14/08/2014
Johannes Kepler, o astrônomo, matemático e astrólogo alemão do século 17 que formulou as três leis fundamentais da mecânica celeste que levam seu nome e formam a base da teoria da gravitação universal de Isaac Newton, também se preocupava com questões mais mundanas, como descobrir a forma mais eficiente de empilhar objetos esféricos, como bolas de golfe. Em 1611 ele sugeriu que esta a repostas seria uma formação de pirâmide, mas morreu sem provar o que ficou conhecido como “Conjectura de Kepler”.
Uma prova definitiva só foi desenvolvida pelo matemático americano Thomas Hales, em 1998, que4 quebrou o problema em milhares de arranjos possíveis que matematicamente representam infinitas possibilidades, e utilizou um software para resolver todos. No entanto, o trabalho final ficou com 300 páginas, e foram necessários 12 revisores e quatro anos para verificar se havia algum erro em todo o documento. Quando o estudo foi publicado na revista Annals of Mathematics, em 2005, os cientistas não estavam 100% seguros de que o resultado estava correto.
Prova computacional – Então, em 2003, Hales começou a criar o projeto “Flyspeck”, uma ferramenta computacional capaz de verificar sua prova usando duas peças de verificação formal que contam com apenas uma pequena série facilmente validada de demonstrações lógicas. Hales e sua equipe finalmente anunciaram que as 300 páginas de seu trabalho foram analisadas pelo par de programas e que está tudo correto.
Em outras palavras, o computador verificou com êxito que a ideia apresentada por Kepler mais de 400 anos atrás é precisa, como a maioria dos golfistas já percebeu ao encontrar pirâmides de bolas de golfe à sua disposição nos driving ranges da vida.
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