26/02/2014
Golfistas de talento o Brasil sempre teve, mas faltava dar a eles condições de enfrentar de igual para igual os jogadores dos países mais desenvolvidos no esporte. Isso começou a mudar esta semana, com a criação de uma equipe de elite do golfe profissional brasileiro que tem como um dos principais objetivos classificar seus jogadores para defender o Brasil nos Jogos do Rio, em 2016, quando o golfe reestreia na família olímpica, após 112 anos de ausência.
Clique e veja as fotos do evento de lançamento da equipe YPK/Azeite 1492 de golfe
A iniciativa que promete revolucionar o golfe brasileiro foi tomada por dois patrocinadores tradicionais desse esporte, a YKP, de São Paulo, empresa de TI especializada em sistemas de gestão empresarial; e o Azeite 1492, do Grupo Libra, do Rio de Janeiro, que uniram seus esforços para expandir sua ação no esporte e criar a primeira equipe de golfistas profissionais do Brasil. O lançamento ocorreu dia 25 de fevereiro, no São Paulo Golf Club, na Zona Sul de São Paulo, onde dentro de duas semanas será jogado o Brasil Champions, a competição internacional de golfe mais importante e bem paga da América do Sul.
Jogadores – Os integrantes da Equipe YKP/Azeite 1492 mesclam experiência e juventude: Ronaldo Francisco, de 42 anos, número 1 do Brasil em quatro das últimas cinco temporadas; Philippe Gasnier, de 34 anos, o primeiro brasileiro, em mais de um século de história do evento, a se classificar para o U.S. Open, um dos quatro torneios do Grand Slam do golfe profissional; Daniel Stapff, de 23 anos, destaque da NCAA, o circuito universitário dos EUA, que virou profissional em agosto de 2012 e já jogou duas temporadas no PGA Tour Latinoamérica, o maior circuito do continente; e Rafael Becker, de 22 anos, campeão brasileiro por cinco anos seguidos (duas como juvenil e três como adulto), outro campeão da NCAA, que virou profissional em outubro passado e estreou no PGA Tour Latinoamérica, na última semana, na Colômbia, terminando em 12º lugar, entre 144 competidores.
“Só quem tentou fazer carreira no golfe mundial sem o apoio de um patrocinador sabe a importância de ter o respaldo de uma grande empresa”, diz Ronaldo, que despontou como um dos melhores jogadores do país justamente quando começou a ser apoiado pela YKP, há cinco anos. “Jogar no circuito mundial é muito caro e só tendo o apoio de um patrocinador você tem tranquilidade para mostrar todo seu potencial em campo sem se pressionar para conseguir uma bola colocação e poder para pagar as despesas para estar lá fora representando seu país”, completa Gasnier.
Competitividade – “Depois que o golfe voltou a ser esporte olímpico, não existe mais circuito profissional fácil no golfe mundial”, avalia Daniel, que iniciou a carreira vencendo a seletiva para o PGA Tour Latinoamérica, em 2012, e não esconde seu sonho de representar o Brasil nos Jogos Olímpicos. “Estrear no circuito internacional com o suporte de dois patrocinadores permitirá que eu desenvolva meu jogo ao máximo e fique mais perto de meus objetivos, que são chegar ao PGA Tour dos EUA e defender o Brasil nos Jogos Olímpicos”, diz Becker, considerado a maior relação da nova geração do golfe brasileiro.
Para a YKP, que também atua como patrocinadora de eventos de golfe em diversos níveis, os objetivos da nova equipe de profissionais são bem mais amplos do que ajudar esses profissionais a chegar ao golfe nos Jogos do Rio, em 2016. “Reunimos o que consideramos os melhores jogadores da atualidade no Brasil para que eles possam aperfeiçoar seu jogo e se tornar os líderes das novas gerações, para que representem o país não apenas nos Jogos do Rio, em 2016, mas também em 2020 e em muitas outras Olimpíadas”.
Ídolos – Sergio Carpi, diretor do Grupo Libra, responsável pela operação do 1492, azeite de oliva extravirgem de alta qualidade, com a menor acidez do mercado (0,2%), lembra que para crescer e se consolidar o golfe brasileiro precisa de ídolos. “Estamos unindo forças não só de nossas empresas, mas de um grupo de jogadores que reúne experiência e promessas, uma combinação que dá muito certo”, aposta o executivo. “Além de formar um grupo de muito talento, esses jogadores são pessoas que acreditam e exercem os valores do golfe como a ética, e sem ética não se vai a nenhum lugar”.
A cerimônia de lançamento da Equipe YKP/Azeite 1492 de golfe contou com a presença de Paulo Pacheco, presidente da Confederação Brasileira de Golfe, que além de dar o apoio da entidade ao projeto, ressaltou a importância da iniciativa inédita no esporte e como ela vai ajudar os esforços da CBG para desenvolver o esporte; e de Antônio Padula, presidente da Federação Paulista de Golfe, a maior do golfe brasileiro, que reúne cerca de metade dos campos e dos golfistas do país.
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