Sulamericano Amador: Brasil tem seu pior desempenho no torneio

27/01/2013


Thiele e Tourinho, em 18º lugar, foram os únicos de oito jogadores a terminar nos Top 20


O inglês Callum Shinkwin e a canadense Brooke Henderson, de 15 anos: vitória no golfe em Bogotá
O inglês Callum Shinkwin e a canadense Brooke Henderson, de 15 anos: vitória no golfe em Bogotá

por: Ricardo Fonseca

A delegação de oito jogadores que representou o Brasil no 8º Campeonato Sulamericano Amador de Golfe – Copa Arturo Calle – no campo de par 72 do El Rincón de Cajicá, em Bogotá, na Colômbia, terminou com a pior atuação do país desde que o torneio passou a ser disputado em stroke play, há quatro anos. O paranaense Luis Thiele e o carioca André Tourinho, que ficaram em sexto e sétimo no ano anterior, desta vez terminaram empatados em 18º lugar, como os melhores brasileiros entre os homens, enquanto a carioca Clara Teixeira, que tinha conseguido um 22º lugar em 2011, foi a melhor entre as mulheres, na 24ª posição.

Desde a medalha de prata de Daniel Stapff e a de bronze de Felipe Navarro, quando o Brasil jogou em casa, em 2009, no São Fernando, no último ano de disputas match play do Sulamericano, os brasileiros vem piorando seu desempenho a cada nova edição do maior torneio amador individual do continente. Em 2010, foram quatro Top 15: Patrícia Carvalho (11º), Stapff (12º), Guilherme Oda (13º) e Gustavo Chuang (15º).  Em 2011, os destaques foram Thomas Pimenta (16º) e Clara (22º). E, em 2012, o Brasil comemorou dois Top 10, com Thiele em sexto e Tourinho em sétimo, além de Luciane Lee, em 12º.

Atraso – A dificuldade dos brasileiros é que a internacionalização do Sulamericano Amador em sua fase stroke play tem atraído golfistas de todo o mundo. Além disso, a decisão da volta do golfe nos Jogos Olímpicos, no Rio, em 2016, tomada em outubro de 2009 fez com que a maioria dos países não perdessem tempo e investissem fortemente em suas categorias de base e em seu golfe de alto desempenho nesse mais de três anos. O Brasil não fez a primeira parte e demorou a começar a segunda e vem pagando o preço.

O sonho de voltar a lutar por medalhas no masculino acabou logo no primeiro dia. Tourinho, que melhorou de resultado a cada dia e fez a melhor volta da semana entre os brasileiros na volta final, terminou em 18º com 306 (79-78-76-73) tacadas, empatado com Thiele (76-79-76-75). Gustavo Chuang empatou em 38º, 314 (76-78-80-80) e Ivan Tsukazan, do Damha, que fez o segundo melhor resultado brasileiro na segunda volta, ficou em 50º com 320 (83-74-79-84).

Brasileiras – Entre as meninas, a carioca Clara Teixeira ainda resistiu dois dias entre as Top 10, com chances de lutar por medalhas, mas perdeu terreno antes de terminar em 24º com 324 (76-79-85-84) tacadas. Luiza Altmann, do Damha, foi a segunda melhor, em 34º, com 332 (84-85-84-79). A também paulista Nathalie Silva ficou em 41º, com 340 (85-82-87-86), e Giulia Malmann acabou em 48º, com 368 (92-96-92-88). Os oito golfistas brasileiros foram acompanhados de quatro dirigentes: o “coach” inglês Shaun Case, a profissional Maria Alice Gonzalez, Elizabeth Bunny e José Joaquim Barbosa. A delegação teve patrocínio do HSBC.

O Sulamericano deste ano contou com jogadores de 19 países, incluindo delegações da Europa e Ásia. O objetivo é que ele se torne uma competição respeitada com os demais campeonatos amadores continentais e passe a dar vagas para o British Amateur, entre outras competições internacionais. Este ano o torneio reuniu 77 homens, dos quais 73 terminaram, e 52 mulheres (49 terminaram).

Campeões – O inglês Callum Shinkwin liderou o torneio desde o segundo dia, quase entrega o título na volta final, quando jogou 78, sua pior volta da semana, depois de fazer um duplo bogey, cinco bogeys e um único birdie. Ele somou 293 (75-70-70-78) tacadas, contra 294 (75-73-73-73) do finlandês Erik Myllymaki. O peruano Joaquin Lolas, em terceiro com 296 (77-72-76-71), foi o melhor sul-americano, seguido pelo argentino Alejandro Tosti, com 298 (80-74-73-71), Ambos fizeram as melhores voltas da rodada final e umas das poucas abaixo do par na semana.

A canadense Brooke Henderson, de 15 anos, reinou absoluta entre as mulheres ao vencer de ponta a ponta e terminar com seis tacadas de vantagem. Ela somou 299 (73-75-76-75) tacadas, contra 305 (75-76-78-76) da equatoriana Daniela Darquea, que foi a vice-campeã e melhor sulamericana, empatada com a canadense Jisoo Canada (78-76-76-75). A argentina Delfina Acosta, que defendia o título, terminou em quarto, com 307 (74-76-83-74), empatada com a colombiana Natalia Forero (77-78-76-76).

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