25/05/2013
Quando o incidente envolvendo uma declaração racista de Sergio Garcia, que sugeriu que Tiger Woods comeria “frango frito”, alimento que tem o estereótipo de comida de negros nos EUA, já ia sendo esquecido, o executivo-chefe do Tour Europeu, George O`Grady, colocou mais lenha na fogueira ao tentar defender o espanhol dizendo que ele não era racista, pois “muitos de seus amigos nos Estados Unidos são atletas de cor”. A expressão “de cor” (colored, em inglês) tem a mesma conotação racista que no Brasil.
Leia abaixo: patrocinador perdoa Garcia
O`Grady, irlandês que comanda o Tour Europeu há oito anos, deu a declaração numa entrevista ao vivo para a Sky Sports, explicando por que Garcia não seria punido. Mal acabou a entrevista, o dirigente começou a ser bombardeado nas redes sociais e foi obrigado a se retratar. “Lamento profundamente ter usado uma palavra inadequada em uma entrevista ao vivo para o canal Sky Sports, pelo que eu peço desculpas incondicionais”, disse O`Grady.
Ignorância – O escorregão de O`Grady – bem como o de Garcia – é comum entre pessoas que não se educaram a pensar e falar de maneira a excluir o racismo de suas vidas. Várias expressões racistas tão comuns no século passado, hoje não são mais admissíveis nem em conversas informais, quanto mais em declarações públicas. Mas, muitas vezes, denotam muito mais ignorância e falta de educação do que racismo ou intensão de ofender. O termo “de cor” foi e ainda é muito usado no Brasil, em vez de “negro”, o mesmo ocorrendo com o “coloured” nos EUA, onde o poiliticamente correto é “black”, ou “afro-americano”.
O`Grady, como irlandês, deveria ser muito mais cuidadoso com esse tipo de expressão pois seu povo também foi muito discriminado dos dois lados do Atlântico no século passado. Um comentarista da própria Sky lembrou que era comum encontrar em vários estabelecimentos, incluindo em campos de golfe, avisos como esse: “proibida a entrada de irlandeses, negros e cachorros”. Fica o alerta para todos nós.
Adidas – Enquanto O`Grady se explicava, Garcia recebeu uma boa notícia, depois que Herbert Hainer, executivo-chefe da Adidas, patrocinador do espanhol através da TaylorMade, garantiu em entrevista à Reuters que Garcia era “uma boa pessoa”. No dia anterior, a Adidas soltou um comunicado repreendendo fortemente Garcia e afirmando que “o caso continuaria a ser estudado”, o que deixou a impressão que ele poderia perder o patrocínio.
“Ele (Garcia) não é definitivamente alguém que tenha problemas com as pessoas por causa de sexo, cor ou coisas desse tipo”, disse Hainer, lembrando que conhece Garcia a mais de uma década. “Ele fez um comentário estúpido, pediu desculpas por isso, percebeu que tinha cometido um erro, mas ele definitivamente não queria dizer isso de maneira a ofender ninguém.”
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