Seletivas do PGA Tour: Rocha flerta com cartão, mas fica longe da vaga

04/12/2012


Depois da recuperação brilhante da véspera, brasileiro jogou apenas o par do campo


Rocha: novas oportunidades no golfe em 2013 e a chance de voltar ao PGA Tour dentro de oito meses
   Rocha: novas oportunidades no golfe em 2013 e a chance de voltar ao PGA Tour dentro de oito meses

por: Ricardo Fonseca

Quando passou para a segunda metade do campo, com uma abaixo, Alexandre Rocha estava a uma tacada da 26ª colocação, posto que naquele momento bastaria para garantir uma vaga entre os 25 primeiros e empatados, já que Brad Fritsch, um dos Top 10, já é membro do PGA Tour e não entrava na conta. Mas o brasileiro fez apenas o par do campo nos oito buracos seguintes, e ainda fechou a volta com um bogey, para jogar 72, o par do campo, somar 13 abaixo, empatar em 49º lugar entre 165 jogadores e ficar a quatro tacadas da zona de classificação da fase final da Q-School, encerrada nesta segunda, após seis dias de jogos, em dois campos do PGA West, na Califórnia. Ganharam o cartão os 26 primeiros com 17 abaixo ou melhor.

Para Rocha foi um melancólico final da melhor de suas duas temporadas consecutivas no PGA Tour, uma vez que tudo o que lhe restou foi um cartão condicional para o circuito, o que deve lhe permitir jogar, a princípio, uns dez torneios da temporada de 2013, que terá cinco torneios a menos do que o normal. Não que Rocha não possa jogar mais se nos primeiros torneios conseguir resultados como o vice-campeonato e o quarto lugar que teve este ano, que o fariam subir rapidamente no ranking e jogar mais torneios, mas resta saber se ele vai tentar isso ou se dedicar ao circuito de acesso.

Futuro – Rocha não manteve o cartão do PGA Tour por não ter terminado entre os 125 primeiros do ranking de prêmios, mas a 131ª posição, com US$ 614,7 mil ganhos em 21 torneios, garantiu-lhe, além do cartão condicional, o direito de jogar todos os torneios de 2013 do Web.com Tour e participar no novo processo seletivo que vai dar 50 cartões para o PGA Tour de 2014, uma vez que a Q-School deste ano foi a última a servir de acesso ao maior circuito profissional do mundo.

O profissional paulista já teve que voltar ao circuito de acesso no Tour Europeu, onde, depois de jogar as temporadas de 2006 e 2007, perdeu o cartão, passou um ano no Challenge Tour, e voltou ao circuito principal, em 2009. Desta vez, no Web.com, Rocha terá a oportunidade de jogar muito mais eventos, de 25 a 30, do que se tivesse voltado ao PGA Tour. E, por incrível que pareça, terá melhores oportunidades de pontuar e subir no ranking mundial de golfe jogando no circuito de acesso.

Entenda as mudanças no PGA –
A partir de 2013 o Web.com Tour vai distribuir 50 cartões para o PGA Tour: os 25 que já dava, mais os 25 da Q-School, que continuará a existir, mas apenas para classificar para o Web.com Tour. Essa mudança implica que Rocha será o único brasileiro com chances de jogar no PGA Tour em 2014, uma vez que qualquer outro terá que passar primeiro pelo circuito de acesso, só terá chances de chegar ao PGA Tour em 2015.

A temporada de 2013 do Web.com Tour continuará a dar cartões aos 25 primeiros colocados do ranking, que vai ser jogado de janeiro a agosto. Em setembro, enquanto os 125 primeiros do ranking de pontos da FedexCup do PGA Tour que mantiveram seus cartões para 2014, jogam os quatro torneios dos playoffs do circuito, os classificados de 126º ao 200º lugar se juntam aos 75 primeiros do ranking do Web.com Tour, para quatro torneios, com ranking próprio, que vão decidir os outros 25 cartões.

Cartões para 2014 –
As vagas dessa nova Fall Series mista ficarão para os 25 primeiros que ainda não sejam membros do PGA Tour, ou seja, os 25 que já ganharam esse direito pelo ranking final do Web.com Tour, entram em campo apenas para tentar melhorar seu status, uma vez que esses 50 jogadores terão prioridade de inscrição no PGA Tour de 2014, com base em sua colocação final entre eles.

Para Rocha, felizmente, o “rebaixamento” ao Web.com Tour pode ser curto. Recuperada a vaga, ele já começa a temporada do PGA Tour ainda em 2013, uma vez que os torneios de outubro em diante já valem para o ano seguinte, que mais uma vez vai terminar em setembro. O PGA Tour criou a FedexCup, a partir de 2007, por pressão de Tiger Woods, que exigia uma temporada mais curta, terminando em setembro, e se recusava a jogar depois disso. Por ironia, o PGA Tour volta agora a ter 12 meses de torneios, de outubro de um ano a setembro do outro, todos valendo igualmente para o ranking, só que com um calendário bagunçado. Vai entender…

Brasil no circuito –
Para os brasileiros, 2013 será uma oportunidade de ver Rocha jogando no Web.com Tour em São Paulo, na primeira semana de abril, já que haverá uma etapa do circuito de acesso ao PGA Tour no Brasil, com o patrocínio do HSBC. Com isso, deixa de existir a etapa brasileira do LPGA Tour, jogada durante quatro anos no Rio com o mesmo patrocinador, que muda seu foco para o golfe masculino, ao menos aqui.

Entre os jogadores que deverão estar no Web.com Tour de 2013, que terá ainda etapas no Panamá, Colômbia e Chile, estarão o colombiano Camilo Villegas e o argentino Rafael Echenique, que ganhou a vaga na Q-School. O também argentino de Fabián Gómez teve melhor sorte na seletiva, e voltou ao PGA Tour.

Na trave – O que mais dói, para nós, brasileiros, é saber que Rocha esteve muito perto de ter garantindo o cartão por pelo menos duas vezes na temporada. A primeira foi no Reno-Tahoe Open, quando Rocha foi vice-campeão, perdendo por apenas uma tacada para um jogador que fez três eagles nos quatro dias, dois deles em buracos de par 4!

A vitória teria dado a Rocha dois anos de isenção. A segunda foi no último torneio do ano, na Disney, quando Rocha esteve a uma tacada de terminar o ano entre os 125 primeiros do ranking que mantiveram seu cartão. E isso sem falar no quarto lugar no Frys.com Open, onde teve outra chance de lutar pelo título. Ou na própria seletiva, que Rocha começou em segundo lugar, com 65 (-7) tacadas, e, depois de deixar a zona de classificação no quarto dia, voltou a ter chances com uma volta de 66 (-6) a terceira melhor da rodada.

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