18/03/2025
Tota, Duda e Maria Eugênia tentam repetir, no Paraguai, o feito de Candy, Priscilla e Francisca
Tota, Duda e Maria Eugênia: Uma nova constelação de talentos no golfe feminino do Brasil. Montagem com fotos de Thais Pastor
por Ricardo Fonseca
Em 1997, no Gávea Golf, a equipe imortalizada como “As Três Marias” em um artigo do jornalista Ivo Simon, fez o golfe feminino brasileiro dar um salto de qualidade. O título Sul-Americano Juvenil que Maria Cândida (Candy) Hannemann, Maria Priscilla Iida, e Maria Francisca Bragança conquistaram por 21 tacadas de vantagem, inspirou gerações de novas atletas. Não se via algo assim desde 1976, quando a equipe formada por Maria Alice Gonzalez, Elisabeth Noronha (depois Nickhorn) Yolanda Figueiredo e Laura dos Santos foi medalha de bronze no Campeonato Mundial Amador por Equipes – Troféu Espírito Santo, no Vilamoura Golf Club, Algarve, Portugal, até hoje nossa maior conquista.
O time feminino do Brasil voltou a ser campeão juvenil sul-americano no ano seguinte, em 1998, na Colômbia, com Candy, agora ao lado de Mariana de Biasi e Isabel Dornellas. Depois disso, foram 21 anos sem subir ao pódio. O Brasil só voltou a terminar entre os três primeiros em 2021, em Quito, no Equador, quando Valentina Bosselmann e Meilin Hoshino foram vice-campeãs, duas tacadas atrás do time da casa. Naquele ano, as equipes tiveram apenas dois golfistas, ainda reflexo da pandemia que cancelou a competição de 2020.
As novas Três Marias – Quem terá agora a oportunidade de resgatar esse passado de glórias, são as novas Três Marias – Maria Eugênia Peres, Maria Eduarda Rocha, a Duda, e Maria Antônia Gavião, a Tota. Elas já estão no Parana Country Club, em Hernandarias, no Paraguai, onde disputam o título de 20 a 23 de março, quinta-feira a domingo desta semana. O Peru defende o título feminino, enquanto o Brasil vem de um nono lugar, quando Maria Eugênia e Tota estrearam no torneio juvenil, ao lado de Isabela Hammond, cuja família, que mora no Paraguai, está recebendo o time brasileiro. Tota jogou nos dois anos anteriores no Sul-Americano Pré-Juvenil.
No masculino, Guilherme Yoshikawa, Arthur Fernandes e Gustavo Giacometti tentam o primeiro pódio do Brasil desde 2019, quando a equipe formada por Andrey Xavier, Gui Grinberg e Thomas Choi empatou em segundo lugar, mas ficou em terceiro nos critérios de desempate e com isso perdeu uma das duas vagas sul-americanas para o Mundial Juvenil jogado anualmente, desde 1992, no Japão.
Mundial Juvenil – Até hoje, o Brasil classificou-se quatro vezes para o Mundial Juvenil masculino: em 1994, quando foi vice continental jogando com Alexandre Rocha, Leonardo Conrado e Vinicius Muller; em 1995, depois de ser campeão sul-americano, com Rocha, Ricardo Góes e Eudes Filho; em 2015, no Chile, quando ficou em terceiro jogando com Herik Machado, Paulo Mattos e Pedro Nagayama, mas foi beneficiado pela desclassificação posterior da Argentina, que tinha sido vice, e em 2016, quando foi vice-campeão na Venezuela, contando com Thomas Choi, Denis Kakimoto e Rohan Boettcher.
Muitos dos melhores profissionais do mundo já jogaram no Mundial Juvenil, uma lista que vai de Scottie Scheffler a Jon Rahm, passando por Ludvig Aberg, Viktor Hovland, Hideki Matsuyama, Emiliano Grillo, Cameron Smith , Joaquin Niemann e Justin Rose. Dos 60 jogadores que participaram dos Jogos de Paris em 2024, 40 já haviam participado do Mundial Juvenil. No feminino, que classifica apenas o time campeão, o Brasil nunca participou do Mundial.
História – O Brasil não venceu o Sul-Americano Juvenil desde 1995, mas, antes disso, era uma das equipes dominantes do continente com quatro títulos seguidos: em 1969, na segunda edição do torneio e a primeira de que participou, o Brasil foi campeão jogando com Jaime Gonzalez, Rafael Navarro e Fernando Kneese; em 1970, voltou a vencer com Jaime, Navarro e John Murdoch; em 1971 levou o tri, no Clube de Campo, com Jaime, Ismar Brasil e João Arie; e fechou o tetra em 1972, com Jaime, Roberto Gomez e Ricardo Mechereffe.
Em 1977 o Brasil voltou a vencer com Carlos Dluhosch, Marcello Stallone e Roberto Padua Soares. E depois foi bicampeão, em 1986, com Erik Anderson, Daniel Dias e Rafael Gonzalez, e 1987, no São Fernando, com Erik Anderson, Daniel Dias e Rafael Barcellos.
Individual – Outro resultado histórico do Brasil foi em 2015, no Chile, quando Herik Machado foi campeão individual do Sul-Americano Juvenil derrotando Joaquin Niemann, duas vezes campeão no PGA Tour e quatro no LIV Golf, a última delas esta semana, em sua própria casa. Uma curiosidade: em 1975 o time do Brasil contou com Armínio Fraga, presidente do Banco Central de 1999 a 2003, no governo de Fernando Henrique, que ficou em quinto com o time que tinha ainda Roberto Gomez e Roberto de Pádua Soares.
A delegação brasileira é integrada pelo treinador Nelson Ribeiro, pelo treinador adjunto Daniel Ishii e pela fisioterapeuta Eliane Balestrin. O vice-presidente Octávio Villar é o delegado do Brasil no Paraguai.
Como chegar. Dicas de hospedagem e alimentação. Preços e serviços
Aproveite o acordo entre a Pousada Travel Inn Trancoso e o Terravista Golf Course
Paris 2024: Corrida olímpica começa com o brasileiro Rafa Becker entre os Top 50
19/03/2025
17/03/2025
14/03/2025
14/03/2025
13/03/2025
12/03/2025
© Copyright 2009 - 2014 Golfe.esp.br. Todos os direitos reservados