Sul-Brasileiro: Trabalho impede Pepê de tentar ser nº 1 em Porto Alegre

01/05/2014


Duelo entre estrangeiros e brasileiros é atração do torneio válido para o ranking mundial


Conrado: três vezes campeão do Sul-Brasileiro de golfe chegou perto do título nos últimos três anos
Conrado: três vezes campeão do Sul-Brasileiro de golfe chegou perto do título nos últimos três anos

por: Ricardo Fonseca

Apesar do feriado prolongado de 1º de maio, Dia do Trabalho, Pedro da Costa Lima, o Pepê, o número 2 do Brasil, não conseguiu alívio de suas responsabilidades profissionais e não poderá jogar no 64º Campeonato Sul-Brasileiro de Golfe, que vai ser disputado de amanhã, sexta a domingo, no Porto Alegre Country Club, na capital do Rio Grande do Sul, valendo pontos para o ranking mundial e brasileiro. Luis Thiele, o número 1, que está na Europa, também não joga, o que fará com que ambos mantenham sua posição no ranking, que poderia ser invertida se Pepê terminasse entre os 12 primeiros no torneio desta semana.

Pepê, na verdade, nunca chegou a se inscrever, apesar de ter seu nome citado entre os jogadores do Sul-Brasileiro na divulgação feita pelo site da Confederação Brasileira de Golfe na quarta-feira. Com isso, os gaúchos Leonardo Conrado (3º do ranking); Octávio Villar, o Fanta (4º); e Herik Machado (5º), passam a ser os destaques brasileiros do torneio. O paranaense Homero de Toledo (6º do ranking), o carioca Daniel Kenji Ishii (7º) e o gaúcho Matheus Ballestrin (8º), completam a lista dos seis Top 10 do ranking nacional em campo.

Destaques – Conrado, que venceu o Sul-Brasileiro pela primeira vez em 1993, antes de deixar o golfe para estudar, formar-se em Medicina e casar, e na volta às competições, foi bicampeão em 2009 e 2010, tem a chance de ser o segundo a vencer o torneio em três décadas diferentes. E ele tem chegado perto. Conrado chegou líder à volta final de 2011, perdeu o título no playoff de 2012, depois de ter tido um putt de dois metros para vencer no buraco final; e foi o quinto colocado, mas melhor brasileiro, em 2013.

Outro que pode vencer o torneio em três décadas diferentes é Daniel Dias, que não compete mais fora de casa, mas é sempre favorito quando joga em Porto Alegre. Ele venceu o torneio em 1995, 2001 e 2005, e recentemente foi o quinto colocado e melhor brasileiro de 2013, empatado com Conrado. Outro único brasileiro ex-campeão do Sul-Brasileiro em campo é Felipe Lessa, o Torito, que foi número 1 do Brasil aos 13 anos e venceu o Sul-Brasileiro em 2003 e 2006.

Recordistas – O único a vencer o torneio em três décadas diferentes é Roberto Gomez, campeão em 1988,1994, 2004 e. E ele está de volta este ano buscando o quinto título, em quatro décadas diferentes, motivado a voltar a ser um dos melhores jogadores do Brasil, depois de quase dois anos sem competir regularmente. Fernando Chaves Barcellos, que venceu o torneio inaugural, em 1951, continua a ser o maior campeão da história do torneio, com sete títulos conquistados nas décadas de 50 e 60.

Nos últimos dois anos, porém, o Sul-Brasileiro foi vencido por estrangeiros, com o chileno Juan Cerda vencendo em 2012 num playoff contra Conrado e Paulo Davis, e Juan Ignácio Garmendia, campeão em 2013, quando as quatro primeiras colocações ficaram para argentinos. Garmendia está de volta depois de também defender o título em Brasília, há duas semanas, onde foi líder do primeiro dia, antes de terminar em quarto, uma tacada atrás dos vice-campeões. Os argentinos German Tagle e Manuel Arzuaga também jogam no Country.

O outro estrangeiro favorito ao título é o uruguaio Juan Alvarez, que voltou a ser amador após uma precipitada passagem pelo profissionalismo. Atual 302º do ranking mundial de golfe amador, Alvarez foi campeão da Copa Internacional José Artigas, no Uruguai, em janeiro, onde superou, entre outros, os gaúchos Herik Machado e Matheus Balestrin, que empataram em sétimo, Arthur Lang (13º) e o paulista Roberto Gomez (14º). Ele foi ainda Top 20 do Campeonato Sul-Americano, na Colômbia, e segundo melhor amador dos Jogos Sul-Americanos, atrás do carioca André Tourinho, que está jogando esta semana na Grã Bretanha, ao lado de Thiele.

Feminino – Entre as mulheres, Lúcia Guilger, a Barata, número 2 do Brasil, defende o título ganho em 2013 e tenta vencer pela terceira vez em quatro anos, depois de ganhar também em 2011. Sua principal adversária deverá ser a gaúcha Manuela Barros, de 23 anos, que mora em Santiago e joga pelo Uruguai, que foi campeão em 2012 ao superar Barata por 12 tacadas.

Outros destaques são as juvenis Carolina Yamada, do Paraná, e Giovanna Yabiku, de Campinas (SP). Luciana de Oliveira Fuchs é forte candidata ao título com handicap. A maior campeã da história do torneio é a gaúcha Elizabeth Nickhorn, com 18 títulos em quatro décadas diferentes, conquistados entre 1965 e 1999, incluindo duas séries de pentacampeonatos (1965 a 1969 e 1977 a 1981).

História – A primeira edição do Aberto Sul Brasileiro foi disputada em 1951, com as mulheres passando a competir em 1955. A cada ano o torneio ganha mais prestígio e qualidade, devido à organização e à qualidade do clube que recebe o evento. Localizado em um bairro nobre da cidade, o Porto Alegre Country Club (PACC) é uma reserva verde entre os edifícios, com muita vegetação nativa, lagos e pássaros de várias espécies.

Com 6.100 jardas e par 70 para os homens e 71 para as mulheres, que jogar o buraco 10 como par 5, não é particularmente longo, mas tem topografia acidentada com as amplas raias bem delineadas por árvores de diversos tipos. Os greens também são amplos, não muito ondulados, mas com inclinação acentuada.

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