17/06/2011
Brincadeiras à parte, Rory provou na prática o que Alexandre Rocha e outros jogadores já diziam: o campo ao lado de Washington, preparado durante dois anos para receber esse torneio, é “justo”, o que em linguagem de golfe quer dizer que é difícil, mas permite fazer birdies. Os seis birdies de Rory, numa volta sem erros, onde poderia ter jogado oito abaixo sem espanto, provam isso, bem como todas as 20 outras voltas abaixo do par da estréia.
Vantagem – Mas o 65 de Rory não deixa de ser um resultado excepcional, pois ninguém esperava que se chegasse a tanto na rodada de abertura, e cm tanta vantagem sobre os adversários, apesar das posições não tão difíceis da bandeira. As três tacadas que o separam dos demais é a maior vantagem na volta de abertura de um US Open em 35 anos, igualando o feito de Reid, em Atlanta, em 1976.O próprio Rocha, na véspera, declarou que se alguém jogasse oito abaixo pularia no lago do 18 de roupa e tudo. Faltou pouco.
“Eu se sento confortável o campo todo e sem nenhuma pressão”, conta McIlroy, que em seu último major, o Masters deste ano, desperdiçou uma vantagem de quatro tacadas na rodada final. Mas o que fez realmente a diferença para McIlroy é que ao contrário de quase todos os demais, ele parecia se divertir em campo e não estar trabalhando duramente.
Adversários – Rory começa a volta desta sexta, quando apenas os 60 primeiros e empatados, mas todos os jogadores até dez tacadas atrás do líder passarão o corte, com três de vantagem sobre dois campeões de majors: o coreano Y.E. Yang, primeiro asiático a vencer um torneio do Grand Slam e ainda por cima derrotando Tiger Woods no PGA Championship de 2009, e o detentor da jaqueta verde do Masters, Charl Schwartzel.
Empatados em quarto lugar com o brasileiro Alexandre Rocha (a história completa está aqui ), com duas abaixo, estão mais cinco jogadores, incluindo o espanhol Sergio Garic, que em seu inferno astral do golfe quase não joga as seletivas, e o sul-africano Louis Oosthuizen, o homem que tem a Claret Jug do British Open em sua sala de estar. Outros dez jogadores vem uma tacada atrás.
Ufa! – Quem não se divertiu em campo foi Phil Mickelson, o americano mais bem colocado do ranking mundial, e que carrega sobre si o peso de ser o favorito para impedir que os EUA completem cinco major sem um título, o que não acontece desde 1934, quando o Masters começou a ser disputado. Mickelson abriu a volta com uma bola no lago do 10, para fazer um duplo bogey e apesar de jogar mal e parcamente, fez um miraculoso 74 (+3). “Podia facilmente ter estourado os 80”, confessa Phil.
A “originalidade” da USGA de colocar os números um, dois e três do mundo para jogar juntos mais uma vez (copiando o que o Tour Europeu fez em Dubai e o PGA Tour no Doral), para atrair mídia e público, revelou-se um desastre com os três jogando, combinados, 17 bogeys, um duplo bogey e apenas oito birdies. Luke Donald (nº 1) e Martin Kaymer (nº 3) estão empatados em 64º lugar, com 74, e Lee Westwood (nº 2) em 84º, todos fora dos 60 primeiros, mas ainda acima da linha de corte.
Quem inventa… – “Originalidade” também foi o que não faltou à USGA ao decidir colocar três italianos(irmãos Molinari e Manassero), três espanhóis (Quiros, Garcia e Jimenez) e três asiáticos (Ishikawa, Yang e Kim) juntos, nos mesmos grupos. O qual o critério para ter Ian Poulter, Rickie Fowler e Hunter Mahan juntos? Convenhamos que o americano não é tão “fashion” assim. Já o grupo de Phil Mickelson, Dustin Johnson e Rory McIlroy é fácil de explica,r pelo talento.
O quesito originalidade também ganhou destaque na transmissão da TV. A não ser que Barack Obama tenha dado ordem à CIA de capturar todas as aves canoras da região e amarrá-las às árvores, com ordens de cantar da manhã ao anoitecer, os trinados altos e repetitivos que se ouve ao fundo são fake, gravados e colocados em looping.
Piorando – Talento foi o que faltou à USGA para fazer o site do torneio na internet. Para quem está acostumado à eficiência dos sites do PGA Tour ou do Tour Europeu, para ficar só nos grandes, ficou muito, mas muito abaixo da critica, pobre em tudo, sobretudo em informações e recursos. Já que não tem competência para tanto, por que não entregar a quem sabe fazer? Piorar o que já existe devia ser proibido por lei. É um major, gente!
Em tempo: Alexandre Rocha promete avisar com antecedência a roupa que vai usar nas próxima rodadas para não pegar distraído quem não o conhece bem.
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