21/06/2010
O 110º U.S. Open encerrado neste domingo, em Pebble Beach, não teve um campeão, teve um sobrevivente. Um a um, os melhores jogadores do mundo e outros coadjuvantes foram sucumbindo ao teste de resistência que a USGA montou na sede mais famosa do seu aberto, na Califórnia, sobre os greens mais feios que já se viu na história do torneio, até restar apenas um, o norte-irlandês Graeme McDowell, que jogou 74, sua pior e única volta acima do par na semana, para dar o primeiro título do U.S. Open à Europa em 40 anos.
Zebra por zebra, as apostas iam para Dustin Johnson, que venceu os dois últimos torneios do PGA Tour jogados em Pebble Beach e começou a volta final com seis abaixo do par, três de vantagem sobre McDowell e cinco à frente de Woods, o terceiro e último a chegar ao domingo com números vermelhos no placar. Mas o triplo bogey no buraco 2, seguido por um duplo no 3 e um bogey no 4, mostraram que havia algo muito errado com ele. “Estou vazando mais do que o poço da British Petroleum”, resumiu o próprio Johnson na metade da volta, antes de terminar com 82.
Estrelas – Era a vez de um trio de super-estrelas do golfe entrar em ação, comandadas por Ernie Els, que com um birdie no 6, chegou a três abaixo no dia e empatou na liderança. Mas veio o bogey no 9, um duplo bogey no 10, um bogey no 11, outro no 14 e outro no 17, para jogar 73, duas acima do par, e perder por duas.
Michelson ainda estava com o desastre do dia anterior entalado na garganta. Depois de jogar 66 na sexta, ele abriu a volta de sábado com dois bogeys, jogou 73 e viu sua chance de vencer um U.S. Open e ser número 1 do mundo começar a lhe escapar mais uma vez. Mas abriu a volta de domingo com um birdie e se manteve uma abaixo até a segunda volta, aonde chegou a ficar em segundo no placar, com Woods em quinto, o que lhe bastaria para ser o novo número 1 do mundo. Mas vieram os birdies no 10, no 14 e no 16, para jogar mais um 73 e terminar em quarto.
Tiger – Woods nunca foi uma real ameaça, apesar de a volta de 66 no sábado ter feito o que a vitória de 3 a 1 do Brasil sobre a Costa do Marfim havia conseguido momentos antes: fazer os adversários voltar a respeitar seu nome. Mas seis bogeys nos 12 primeiros buracos, que não são os mais difíceis do campo, mostraram que ainda falta alguma coisa para ele voltar a ser o Woods pré-escândalo sexual, mais do que um dia por semana.
McDowell também não foi lá essas coisas, com a sangria começando a partir do buraco 10. Dois bogeys consecutivos o deixaram acima do par na rodada, o que não acontecia desde o buraco 5 do primeiro dia. Mais dois bogeys no meio do caminho, um deles no 14, um par cinco traiçoeiro, e outro no 17, o fizeram jogar o 18 com cuidado redobrado. Qualquer erro e ele teria que volta nesta segunda-feira para disputar um playoff em 18 buracos contra o francês Gregory Havret, o líder na sede, com uma abaixo.
Zebra – Havret, esse sim, seria uma zebra digna do nome, não por seu swing, mas por se retrospecto no golfe, bem menos imponente do que o de McDowell. Vindo do qualifying, ele foi um vice-líder onipresente desde o buraco 6, onde fez seu segundo e último birdie do dia, ora acompanhado, ora sozinho. Apesar da pressão, jogou 72, a melhor volta entre os cinco primeiros colocados e era o único em todo o mundo torcendo para o torneio terminar na segunda-feira. Ele quase chegou lá, mas errou o putt para birdie no 18.
Enquanto cabeças submergiam, McDowell parecia alheio a tudo, como se não percebesse que seu barco também fazia água. Mas ele foi paciente e frio o suficiente para evitar o naufrágio. “É um sonho que se tornar realidade”, diz McDowell, que se tornou o primeiro norte-irlandês a vencer um major desde que Fred Daly conquistou o British Open de Hoylake, em 1947. “Sonhei com esse título toda a minha vida”, conta o norte-irlandês de 30 anos, que venceu seu quinto título do Tour Europeu há duas semanas, em Gales, e começa esta segunda-feira como número 13 do mundo.
Isenções – Apesar do desastre, Dustin Johnson ainda terminou empatado em oitavo, o que lhe garante uma vaga no Masters de 2011, mas não nos outros majors. McDowell, ele sim, tem presença garantida por dez anos no U.S. Open e por cinco nos demais majors.
Confira o resultado final
1 |
Graeme McDowell |
NIR |
71-68-71-74 |
284 |
2 |
Gregory Havret |
FRA |
73-71-69-72 |
285 |
3 |
Ernie Els |
RSA |
73-68-72-73 |
286 |
4 |
Phil Mickelson |
EUA |
75-66-73-73 |
287 |
4 |
Tiger Woods |
EUA |
74-72-66-75 |
287 |
6 |
Matt Kuchar |
EUA |
74-72-74-68 |
288 |
6 |
|
EUA |
75-74-68-71 |
288 |
8 |
Brandt Snedeker |
EUA |
75-74-69-71 |
289 |
8 |
Martin Kaymer |
ALE |
74-71-72-72 |
289 |
8 |
Alex Cejka |
ALE |
70-72-74-73 |
289 |
8 |
Dustin Johnson |
EUA |
71-70-66-82 |
289 |
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