The Players Championship: Kuchar vence seu grande torneio

14/05/2012


Fowler é vice e Na sucumbe à pressão da liderança e ao bullying do público


 Kuchar: vitória em competição com quase todos os melhores golfistas do mundo em campo
   Kuchar: vitória maiúscula em competição com quase todos os melhores golfistas do mundo em campo

por: Ricardo Fonseca

Após 12 anos de carreira, 265 torneios e apenas três vitórias, o americano Matt Kuchar, de 33 anos e quase 11 meses, finalmente conseguiu vencer um grande campeonato, daqueles que fazem diferença na biografia, ao conquistar o The Players Championship, neste domingo, por duas tacadas de vantagem. Um título que lhe deu o prêmio de US$ 1,71 milhão, o segundo maior do golfe mundial (só perde para os US$ 2 milhões que Rory McIlroy ganhou no Shanghai Masters, no final de outubro), cinco anos de isenção para o circuito (até 2017) e três anos de presença garantida no Masters. US Open, e British Open.

Depois de vence o Honda Classic de 2002, O sorridente Kuchar só voltou a vencer no Turning Stone Resort de 2009 e no The Barclays de 2010, ambos em playoffs, mas apesar dos dois anos de jejum vinha na melhor fase de sua carreira. Das 45 colocações entre os dez primeiros de sua carreira, 25 vieram desde o começo de 2010, sendo dez no ano passado e cinco até a metade da temporada deste ano. Suas três únicas colocações entre os dez primeiros em majors também vieram nesse período, incluindo o terceiro lugar no Masters deste ano.

Consitência – Isso explica porque Kuchar saltou para o quinto lugar do ranking mundial com apenas dois títulos no período de dois anos, o primeiro deles já caducando. Kuchar sabe, no entanto, que por mais importante que seja o torneio que reuniu quase todos dos melhores do mundo, num campo como o TPC Sawgrass, onde favoritismo é uma palavra vazia de significado, que por mais que seja considerado por alguns como um quinto major, ainda lhe falta uma vitória de Grand Slam na carreira.

Ao abrir a rodada com um bogey, Kuchar sabia que seria um dia difícil. Mas reagiu com quatro birdies e quando deu três putts no 17, sabia que o título já estava praticamente garantido. Optou por uma madeira e um ferro longo para a entrada do green do 18, sabendo que mesmo um bogey lhe daria o título. Não precisou. Dois putts bastaram para lhe dar uma volta de 70 tacadas, somar 13 abaixo e comemorar o título abraçado com a mulher e os dois filhos pequenos do casal.

Putt é dinheiro – As coisas poderiam não ter sido tão tranqüilas se Rickie Fowler tivesse embocado o putt de dois metros e pouco para birdie no 18, no grupo à frente de Kuchar, para diminuir a diferença para apenas uma tacada antes de o campeão optar pela madeira 3 e pelo risco maior de bogey. Kuchar viu – e ouviu – Fowler se recuperar de um duplo bogey no 5, com birdies seguidos no 16 e no 17.

Ao errar o putt no 18, Fowler jogou fora a chance de ainda sonhar com um playoff e terminou empatado em segundo com Martin Laird, Zach Johnson, e Ben Curtis. Feitas as contas do prêmio dividido, aquele putt de dois metros e pouco lhe custou também exatos US$ 399 mil, a diferença que ganharia a mais se ficasse sozinho em segundo. Mas Fowler estava radiante dentro de sua roupa laranja. “Finalmente as coisas estão dando certo”, comemorou o vice, que havia vencido seu primeiro torneio no domingo anterior e agora está entre os 20 primeiros do mundo. Com viés de alta.

Bullying – Kevin Na, o atormentado líder da véspera, incapaz de começar o seu swing sem várias ameaças nas tacadas iniciais, teve a complacência dos juízes, que o advertiram, mas não o penalizaram pelo jogo lento, mas não da torcida, tornado-se vítima do abominável bullying da torcida. “Puxa o gatinho” e “bate nela” eram os gritos que ouvia toda vez que seu taco voltava à posição inicial do stance. Ele perdeu a liderança com quatro bogey em cinco buracos e disse adeus a qualquer reação ao jogar a bola na água no 13 (ao lado do green do 17), para ouvir o coro “Na-na-na-na … adeus.”

O colapso de Na, previsto de véspera, e as 76 tacadas do domingo mantiveram um recorde do The Players, desde que ele saiu do março chuvoso e passou a ser jogado em maio, a partir de 2007, permitindo que os greens de Bermuda se apresentassem muito rápidos. Nesses seis anos o líder após 54 buracos nunca jogou menos de 74 na volta final e nunca venceu. A média deles está agora em 76,3 tacadas.

Reações – Martin Laird fez bogey no 18 para jogar 67 e ser um dos vice-campeões no vento da tarde deste domingo, depois de quase ser responsável pela maior virada das história do torneio. O escocês fez seis birdies em 13 buracos para empatar na liderança, mas um tiro ruim no tee do 14 lhe custou o bogey que, junto com o do 18, o deixou na espera de um desastre de Kuchar que nunca veio.

Outra excelente volta foi do inglês Luke Donald que começou em 31º lugar e chegou a estar em terceiro, resultado que o teria recolocado na liderança do ranking mundial. Ele jogou 30 de volta, com seis birdies nos nove buracos finais, para marcar 66 e terminar sozinho em sexto. Tiger Woods? Fez dois birdies nos três buracos finais para jogar 73, após marcar 40 de ida, e deixar o campo afirmando mais uma vez que jogou bem, apesar do 40º lugar. Pela primeira vez na carreira Tiger termina três torneios seguidos sem conseguir passar desta colocação.

Curiosidades – Desde sua vitória em 2011, Woods só terminou uma vez entre os dez, com o oitavo lugar de 2009. David Toms (10º) e Bob Estes (15º) jogaram 65, sete abaixo, para igualar a melhor volta do torneio; Ian Poulter e Martin Laird jogaram 65 na rodada de abertura. Bo Van Pelt jogou 69 para empatar em sétimo, com oito abaixo. Ele já tinha Top 10s em 2006 (8), 2010 (4) e agora em 2012 (7).

Três eagles foram feitos em pares 4 neste domingo: David Toms no buraco 6 de 393 jardas; Justin Rose no 12 de 358 jardas e Graham DeLaet no 10, de 424 jardas. Rose também fez eagle no 16, de par 5. Luke Donald foi o outro com dois eagles na mesma volta, a segunda, nos buracos 2 e 16, de par 5. Houve 40 (18-12-4-6) bolas na água este ano no 17, o mesmo número que em 2011. Nada perto do recorde de 93 em 2007.

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