johnson, Thomas, Morikawa e Simpson. Entra DJ e sai Schauffele, que nessa conta aparece apenas como o quinto americano.

O mesmo acontece no final da tabela dos 60 classificados. Por critério de pontos ativos em 21 de junho de 2021, os dois primeiros reservas seriam, pela ordem, Rashid Khan, da Índia, o 61º (mas que nos cálculos da IGF aparece em 56º lugar do OGR), e Adilson da Silva, do Brasil, o 62º. Para a IGF o 60º colocado hoje seria o indiano Udayan Mane 252º do OWGR, mas pelo critério de pontos válidos em 21 de junho de 2021 o 60º seria CT Pan, de Taipé (Taiwan), hoje 137º do OWGR, que está em 42º na lista da IGF. Khan é hoje o 212º do OWGR enquanto Adilson está no 326º lugar.