21/06/2021
Obrigado a abandonar Memorial quando vencia por seis, espanhol diz acreditar em Karma
Rahm com o troféu de US Open, o pequeno Kepa e a mulher Kelley: presente de Dia dos Pais. Reprodução tevê
por | Ricardo Fonseca
Assim que o sul-africano Louis Oosthuizen não conseguiu embocar de fora para fazer eagle no 18, única forma de forçar um desempate, Jon Rahm começou a comemorar para valer o título do US Open, seu primeiro major e o primeiro de um espanhol no maior torneio dos EUA ou em qualquer outro major amador organizado pela USGA, como o US Amateur ou o US Junior. E num dia disputadíssimo, onde uma hora após a rodada começar 15 jogadores estavam separados do líder por apenas três tacadas.
Como bônus por seu título histórico em Torrey Pines, na Califórnia, onde venceu por uma tacada após birdies de longe no 17 e no 18, e ajudado por um bogey (OB) de Oosthuizen no 17, Rahm voltou a ser o número 1 do mundo, depois de duas breves passagens pelo posto, desbancando Dustin Johnson, que reinava absoluto havia quase um ano. Uma disputa que continua esta semana, no Travelers, onde Rahm não joga e DJ precisa apenas ser Top 5 para derrubar o espanhol para o segundo lugar.
Karma – Rahm poderia ter comemorado um título do PGA Tour e voltado a ser número 1 do mundo há duas semanas, no Memorial, onde depois de jogar 64 no sábado e abrir seis tacadas na liderança, foi avisado, ainda na beira do green do 18, que acabara de testar positivo para Covid e, portanto, teria de abandonar o torneio e se colocar em uma quarentena que só terminou, felizmente, a tempo de ele disputar o US Open.
“Eu acredito fortemente em Karma”, começou Rahm na primeira entrevista como campeão de major. “Depois do que aconteceu no Memorial, eu me mantive otimista, pois sabia que grandes coisas estavam por vir”, disse. “Eu não sabia o que seria, mas sabia que estava chegando a um lugar especial, que acabou sendo minha grande vitória aqui, um lugar muito especial para minha família”, continuou. “Pude sair do protocolo Covid mais cedo, minha família pode estar junta, eu simplesmente senti que as estrelas estavam se alinhando.”
Por Seve – Apesar de nascido em Barrika, cidade costeira com pouco mais de 1 mil habitantes, perto do Bilbao, na província autônoma do País Basco, que tem 10% de seu território na França, língua própria, o euscara, e vive em eterno processo de separação da Espanha, Rahm tem forte sentimento de nacionalidade espanhola. “Eu sou o primeiro espanhol a vencer o US Open e isso é, definitivamente, uma vitória por Seve (Ballesteros), que venceu três Opens, dois Masters, mas não conseguiu esse, que ele tentou muito”.
Rahm, nome de um ancestral da Suíça que se estabeleceu no País Basco no final do século 18, não usa, como costume entre os espanhóis, o último sobrenome, Rodriguez, da mãe, de Madri, e tem forte ligação com a província Basca, onde, inclusive, é um dos patrocinadores do Athletic Club Bilbao. No auge de sua carreira, Rahm tornou-se o quarto espanhol a vencer um major, seguindo Seve, José María Olazábal (dois Masters) e Sergio Garcia (Masters). Fica faltando agora um PGA Championship para o “Spanish Slam”, e Rahm é a maior esperança para adicionar o título que falta.
Colapsos – Sete jogadores chegaram a estar separados por apenas uma tacada no topo do placar na segunda metade do campo, mas um a um eles foram sucumbindo ao campo de Torrey Pines, mais ameaçador do que nunca, com seu rough alto, inclusive em torno dos greens, vento e bandeiras em posições muito difíceis. Rahm que começou perdendo por três tacadas, mas abriu o domingo com dois birdies, estava entre eles. O pior tombo foi o de Bryson DeChambeau, que jogou duas abaixo de ida, foi líder por um bom tempo, mas marcou oito acima de volta, com um duplo bogey-7 no 13 e um quádruplo bogey no 17. Terminou em 26º!
O canadense Mackenzie Hughes, um dos três líderes da véspera, jogou cinco acima de volta e terminou em 15º. Russell Henley, outro líder, fez bogeys nos dois pares 5 da segunda metade do campo e ficou em 13º. Rory McIlroy começou perdendo por duas e teve chances até fazer bogey no 11 e duplo bogey no 12. Terminou em sétimo. Brooks Koepka jogou quatro abaixo nos primeiros 15 buracos, mas bogeys no 16 e no 18 o deixaram em quarto, quatro atrás do campeão, empatado com Collin Morikawa, que fez um duplo bogey-7 no 13.
Novo vice – Restava Louis Oosthuizen o terceiro líder da véspera, que vinha no par do campo, com 5 abaixo no total, até fazer o bogey no 17 que o fez perder o segundo major da carreira (Open 2010). Ele fez birdie-4 no 17 para perder por uma e conquistar o sexto vice-campeonato em majors da carreira e segundo consecutivo, depois de ser vice no PGA Championship.
Rahm, chamado de Rahmbo por seus pares, devido ao físico avantajado, mora em Scottsdale, Arizona com sua mulher, Kelley, americana, e o filho do casal, Kepa, um nome basco. E foi com Kepa nos braços e a mulher ao lado, que Rahm festejou seu primeiro Dia dos Pais, comemorado neste domingo, nos EUA.
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