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Rocha e Mechereffe jogarão no Web.com Tour em 2014

30/09/2013

Brasileiros não conseguem cartão para o PGA Tour no torneio de encerramento da temporada

Rocha: novos desafios em 2014, quando volta a buscar seu cartão para jogar golfe no PGA Tour

por: Ricardo Fonseca

Depois de ter chegado perto, com resultados que incluíram três colocações entre os cinco primeiros de Alexandre Rocha e um vice-campeonato de Fernando Mechereffe, durante o ano, os dois brasileiros que jogam nos EUA não conseguiram garantir um cartão para o PGA Tour no último torneio da temporada, o Web.com Tour Championship, encerrado domingo no Dye`s Valley Course, em Ponte Vedra Beach, na Flórida. Os dois irão jogar juntos no Web.com Tour de 2014, o circuito de acesso ao PGA Tour, onde terão nova chance de chegar ao maior circuito profissional do mundo, em 2015.

Rocha chegou ao torneio final precisando terminar entre os dez primeiros para voltar a ter status integral no PGA Tour, como em 2011 e 2012. Apesar de uma má estreia, ele reagiu no segundo dia ao passar quase toda a rodada entre os dez primeiros, mas não conseguiu manter o ritmo no final de semana, quando errou demais. Rocha somou 286 (72-66-78-70) tacadas, seis acima do par e 11 a mais do que necessitaria para se classificar. Ele começou a semana em 58º na lista que classificou os 50 primeiros para o PGA Tour e terminou em 65º lugar.

Desafio – Já Mechereffe sabia desde o início do torneio que seria muito difícil chegar ao PGA Tour, pois precisava terminar como um dos dois primeiros no torneio que distribuiu US$ 1 milhão, sendo US$ 180 mil para o campeão. O profissional gaúcho somou 289 (70-69-76-74) tacadas, nove acima do par e terminou em 106º do ranking que deu 50 cartões para o PGA Tour, apenas quatro posições melhor do que começou a semana.

Para Rocha, que perdeu o cartão com status integral do PGA Tour para a temporada de 2013, onde jogou apenas dois torneios no circuito principal, jogar mais um ano no Web.com Tour será uma provação para o jogador com os melhores resultados do golfe brasileiros nas últimas décadas. O seu maior obstáculo será a provável perda de seus patrocinadores atuais, com intersses específicos no PGA Tour, e a necessidade de amealhar novos apoios para se manter no Web.com em 2014, onde certamente haverá empresas com interesse em investir.

Upgrade – Para Mechereffe, ter o cartão integral para o Web.com Tour foi um upgrade, uma vez que ele jogou no circuito de acesso ao PGA Tour, em 2012 e 2013, com um cartão condicional, que não lhe dava o direito de jogar todos os torneios, o que poderá fazer pela primeira vez em 2014. O maior problema para Mechereffe também é a falta de patrocinadores, o que o obriga a viver dos prêmios que ganha no dia a dia, uma pressão que a maioria de seus adversários não tem que enfrentar.

De qualquer forma, o golfe brasileiro, por seu tamanho, deve se sentir orgulhoso por ter dois representantes no Web.com Tour, que na soma de todos os prêmios oferecidos na temporada está entre os cinco circuitos profissionais de golfe mais bem pago do mundo e talvez seja o terceiro em importância. Torneios na América do Sul e Latina, incluindo no Brasil, televisão ao vivo e divulgação o ano inteiro fazem com que Rocha e Mechereffe sejam um excelente investimento para empresas que estão querendo entrar o golfe ou aumentar a exposição de sua marca.