Rocha está perto de realizar o sonho de uma vida no PGA Tour

05/08/2012


Ele pode se tornar o primeiro brasileiro a vencer no circuito e ganhar dois anos de isenção


Rocha: título garantiria um novo começo na carreira de golfe do único brasileiro no PGA Tour
Rocha: título garantiria um novo começo na carreira de golfe do único brasileiro no PGA Tour

 Assista agora aos melhores momentos do terceiro dia do Reno-Tahoe Open

Veja a entrevista de Alexandre Rocha após a volta de sábado

por: Ricardo Fonseca

Todos os golfistas que entram para o PGA Tour sonham conseguir o que Alexandre Rocha conseguiu esta semana: colocar-se em posição de vencer seu primeiro torneio no circuito profissional mais bem pago do mundo e mudar de vida. Mesmo caindo para a segunda colocação, depois de ter começado o dia líder, o brasileiro nunca teve uma oportunidade como a que terá neste domingo, na volta final do Reno-Tahoe Open, no campo Montreux G&CC, em Reno, Nevada: a de se tornar o primeiro brasileiro a vencer no PGA Tour e ganhar o direito de jogar no circuito até o final de 2014.

Para entender o que está em jogo neste domingo é preciso entender o sistema de pontuação utilizado esta semana, o Stableford Modificado, e o que ele significa em termos de risco e recompensa. O número de tacadas de cada buraco é convertido em pontos: um albatroz vale 8, um eagle 5 e um birdie 2. O par não dá pontos. Um bogey tira um ponto e um duplo bogey ou pior, três pontos. Isso faz com que valha a pena arriscar mais, pois há mais recompensa do que riscos em cada buraco e o pior que lhe pode acontecer é perder os pontos relativos a um birdie e meio.

Pontos – Rocha somou 8 pontos no primeiro dia, 16 no segundo e 9 neste sábado, para começar a volta final com 33 acumulados, contra 36 de J.J. Henry, o novo líder. O brasileiro fez cinco birdies, sendo três em seguida a partir do 12, e foi líder até o buraco 17 deste sábado, quando um bogey o deixou um ponta atrás de Henry. O americano ainda faria um birdie no 18 para somar 14 pontos no dia, 36 no total e abrir três de vantagem sobre o brasileiro.

Rocha perdeu a liderança, mas não a confiança, e saiu feliz com sua volta, sobretudo com os putts, que pela primeira vez em muito tempo tem lhe garantido bons dias sobre os greens. “Foi ótimo; foi sólido”, comentou Rocha sobre sua volta. “Eu estava bastante calmo, o que é encorajador para mim que nunca estive nesta posição (de líder) antes”, explica o brasileiro. “E eu estava extremamente feliz em ver que reagi de uma forma calma e que eu era capaz de controlar e me manter no jogo”, diz.

Pares 5 – “No meio da volta comecei a viver um grande momento”, continua Rocha. “Uma vez que a tensão inicial, inevitável nos primeiros buracos, passou, eu joguei muito, muito bem e estava empolgado com isso”, conta Rocha, que lamentou não ter aproveitado os pares 5 como nos dias anteriores, quando ele fez apenas um par nesses buracos, conseguindo seis birdies e um eagle nos demais. Neste sábado, ele fez apenas um birdie e três pares nos pares 5.

“Eu não posso reclamar depois de bonança de pontos do dia anterior”, brinca Rocha, que fez a melhor pontuação do torneio até agora na sexta ao somar 16 pontos, o equivalente a uma volta de oito birdies. “Eu perdi putts bem embocáveis no 2, no 4 e no 15, todos de cino ou seis metros, mas só lamento o de menos de um metro que errei para fazer bogey no 17”.

Meta – Rocha acredita que o vencedor terá que somar de 46 a 50 pontos, ou seja, ele precisará fazer no mínimo 13 pontos, o que equivale a um eagle e quatro birdies, ou sete birdies, com direito a um bogey no caminho. “O J.J. Henry fez três grandes voltas, nunca com comenos de 10 pontos (10,12 e14), então se ele fizer 10, vai a 46 pontos e pode ira a 48”, calcula Rocha. “Tenho que igualar ou superar isso para vencer”.

O que tem feito a diferença para J.J. Henry são os eagles. Ele fez três, um por dia, 15 de seus 36 pontos. E dois dos eagles de Henry foram em buracos de par 4. Rocha fez apenas um eagle, num par 5. O brasileiro fez 17 birdies em três dias e seis bogeys. Henry 13 birdies e cinco bogeys. Henry estaria 12 abaixo na semana; Rocha 13.

Destaques – Mas não é só com Henry que Rocha tem que se preocupar. Ele sabe John Mallinger, que vem em terceiro, um ponto atrás dele, com 32, ou André Romero, o quarto com 31, e até John Daly, Bill Lunde e Gary Christian, que tem 28, podem surpreender. Mas não acredita que a solução é ser muito agressivo no campo, como os que vem mais serão obrigados a ser. “Tenho que jogar como venho fazendo até agora e fazer meu jogo sem me preocupar com o dos demais”, explica. “Eu estou 13 abaixo na semana que é de longe o melhor que já fiz este ano e isso é muito bom”.

J.J. Henry já venceu no circuito de acesso, em 2000, e seu único título no PGA Tour foi num torneio de duplas de dois dias, em 2007. Este ano, Henry teve a chance de sua vida no Byron Nelson, onde vencia por uma tacada restando dois buracos a jogar. Mas um duplo bogey no 17 e fez perder por duas para Jason Dufner. Por isso, a vitória para ele é tão importante quanto para Rocha. São US$ 540 mil em prêmios, mas não há dinheiro que pague os dois anos de isenção para o PGA Tour.
 
TV – Rocha e Henry jogam a partir das 13h40 locais (17h40 no Brasil). O Golf Channel mostra o torneio com exclusividade das 20 horas às 22 horas.

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