10/02/2016
A paulista Victoria Lovelady volta ao circuito para jogar ao lado de paranaense Miriam Nagl
Lovelady e Miriam: duelo brasileiro pelo posto reservado ao país sede no golfe dos Jogos do Rio 2016
Pela segunda vez nas últimas três temporada, o Brasil terá duas integrantes no Tour Europeu Feminino (LET), o segundo circuito profissional mais bem pago e importante do mundo, só perdendo para o LPGA Tour dos EUA. A paranaense Miriam Nagl, que jogou no LPGA por cinco anos e está no LET desde 2012, volta a ter a companhia da paulista Victoria Lovelady, revelada no São Fernando, que foi membro do circuito pela primeira vez em 2014, quando perdeu seu cartão e não o recuperou para 2015.
Mirian, na verdade, parou de competir por quase um ano quando engravidou de Laura Emília, nascida em janeiro de 2015, perdendo parte do segundo semestre de 2014 e todo o primeiro semestre de 2015. Já Lovelady, mesmo sem o cartão, conseguiu jogar sete torneios da temporada passada com convite dos organizadores, teve um 34º lugar no Buick Championship como melhor resultado e ganhou um cartão condicional para este ano. Miriam também ficou com um cartão condicional, com prioridade de inscrição um pouco melhor do que a de Lovelady, tanto pelo ranking final de 2015, como pela isenção médica a que ainda tem direito.
Golfe 2016 – Lovelady e Miriam travam uma batalha pelo posto de melhor brasileira no ranking mundial de golfe e pela vaga destinada ao país sede na volta do golfe aos Jogos Olímpicos, no Rio 2016. Miriam já esteve na frente, até classificada por mérito próprio entre as 60 jogadoras olímpicas, mas hoje vai perdendo o posto para Lovelady, que está à sua frente no ranking mundial.
No LET, Lovelady e Miriam terão apenas seis torneios até a definição das jogadoras para o Golfe 2016, em julho. A disputa começa esta semana, no torneio de abertura da temporada do LET, o New Zealand Women’s Open, € 200 mil em prêmios, de sexta a domingo, no Clearwater Golf Club, na Nova Zelândia. As duas não conseguiram vaga no torneio seguinte, o Women’s Australian Open, com US$ 1,3 milhão em prêmios, no The Grange Golf Course, na Austrália, mas têm convites dos organizadores para o torneio seguinte, o Racv Ladies Masters, de 25 a 28 de fevereiro, com € 250 mil em prêmios, no Royal Pines Resort, também na Austrália.
Calendário – Ambas também não podem jogar no torneio seguinte, o World Ladies Championship, em Misson Hills, na China, em março, restrito a 40 jogadoras, e terão que esperar até o começo de maior quando o LET retorna à atividade, com o Lalla Meryem Cup, no Marrocos. Depois, até a definição do ranking olímpico, haverá apenas mais um torneio em maio, o Buick Championship, na China, e os dois primeiros na Europa, ambos em junho: o Turkish Airlines Ladies Open, na Turquia, e o Tipsport Golf Masters, na República Checa.
Como alternativa, Lovelady e Miriam podem jogar os torneios do LET Access, o circuito de acesso, que terá cinco competições no período. Apesar de distribuírem menos pontos, os eventos do LET Access valem para o ranking mundial de golfe. Foi nesse circuito, em 2015, que Lovelady conquistou a maioria dos pontos que lhe permitiram superar Mirian no ranking mundial de golfe.
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