Sul-Americano Juvenil: Brasil tem atuação modesta no Uruguai

06/04/2014


Delegação termina em quarto lugar no masculino e oitavo no feminino, entre dez países


Brasil: sem chances de disputar medalhas no golfe juvenil sul-americano em todo o século 21
Brasil: sem chances de disputar medalhas no golfe juvenil sul-americano em todo o século 21

por: Ricardo Fonseca

Ainda não foi desta vez que o Brasil conseguiu voltar a lutar por uma medalha no Campeonato Sul-Americano Juvenil de golfe. Na 43ª edição do torneio, encerrada neste sábado, no Cantegril Country Club, no Uruguai, a equipe masculina do Brasil ficou em quarto lugar, longe da disputa por medalhas, mas separada por apenas uma tacada do quinto e outra tacada do sexto colocado, enquanto, no feminino, o Brasil terminava em oitavo, a uma tacada da nona colocação, entre dez países.

Esses tem sido os limites históricos do golfe juvenil do Brasil no continente há bastante tempo. No masculino, há 19 anos o Brasil não termina entre os três primeiros. Os meninos do Brasil ganharam suas últimas medalhas com Alexandre Rocha, Eudes de Orleans e Bragança e Ricardo Góes, que foram campeões sul-americanos juvenis na Venezuela, em 1995, e com Rocha, ao lado de Leonardo Conrado e Vinicius Muller, em 1994, quando o Brasil foi vice-campeão. Desde então, os brasileiros terminaram, com a deste ano, dez vezes em quarto lugar, sua melhor colocação, com alguns desastres como o décimo e último lugar, em 2011, e o nono de 2012, quando ficou em penúltimo, a uma tacada do lanterninha.

Na tabela ao lado, você confere os resultados do Brasil no Sul-Americano Juvenil dos últimos 20 anos. Desde 2010, o país teve cinco de seus piores resultados da história, três no feminino e dois no masculino.

No feminino, depois de as meninas do Brasil terem sido bicampeãs, em 1997, no Gávea GCC, no Rio, com a famosa equipe das Três Marias (Maria Cândida Hannemann, Maria Priscila Iida e Maria Francisca Bragança), e em 1998, na Colômbia, com Candy ainda na equipe, agora ao lado de Mariana de Biase e Isabel Dornellas, o Brasil nunca mais conseguiu sequer chegar perto de uma medalha na competição mais importante da categoria no continente. O oitavo lugar deste ano é o quarto pior de quase duas décadas. Neste século, as brasileiras só terminaram melhor do que o sexto lugar três vezes: quarto, no Rio, em 2007, e quinto em 2002 e 2005 .

Meninos – O time formado por pelo carioca Pedro Junqueira, atual campeão brasileiro da categoria, que joga nos EUA; por Marcos Negrini, do Damha, o número 1 do Brasil, e pelo paranaense Ulisses Júnior, o segundo do ranking, começou o torneio em primeiro lugar, mas caiu para quarto na rodada seguinte e desde então só perdeu terreno para os adversários. Somou 590 tacadas, para terminar 13 atrás do Chile, que levou o bronze com 577. A Argentina, que vinha em terceiro, reagiu ao fazer o melhor resultado de todo o torneio na volta final (-8) para ainda ser a vice-campeã, com 567 tacadas, dez à frente do Chile e apenas três atrás da Venezuela, campeã com 564.

Junqueira pontuou os quatro dias para o Brasil. O segundo resultado da equipe foi conseguido três vezes por Negrini (73-82-76-76) e duas por Ulisses (79-81-82-76). No sábado, os dois jogaram igual.  Individualmente, Junqueira pode comemorar uma medalha de bronze extraoficial ao terminar no par do campo (70-72-70-72), com o terceiro melhor resultado do torneio. Ele ainda fez um hole-in-one na terceira rodada, na sexta-feira. Junqueira só foi superado por Jorge Catanese, da Venezuela, melhor da semana, com oito abaixo (71-69-68-68), e pelo argentino Alejandro Tosti, com uma abaixo (74-70-72-67). Tosti e de seu companheiro de equipe Marcos Montenegro, fizeram os melhores resultados de todo o torneio, na volta final, ao jogarem 67 (-4).

Meninas – No feminino, o destaque do Brasil foi a paulista Luiza Altmann, que como Junqueira joga nos EUA. Ela pontuou os quatro dias para a equipe (78-76-75-78), enquanto Carol Yamada, do Paraná (83-81-83-82) garantiu o segundo resultado da primeira e última rodada, e a paulista Giovanna Yabiku, de 14 anos (84-78-80-87) fazia o segundo melhor resultado das duas rodadas intermediárias. O Brasil somou 630 tacadas para terminar em oitavo, seis atrás do Uruguai, oitavo colocado, com 624, mas apenas uma à frente do Chile, que ficou em nono com 631.

A equipe feminina da Venezuela, que saiu na frente, quase garante a dobradinha do torneio como time masculino, mas perdeu o título para a Colômbia, que somou 585 tacadas, contra 588 das venezuelanas. A Argentina ficou em terceiro, com 593, seguida pelo Paraguai com 601. O melhor desempenho individual foi de Maria Villegas, da Colômbia, com 10 acima (75-76-71-72), seguida por sua companheira Valentina Roys (76-77-69-74) e pela argentina Aldana Foigel (75-74-74-73), ambas com 12 acima.

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