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Tour Europeu proíbe aposta entre os caddies

16/03/2011

Medida já estava em vigor, inclusive para jogadores, mas foi reforçada com medo de escândalos

Caddies e o segredo da pirâmide: sem apostas para não dar informações privilegiadas aos bookmakers

Caddies e o segredo da pirâmide: sem apostas e informações privilegiadas para os bookmakers

O Tour Europeu reforçou esta semana a exigência do cumprimento da cláusula imposta no início da temporada que proíbe terminantemente que jogadores e caddies façam qualquer tipo de aposta em torneios onde estejam jogando ou pretendam jogar ou que ainda possam exercer influência indireta, bem como fornecer informações privilegiadas para os “olheiros” das casas de aposta. O reforço parece se dirigir mais aos caddies que mantém as tradicionais apostas entre eles nos torneios, baseando seus palpites em informações sobre seus jogadores, o que tem servido de subsídios para os bookmakers do Reino Unido.

Pode parecer exagero, mas apostar em qualquer coisa é o maior esporte da Grã Bretanha atualmente. Basta entrar numa das grandes lojas de apostas na internet e conferir as modalidades disponíveis. Num major, por exemplo, chega-se ao detalhe de apostar em quem vai jogar pior num grupo de três, quem vai terminar em 18º ou 23º lugar, ou quem vai ficar ultimo. Não há limites para a imaginação quando se trata de apostar, para os britânicos

David Garland, diretor de operações do Tour Europeu, diz que a maior preocupação é evitar os escândalos envolvendo apostas que enlamearam outros esportes, como o rúgbi, por exemplo. Segundo ele, o golfe é o quarto esporte mais apostado na Grã Bretanha, com as casas de aposta decidindo o que vão pagar para quem acertar o palpite, não só pelo volume de apostas feitas, mas também por informações privilegiadas como a de que um favorito, por exemplo, esteja sentindo dores no ombro, algo que costuma correr no boca a boca entre os caddies na hora de suas apostas e “vaza” para os bookmakers.

Favores – As apostas dos caddies entre si não preocupam, e sim as que são feitas através de bookmakers, e a troca de favores que possa se estabelecer entre eles. “Só sabendo dos riscos que essas práticas envolvem podemos alertar os envolvidos para se abster delas e evitar que o golfe sofra danos”, diz o dirigente.

Alguém quer apostar se essa norma vai “pegar”? Estão pagando 10:3 que não!