Regras do Golfe: Líder é desclassificado no Tour Europeu

19/02/2012


Whiteford não soube se beneficiar da decisão que entrou em vigor este ano sobre bola movida


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A falta do conhecimento das Regras do Golfe e o fato de não ter consultado um árbitro levaram o escocês Peter Whiteford, de 31 anos, a ser desclassificado do Avantha Masters, torneio do Tour Europeu que está sendo jogado em Nova Delhi, na Índia. Ele liderava a competição desde o segundo dia, em busca de seu primeiro título no circuito. Whiteford foi desclassificado por ter assinado um cartão errado no terceiro dia, com resultado menor no buraco 18, onde sua bola se mexeu e ele não adicionou as duas tacadas de penalidade (uma por a bola ter se movido e outra por não tê-la retornado à posição de origem).

A estultice de Whiteford aconteceu quando ele ia dar sua tacada de aproximação no 18, antes de jogar 72 e sair do campo com nove baixo no total. O escocês pensou ter visto sua bola se mover quando tomava a posição para jogar e, na dúvida, consultou seu caddie, seu parceiro e um câmera que gravava o jogo. Todos lhe disseram que não viram a bola mudar de lugar. Ele só se esqueceu de consultar um árbitro.

Acontece que Whiteford assinou o cartão sem as penalidades e o entregou. Pouco depois, várias pessoas que assistiam ao jogo pela TV ligaram para a direção do torneio dizendo que a bola claramente havia se movido. Consultado, John Paramor, árbitro-chefe do Tour Europeu, pediu para ver o vídeo, constatou que a bola mudara de posição e desclassificou o inconformado escocês.

Ops! – Se você é um leitor assíduo do Portal Brasileiro do Golfe sabe que por causa de “incidentes televisivos” como esse, as Regras do Golfe foram mudadas, com a publicação este ano de um adendo à Decisão 33-7/4.5, que diz que, em certas circunstância o Comitê pode alterar a pena de desclassificação e aplicar a penalidade em tacadas se o jogador não tinha razoavelmente como saber da infração às regras – caso das TVs em alta definição e exibição em câmara lenta – que mostra a bola às vezes mudando um dimple de posição e ninguém percebe na hora.

Paramor explicou que esse não foi o caso de Whiteford, pois ele percebeu algo – tanto é que consultou as pessoas à sua volta – e deveria, nesse caso, ter chamado alguém da arbitragem antes de assinar o cartão e comunicado o fato. Desta forma, a infração teria sido confirmada antes de ele entregar o cartão e evitado a desclassificação, com duas penalidades. Melhor ainda se chamasse um árbitro antes de jogar o approach no 18 pois poderia sair de lá com apenas uma penalidade (voltando à bola à posição original), ou nenhuma, se o árbitro decidisse ali na hora – mesmo que erroneamente – que a bola não tinha se movido.

Em tempo: essa alteração não aparece ainda na versão de português das Decisões na Regras do Golfe, que é de 2008-2009. Já saíram mais dois livros depois deste. Está na hora de a Confederação Brasileira de Golfe publicar um adendo com as mudanças desde então para ser anexado a ele.

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