Seletivas do PGA Tour: Lucas joga 61 e termina em segundo

29/10/2011


Volta de 11 abaixo do par coloca mais um brasileiro na próxima fase da Q-School


   Lucas: 61 tacadas, com dois bogeys, para ser vice-campeão na seletiva da Califórnia para o PGA Tour
    Lucas: 61 tacadas, com dois bogeys, para ser vice-campeão na seletiva da Califórnia para o PGA Tour

por: Ricardo Fonseca

Depois de começar o torneio na liderança isolada e dar um susto na torcida e em si mesmo nas duas voltas seguintes, o profissional paulista Lucas Lee mostrou que não está para brincadeiras na hora de perseguir seu sonho de entrar no PGA Tour este ano. Ele jogou 61, 11 abaixo do par na volta final, neste sábado, no campo de 7.003 jardas e par 72 do Oak Valley Golf Club, em Beaumont, para terminar a seletiva da Califórnia em segundo lugar e se tornar o terceiro brasileiro classificado para a fase seguinte da Q-School do circuito profissional mais bem pago do mundo.

Jogar 61 tacadas – com dois bogeys – é um resultado de respeito em qualquer campo do mundo, ainda mais numa seletiva tão disputada como esta, onde Lucas chegou à volta final empatado em 11º lugar, mas apenas uma tacada acima da linha de corte, que classificaria os 23 primeiros e empatados para a segunda série de seletivas. Lucas volta jogar agora entre 15 e 19 de novembro, e se passar novamente, poderá disputar a tão sonhada vaga para o PGA Tour e ter pelo menos um cartão condicional do Nationwide Tour. Alexandre Rocha e Fernando Mechereffe também está na segunda fase da Q-School.

Recorde – Lucas começou a volta deste sábado com três birdies e um bogey nos sete primeiros buracos, o bastante para deixá-lo em situação confortável na chave. Mas, a partir daí, fez seis birdies seguidos, do 8 ao 13, e o bogey no 14 não o esfriou. Fechou a volta com um eagle e mais dois birdies, para bater seu recorde pessoal e deixar a certeza de que um grande campeão está nascendo. Ele somou 277 (65-78-75-61) tacadas, apagando as dúvidas que deixou com as voltas intermediárias desta semana.

“Obrigado, Deus”, foi a primeira reação de Lucas no final de sua volta. O brasileiro conta que tinha jogado um torneio do Golden State Tour na semana passada neste mesmo campo e já estava familiarizado com o percurso. “Eu também joguei muita vezes no Oak Valley GC quando era juvenil e também quando estudada na Universidade da Califórnia (UCLA)”, conta Lucas, que desde os oito anos mora na Califórnia.

Vento e recuperação – Lucas diz que sua maior preocupação na semana era com seu resultado em cada volta e não com o lugar em que ia ficar. “Sabia que se jogasse bem iria passar para a segunda fase”, conta. O brasileiro lembra que no segundo e terceiro dias ventou muito, mas não foi só isso que o fez devolver sete tacadas nesses 36 buracos. “Depois do primeiro dia eu não bati muito bem na bola e nem joguei bem os putts”, avalia. “Mas hoje tudo deu certo”, fala Lucas sobre seu recorde. “Estive treinando bastante e ver um bom resultado como esse – 61 tacadas – me alegra e me deixa empolgado para treinar ainda mais e não voltar a cometer os erros desta semana!

Agora são três os brasileiros já estão garantidos nas segunda fase de seletivas: Lucas; o também paulista Alexandre Rocha, que entrou direto na segunda fase por já ser membro do PGA Tour (e também por ter passado o corte no US Open, o que dá o mesmo direito); e o gaúcho Fernando Mechereffe, que se classificou raspando, em 21º lugar, no qualifying da Carolina do Norte, na semana passada. Philippe Gasnier e Eduardo Kim jogaram esta semana mas não se classificaram.

Novas sedes – Lucas optou por jogar a segunda fase no Bear Creek, um campo de Jack Nicklaus perto de Los Angeles e San Diego, mas a relação oficial de quem joga em cada uma das seis sedes da segunda seletiva só sai nos próximos dias. A seletiva final, em 108 buracos, vai ser jogada de 30 de novembro a 5 de dezembro, no Nicklaus Tournament & Stadium do PGA West.

Pouco importa se o jogador terminou a seletiva em primeiro ou passou raspando, já que todos iniciam a próxima fase em igualdade de condições, mas um resultado de 61 tacadas é um estímulo e tanto para um jovem de 24 anos como Lucas, que já mostrou talento e garra para conquistar seu lugar nos mais altos postos do circuito mundial.

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