Ronaldo pronto para colocar Brasil no US Open

04/06/2011


Número 1 do ranking treina deste quarta no dificílimo campo do Quail Valley, na Flórida


  Ronaldo no 18 do campo de golfe Quail Valley: 250 jardas para passar a água, fora as bancas
  Ronaldo no 18 do campo de golfe Quail Valley: 250 jardas para passar a água, fora as bancas

por: Ricardo Fonseca

O profissional paulista Ronaldo Francisco, número 1 do ranking brasileiro, não tem medo de cara feia e nem de desafios, como já comprovou ao fazer um approach mágico, sob muita pressão, para classificar o Brasil para a World Cup. Desta vez, seu desafio é se tornar o segundo brasileiro em 50 anos a disputar o US Open, o segundo major da temporada profissional.

Para chegar lá, Ronaldo, que joga com patrocínio da YKP e apoios da Unimed Rio Preto e do Quinta do Golfe, terá que enfrentar 55 adversários que lutam pelas três vagas disponíveis na sede do Quail Valley Golf Club, em Vero Beach, na Flórida, um campo
com 7.355 jardas (course rating 75.5 e slope rating 143), com água em todos os buracos e vento imprevisível. O tee do 18, por exemplo, exige um drive bem batido para passar 250 jardas de água de vôo.

Caddie – Sem poder contar com a ajuda do carioca Philippe Gasnier, que está jogando nas Carolinas e tem um monday qualifying do Nationwide Tour no dia da seletiva, Ronaldo viajou para a Flórida com o amigo Cristiano Verdi, do Quinta do Golfe (na foto ao lado, com a capa do novo driver R11 TaylorMade de Ronaldo), onde o nº 1 do Brasil é head-pro. Verdi tem poucos anos de golfe, handicap 30, mas fala bem inglês e tem sido fundamental para Ronaldo nesses dias. Na primeira seletiva, quem levou a bolsa de Ronaldo foi Gasnier.

“O Verdi é um grande amigo e está sendo um grande caddie”, diz Ronaldo, que já treinou quatro vezes no campo, sempre na hora do almoço. “Na segunda, jogo a primeira volta bem cedo, às 7h25, pelo tee do 1 e saio às 12h55 para mis 18 buracos, pelo tee do 10, na hora que venta mais”, conta o brasileiro, que aproveitou para marcar cada detalhe do campo. “Nos treinos, não me preocupo com o resultado, e sim em conhecer os macetes do campo, onde é melhor, onde evitar”, conta.

Greens – Mas são os greens que devem fazer a diferença. “O campo tem água pra todo lado, muito vento, mas aonde quer que você vá a única coisa que os jogadores comentam é a velocidade dos greens, muito, muito rápidos”, diz o brasileiro. “Num putt de 5 a 6 metros, você tem que caprichar muito e bater com muita segurança para deixar perto do buraco”, descreve. “Não sei a velocidade exata deles, mas parece coisa de Augusta, no Masters”.

Ronaldo não terá muitos jogadores do PGA em sua chave, mas isso não quer dizer que ela seja mais fácil. Lá estão Gary Koch, analista de golfe da NBC Sports, com seis vitórias no PGA Tour, que já terminou em sexto no U.S. Open de 1982, e Sam Saunders, neto de Arnold Palmer. Há 12 amadores em campo, entre eles o paranaense Luis Thiele, um dos quatro brasileiros nesta fase final de seletivas (Alexandre Rocha e Fernando Mechereffe, que jogam no Ohio, são os outros).

Adversários – Os destaques entre os amadores são Andres Echavarria, da Colômbia, quarto colocado do ranking mundial amador, Blayne Barber, o 23º do mundo, que vem de uma vitória no Florida State Amateur Championship. O grupo inclui ainda Sawyer Shaw, de 15 anos, o novo fenômeno dos EUA, e Curtis Thompson, que como ele está entre os 50 melhores amadores dos EUA. Ex-campeões da Flórida, como Daniel Berger, Michael Hebert e Chris Kennedy, também tentam a vaga.

O 111ª US Open Championship vai ser jogado no Congressional Country Club, em Bethesda, Maryland próxima a Washington, de 16 a 19 de junho. “Meu objetivo é sair daqui na terça-feira e ir para Washington começara a treinar para o US Open”, diz Ronaldo. Caso não se classifique, ele pretende jogar a etapa do abertura do CBG Pro Tour, em Porto Alegre, mas não sabe se chegará a tempo. “Já fiz as reservas, mas só conseguiria chegar no Country Club na tarde de quarta, sem tempo de treinar para o torneio do dia seguinte e sem poder sequer jogar o Pro-Am e depois de quase 20 horas de viagem”.

Horários – Ronaldo joga as duas rodadas ao lado do amador Chris Kennedy, da Flórida, e do profissional Brett Bergeron, de Los Angeles. Luis Thiele joga às 8h15 pelo tee do 10 e às 13h45, pelo tee do 1, ao lado do também amador Michael Hebert e do profissional Tyler Hitchcock, ambos da Flórida.

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