The Players Championship: Na lidera, mas Fowler faz a diferença

13/05/2012


Torcida encontra no colorido jogador de 23 anos o ídolo que há tempos procurava


Fowler, em sua vitória domingo passado: laranja é a nova cor da moda no domingo de golfe no PGA Tour
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por: Ricardo Fonseca

Quando Rickie Fowler chegou ao buraco 17, o par 3 com o temido green-ilha, os milhares de torcedores que cercam o grande lago para assistir de camarote aos maiores desastres do dia ovacionaram o profissional de 23 anos que adotou recentemente o bigode e a barbicha que lhe renderam o apelido de capitão Jack Sparrow, dada a sua semelhança com o ator Johnny Depp em Piratas do Caribe. Líder até aquele momento do The Players Championship, com dez abaixo no total, sete no dia, numa volta até então sem bogeys, Fowler acabara de ser elevado à condição de novo ídolo do golfe que os americanos há tempos procuravam.

Fowler acabara de derrotar o norte-irlandês Rory McIlroy, o número 1 do mundo, para conquistar seu primeiro título no Wells Fargo, e agora, após uma volta onde mostrou um golfe maduro e emoções controladas – algo difícil após uma vitória histórica – finalmente colhia os frutos da glória, nos braços da torcida. A Europa tem McIlroy; os EUA agora tem Fowler, ambos de 23 anos, ambos o futuro do golfe.

Revanche – Tanta atenção pode ter desconcentrado Fowler no 18, sempre o buraco mais difícil do dia no TPC Sawgrass, onde errou o green e fez seu único bogey do dia para jogar 66, seis abaixo, ainda assim a melhor volta do dia. Fowler deixou o campo em terceiro lugar, com nove tacadas abaixo do par e apenas três atrás do líder, Kevin Na e com duas tacadas a mais do que Matt Kuchar, o segundo colocado, os dois únicos em campo com três voltas abaixo de 70. Juntos, os três tentam neste domingo dar a primeira vitória americano no torneio mais bem pago do PGA Tour americano, desde Phil Mickelson, em 2007.

Quando entrar em campo hoje vestindo a roupa laranja da Puma, dos pés à cabeça, que faz o preto e vermelho de Tiger Woods parecer um filme antigo, Fowler sabe que tem grandes chances de se tornar o primeiro jogador a vencer dois torneios seguidos do PGA Tour desde Tiger Woods em 2009. Kevin Na, o líder, terá que se preocupar mais com os árbitros, que esperaram até o buraco 16 para adverti-lo pelo jogo lento, mas que neste domingo, após se colocar tanto em evidência, devem persegui-lo de relógio na mão.

TOC – Para quem não acompanhou o jogo na TV, Kevin Na tem um sério problema em seu swing, não durante, mas antes da execução. Inseguro com o swing que mudou há pouco mais de um ano, ele entra e sai da bola repetidas vezes, ameaça um balanço curto, outro um pouco maior, e repete a rotina aos pares, até achar o momento de bater na bola. Seu caddie fica atrás dele até o último instante para conferir o alinhamento, mas o que Na precisa mesmo é de um psicólogo em sua bolsa.

A torcida, que costuma abrir contagem com as bolas na água no 17, desta vez se frustrou. Foram apenas três, com a bandeira generosa de sábado. Mas não perdoou Na, e passou a contar sua tentativas de swing, que não raro chegavam aos dois dígitos. Milagrosamente para quem joga nessas condições, grita consigo mesmo e pede desculpas repetidamente aos parceiros, Na jogou 68, uma das três voltas sem bogeys do dia, para liderar por uma graças a um birdie no 18.

“Soregrass” – Caso Na sobreviva a seu próprio drama, além de Fowler terá que se ver com Kuchar, que vai jogar a seu lado e suportar seu jogo lento. Fowler morou muito tempo perto de Sawgrass e para a torcida é local player no torturante Stadium Course de Pete Dye. Um campo com tantas armadilhas e artimanhas, que conseguiu o feito de não deixar nenhum jogador entre os dez primeiros do mundo entre os 13 que ocupam até a décima colocação, metade, talvez, com chances de lutar pelo título.

Neste grupo dos dez primeiros, há apenas um jogador entre os vinte primeiros do mundo: Kuchar, o 16º. São apenas dois entre os 30 primeiros, agora que Fowler subiu para 24 de mundo após o título no Quail Hollow. E quatro desses 13, não estão nem entre os 100 primeiros do mundo, um fora dos 200 primeiros. Não é a toa que oito jogadores abandonaram o campo alegando as mais diversas dores e até razões pessoais, com o argentino Angel Cabrera que jogou três bolas na água no primeiro dia e foi embora para casa. Uma doença coletiva que já tem até nome: soregrass, no trocadilho em inglês.

Coadjuvantes – Ben Curtis e Zach Johnson, empatados em quarto, com sete abaixo, cinco atrás do líder, vão ter que jogar muito golfe para não ser meros figurantes nesta rodada final. O venezuelano Jhonattan Vegas, ressurgido das cinzas de uma temporada ruim, lidera, com seis abaixo e seis atrás de Na, um grupo com alguma aspiração ao título, que tem ainda o inglês Brian Davis, o escocês Martin Laird e o americano Jonathan Byrd. Quatro outros estão em décimo, com cinco abaixo, um tanto distantes do líder para manter o otimismo.

Tiger Woods, que após um esforço hercúleo para passar o corte com uma boa volta de 68 tacadas, levou 11 buracos para fazer seu primeiro birdie num sábado onde nunca esteve abaixo do par no placar. Jogou 72, o par do campo, para perder quatro posições e empatar em 34º, com duas abaixo e nove atrás do líder. Ele sai a campo às 12h25 deste domingo, pelo horário do Brasil, e vai deixar a cena quando o pelotão, que sai às 15h45,
estiver jogando seus primeiros buracos.

TV – Talvez você nem veja Tiger na TV, já que a ESPN não vai transmitir a primeira hora e 15 minutos de jogo, entrando no ar às 16h15 no canal convencional e às 17 horas no canal HD. Para ver Tiger ao vivo só na internet, na transmissão do site do PGA Tour, que começa às 13 horas e mostra todos os grupos passando nos buracos 13 e no 17.

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