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Rocha enfrenta o mais forte grupo da história do Zurich Classic

27/04/2011

Profissionais contratados da seguradora burlam proibição das taxas de aparição no PGA Tour

Rocha: enfrentando 12 dos 50 melhores do mundo no campo de golfe destruído pelo furacão Katrina

Ao contrário do Tour Europeu, que não só admite como incentiva o pagamento de taxas de participação a seus jogadores, como forma de incentivar o crescimento dos seus torneios ao redor do mundo, o PGA Tour proíbe tal prática por considerá-la nociva aos negócios. Mas empresas como a Zurich Financial Services, a seguradora suíça que patrocina o torneio de New Orleans esta semana, encontram um “jeitinho” de burlar a norma através do patrocínio direto de profissionais de ponta ou a contratação de muitos outros como “embaixadores da marca”, o que na prática os obriga a jogar o torneio.

Isso faz com que o brasileiro Alexandre Rocha, que joga o oitavo torneio de sua temporada de estréia no PGA Tour, tenha que enfrentar esta semana o mais forte grupo de jogadores da história do Zurich Classic, com três dos dez primeiros colocados do ranking mundial de golfe – e 12 dos 50 melhores – em campo. O torneio vai ser transmitido ao vivo e com exclusividade para o Brasil pelo Golf Channel, de quinta a domingo, das 16 horas às 19 horas.

Elite – Justin Rose (25º do ranking mundial) e Ben Crane (35º) são patrocinados diretamente pela Zurich e usam seu logo na roupa. Luke Donald (3º), Graeme McDowell (5º), Rickie Fowler (36º) e Camilo Villegas (55º) foram contratados como “embaixadores” da Zurich por um ano, o que os obriga, entre outras coisas, a jogar este torneio. Desses quatro o único que já havia jogado em New Orleans era McDowell, mesmo assim, há quatro anos.

Rocha tem outras preocupações. Classificado em 209º do ranking do PGA Tour, com US$ 29,2 mil ganhos nos três torneios em que passou o corte, ele vai a campo nessa quinta e sexta-feira, ao lado de dois outros estreantes, tentando reencontrar o jogo que classificou para a temporada e o fez jogar abaixo de 70 em cinco das dez rodadas nos torneios em que passou o corte. Seus companheiros de jogo serão Peter Tomasulo e Michael Putnam, que venceram um torneio cada no Nationwide Tour em 2010 e ganharam seu cartão para o PGA Tour ao terminar em 23º e 24º, respectivamente, no circuito de acesso. Eles jogam a partir das 15h30 (horário do Brasil) nesta quinta-feira, pelo tee do 1, e a partir das 10h40 de sexta, pelo tee do 10.

Desafio – O desafio de todos será mais um campo do chamado “circuito de Pete Dye”, no PGA Tour, que começou na semana passada com o Harbour Town Golf Links, do Heritage; prossegue esta semana com o TPC Louisiana, do Zurich Classic; e termina dentro de duas semanas no TPC Sawgrass, do The Players Championship. O TPC Louisiana foi inaugurado em 2003 mas sofreu várias alterações depois que foi parcialmente destruído pelo furacão Katrina, em 2005.

Reduzido de 7.520 jardas para 7.341 jardas após a reforma de 2007, e ainda com par 72, O TPC Louisiana é um campo que permite e exige bater longe, mas também testa a habilidade dos jogadores. Quem erra as raias não vai encontrar o um rough com grama muito alta, mas terá que evitar as 71 bancas e os cinco lagos do percurso e enfrentar greens velozes (11 pés no Stimpmeter).

Destaques – O terror dos jogadores é o buraco 6, um par 4 de 482 jardas, que é o mais difícil do campo e exige um fade bem colocado do tee, para evitar o hazard à direita, e um ferro de médio a longo para o green. O 18, um par 5 de 585 jardas que está entre os sete mais fáceis do campo garante um final emocionante, dando a chance de chegar com duas ao green e jogar para eagle ou birdie.