Sul-Americano Juvenil: Brasil volta a ganhar medalha após 20 anos

22/03/2015


Meninos terminam em terceiro no Chile, comandado por Herik, o melhor no individual


Paulo Mattos, Pedro Nagayama e Herik Machado: primeiro pódio masculino do Brasil em vinte anos no golfe juvenil sul-americano
Paulo Mattos, Pedro Nagayama e Herik Machado: primeiro pódio masculino do Brasil em vinte anos no golfe juvenil sul-americano

por: Ricardo Fonseca

Comandados pelo gaúcho Herik Machado, que fez o melhor resultado individual do torneio, o time masculino do Brasil terminou em terceiro lugar no 48º Campeonato Sul-Americano de Golfe Juvenil, encerrado neste sábado, no campo do Las Brisas de Chicureo, em Santiago, no Chile. O Brasil chegou à volta final com chances de lutar pelas medalhas de ouro ou prata, mas fez sua pior apresentação da semana, ainda assim o suficiente para garantir o bronze, sem sustos. No feminino, o Brasil terminou em oitavo e teve como destaque Luiza Altmann, quarta no individual.

O Brasil não ganhava uma medalha no Sul-Americano Juvenil desde 1995, quando Alexandre Rocha, Ricardo Góes, e Eudes de Orleans e Bragança Filho foram campeões na Venezuela, no mesmo ano em que as meninas do Brasil ficavam com o bronze. Em 1994, no Paraguai, o Brasil havia levado a medalha de prata no masculino. No feminino, o Brasil não ganha medalhas desde o bicampeonato iniciado em 1997, no Rio de Janeiro, quando as Três Marias (Maria Cândida Hannemann, Maria Priscila Iida e Maria Francisca de Orleans e Bragança) tiverem uma histórica vitória, repetida em 1998, na Colômbia por Cândida, Mariana de Biase e Isabel Dornelas.

Brasileiros – Herik, o número 1 do Brasil (foto ao lado), terminou em primeiro na classificação individual com 275 (68-68-66-73) tacadas, 13 abaixo do par. A equipe teve ainda Paulo Mattos, com 300 (72-77-73-78) , 12 acima, que teve três de seus resultados válidos para a equipe (valiam os dois melhores de cada dia), e Pedro Nagayama, com 313 (75-74-79-85), 25 acima, que contribuiu com o resultado do segundo dia. Paulo foi 15º colocado e Pedro 28º entre 30 competidores.

“Quando me dei conta que o time não tinha mais chances de ganhar, me foquei no título individual”, conta Herik, que alternou a liderança com o chileno até embocar o putt final, que lhe deu o primeiro lugar. “Aí comecei a controlar o jogo e buscava fazer apenas pares sem arriscar os bogeys”, conta o gaúcho. “No último buraco só pensava apenas em acertar o meio do green” continua Herik. “Estava muito nervoso e pressionado, mas consegui o melhor resultado de minha vida”, comemora o número 1 do país, que foi decisivo em classificar o Brasil para o Mundial Juvenil do Japão.

O Brasil levou a medalha de bronze com 572 (140-142-139-151) tacadas, quatro abaixo do par. O Chile foi campeão com Joaquín Niemann, Gabriel Morgan e Carlos Bustos somando 562 (134-138-144-146) tacadas, 16 abaixo, enquanto a Argentina levava a medalha de prata com 570 (137-139-143-151), seis abaixo. Niemann foi o melhor do Chile e segundo no individual, com 276 (67-67-70-72), tacadas, 12 abaixo e uma a mais do que Herik. O melhor da Argentina foi Jesús Montenegro, com 282 (66-69-72-75), seis abaixo e terceiro no individual. A seguir terminaram Peru e Venezuela (580), Paraguai (581), Colômbia e Equador (586), Uruguai (600) e Bolívia (620).

Explicação – Aqui cabe uma explicação. Devido ao fato do Sul-Americano Juvenil ser uma competição por equipes, não existe, como alguns insistem erroneamente em chamar, um “campeão” sul-americano individual, até porque não há premiação para essa classificação, feita de forma extraoficial. Isso acontece porque nesse tipo de torneio, o golfista não estão jogando apenas contra o campo, e sim defendendo os interesses de uma equipe em que uma tática mais conservadora ou mais agressiva pode ser necessária para defender uma estratégia ou colocação.

O mesmo acontece em seletivas que classificam vários jogadores para uma fase seguinte ou circuito, amador ou profissional, onde os melhores no individual são chamados de “medalhistas” e não de campeões, uma vez que balizam seu jogo em busca de uma das vagas e não do primeiro lugar. Isso não diminui o feito de Herik, apenas serve para explicá-lo melhor e orientar os que ainda não são afeitos às peculiaridades das competições de golfe por equipes.

Meninas – No feminino, o Brasil não consegue terminar na metade de cima da classificação final desde 1997, quando foi quarta colocada no Rio de Janeiro. Antes disso só teve foi melhor do que quinto em 2000, no Equador, com outro quarto lugar. Desta vez, o Brasil começou em terceiro, mas foi perdendo terreno e repetiu o oitavo lugar de 2014, no Uruguai, ainda assim melhor do que o 10º e último lugar de 2013, no Paraguai. Luiza (foto ao lado), com 291 (71-71-75-74) tacadas, três acima, foi o destaque da equipe, em quarto na colocação geral.

Ana Beatriz Cordeiro, com 313 (75-80-78-80) tacadas marcou o segundo resultado da equipe todos os dias e ficou em 25º na classificação individual. Lauren Grinberg, campeã brasileira juvenil, terminou em 30º com 334 (79-83-84-88) tacadas, 36 acima. As três primeiras no individual foram a paraguaia Sofía Linette García, com 280 (73-67-69-71), oito abaixo; e as colombianas Isabella Cardenas, segunda com 288 (70-66-78-74), o par do campo, e Vanessa Manrique, terceira com 289 (73-72-73-71), uma acima.

Campeãs – Graças a elas a Colômbia, que teve ainda María Alejandra Hoyos, venceu de ponta a ponta com 569 (143-135-146-145) tacadas, sete abaixo. O Paraguai ficou com a prata ao somar 574 (144-137-144-149), duas abaixo, e a Argentina com o bronze com 582 (143-135-146-145), seis acima. O Brasil ficou em oitavo com 604 (146-151-153-154), 30 acima. À frente das brasileiras ficaram ainda Peru (589), Equador (594), Venezuela (594) e Uruguai (595). Atrás terminaram Bolívia (607) e Chile (611).

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