17/03/2017
Bater primeiro quem está pronto, e não quem mais longe, ajuda a diminuir em muito o tempo de jogo
Acima; Carlo Lovatelli, presidente do Terravista, e Glauco Doebeli, diretor de campo. Abaixo, nos treinos desta sexta, Paulo Armani, Denise Santos, Paolo Anselmi e Adilson Ramos; o casal mexicano, com Florinda e Bruno Tariant; e o Teatro L’Occitane.
Fotos: Thais Pastor
Os torneios do Terravista Golfe e Música 2017, em Trancoso, na Bahia, que começam neste sábado e domingo, dias 18 e 19 de março, com o 5º Terravista Amador de Golfe, serão os primeiros a adotar, no Brasil, o conceito “ready golf”, uma das medidas mais eficazes que se conhece para combater o jogo lento. O “ready golf”, que já usado informalmente em muitas competições amistosas, nada mais é do que incentivar a prática de bater primeiro na bola quem estiver pronto para jogar, e não quem está mais longe da bandeira.
O “ready golf” também será oficial para o 6º L’Occitane Golf Open, o segundo torneio da semana do Terravista Golfe e Música 2017, que será jogado de quinta a sábado da próxima semana, 23 a 25 de março. O “ready golf” é uma das principais propostas nas drásticas mudanças nas Regras do Golfe, que o R&A e a USGA, as duas entidades que controlam o golfe mundial, irão adotar a partir de 2019. E está sendo levado tão a sério que o R&A já avisou que o “ready golf” será adotado oficialmente no British Amateur deste ano, um dos torneios mais importantes do mundo.
Regras e Bom Senso – Hoje, as Regras de Golfe em vigor, sugerem que, no stroke play, quem fez o menor resultado no buraco anterior tenha a “honra” da primeira tacada e que quem estiver mais longe da bandeira, no campo, jogue primeiro (Regra 10-2). Mas isso nunca foi levado a ferro e fogo, tanto que a própria Regra do Golfe diz que não há penalidade no caso de essa determinação ser quebrada (a não ser em raríssimas exceção – casos de má fé -, que dependeriam de interpretação do Comitê de Competição).
Como tudo na vida, o “ready golf” precisa ser adotado com bom senso, tendo como limite não atrapalhar o adversário. E vale lembrar que o “ready golf” só se aplica em jogos Stroke Play, não em competições individuais de Match Play, onde o adversário pode exigir que quem jogou fora de ordem refaça a jogada, na ordem correta, mas ainda assim sem penalidade (Regra 10-1). No Stroke Play pode-se jogar em qualquer ordem em quase todos os casos, mas também há limites, permanecendo a proibição de jogar uma bola sobre o green com outra bola já em movimento (Regra 16-1f), ou jogar fora da ordem em um foursomes stroke play (Regra 29-3).
Com um recorde de mais de 170 jogadores inscritos, o teste com o “ready golf” será uma importante contribuição dos torneios do Terravista Golfe e Música 2017, para a guerra constante, travada no mundo todo, contra o jogo lento. E será fundamental no segundo torneio, o 6º L’Occitane Golf Open, quando mais de 100 jogadores estarão em campo, jogando em grupos de quatro golfistas cada.
Destaques – Muita gente importante vai jogar no 5º Terravista Amador de Golfe, a partir de amanhã, sábado. Adilson Ramos, presidente da Federação Baiana e Capixaba de Golfe (FBCG) estará em campo, assim como o ex-presidente da entidade, o francês Bruno Tariant, hoje morando no México. Bruno retornou à Bahia especialmente para esse torneio, acompanhado da mulher, Florinda Barreto, e de um casal de amigos mexicanos. Outro importante dirigente em campo é Eduardo Bradaschia, vice-presidente da Federação Paulista de Golfe (FPG).
Carlo Lovatelli, presidente do Terravista, foi ao clube nesta quinta-feira, para tratar dos últimos detalhes dos eventos com Glauco Doebeli, diretor de campo, e com o head-pro Anísio Santos. Lovatelli, no entanto está com o dedo machucado e não poderá competir este ano. Mas mais de 50 golfistas aproveitaram a manhã, com temperaturas amenas, para treinar e fazer o reconhecimento do campo.
Oito estados – Esta etapa vai reunir golfistas de oito estados – Bahia, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Goiás, Espírito Santo e Minas Gerais -, além de vários estrangeiros. A competição feminina também está animada, destacando-se ainda as presenças de Neusa Azevedo, Fabiola de Marco, Leila Bernardi, Paulina Essaki, Janete Godaski, Denise Santos e Lucia Sumikawa.
As duas competições de golfe organizadas pelo Terravista Golf Course têm patrocínio da L’Occitane em Provence – que também patrocina o Festival Música em Trancoso -, com apoio da Stella Artois; Uxuá Casa Hotel & Spa; Clé, empresa do grupo André Chenue; Villas de Trancoso; e Terravista Vilas Hospitality.
Música – O festival internacional Música em Trancoso será realizado de sábado a sábado, 18 a 25 de março, no magnífico Teatro L’Occitane, que fica dentro do campo de golfe. Na verdade, são dois teatros, um construído sobre o outro, cada um com capacidade para 1200 pessoas. O teatro superior, a céu aberto, é o escolhido para as apresentações com maior volume musical, como orquestras, enquanto o abaixo dele, coberto, recebe apresentações mais intimistas, além de ficar como plano B em caso de chuva.
O festival Música em Trancoso é uma produção da Associação Música em Trancoso em parceria com o Instituto Mozarteum Brasileiro, responsável pela programação musical. Pelo sexto ano consecutivo, o evento vai reunir, na Costa do Descobrimento, orquestras, músicos brasileiros e solistas internacionais, em apresentações de música erudita e popular que são uma experiência única. Este ano, foram convidadas a Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro e a Orquestra Acadêmica do Teatro Colón, que encerra o festival com a participação especial do Coral Lírico de Minas Gerais e do Coro Acadêmico Yurlov, da Rússia.
Festival – Na programação do 6º Festival Música em Trancoso, no Teatro L’Occitane, todos os dias, às 17 horas, há a abertura do bar, com início da apresentações às 18h30. Quinta e sexta-feira, 23 e 24 de março, das 12h30 às 13h30, haverá Concerto ao ar Livre, com a Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro, na Praça do Bosque, no Quadrado, em Trancoso.
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