US Open: Ronaldo vai a playoff por vaga em seletiva, mas não joga

06/05/2014


Crise de diverticulite tira chance de brasileiro; Gasnier abandona com dor no punho


diverticulite
Ronaldo: dores obrigam brasileiro a ficar fora do playoff e abandonar chance de jogar golfe no US Open

Um bogey no buraco final e uma crise de diverticulite, que lhe provocou dores em mais da metade do campo, tirou do paulista Ronaldo Francisco, o número 1 do golfe do Brasil, a chance de chegar pela segunda vez na fase final das seletivas para o US Open. Com cinco vagas em jogo, Ronaldo jogou 72 para empatar em quarto com mais três jogadores, mas, doente, não pode disputar o playoff que definiu as duas vagas finais, terminando apenas como segundo reserva da chave.

“Foi lamentável o que aconteceu”, diz Ronaldo, ainda com as dores na barriga que começou a sentir já nos EUA, ainda nos treinos para jogar na chave do Seagate Country Club, em Delray Beach, na Flórida, nesta segunda-feira, tendo como caddie o amigo Rafael Barcellos. “Treinei sentindo muita dor no estômago, a mesma crise de diverticulite que tive há um ano”, conta o integrante da equipe YKP/Azeite 1492 de golfe. “A partir do buraco 5 a dor ficou muito intensa e fui me arrastando no campo até terminar”, relata. “Sai pelo buraco 10, vinha duas abaixo até o 8 (seu 17º buraco do dia) e fechei o campo com um bogey que me tirou a vaga”.

Playoff – “Como estava na primeira turma do dia, Ronaldo entregou o cartão e foi para o hotel, distante 45 quilômetros em busca de seus remédios”, conta Ronaldo. “Estava com muitas dores, não aguentava mais ficar de pé”, diz o brasileiro. “Horas depois entrei no site e vi que tinha empatado e jogaria o playoff, mas não pude jogar”, lamenta. “Essa crise me tirou uma das grandes chances de vida”, diz Ronaldo, que além dos remédios precisou fazer compressa de água quente no estômago tentando aplacar a dor da cólica que ele define como insuportável. “Estou muito triste com isso, mas são coisas da vida e agradeço a todos que torceram por mim”.

O coreano Sunny Kim foi o medalhista da chave ao jogar 69. Chris Damiano e Gabriel Costa, da Flórida, jogaram 70 e ficaram com as duas vagas seguintes. Chris Scialo, de Nova York,  e Eric Beringer, da Flórida, ficaram com as duas vagas restantes ao derrotar Marc Turnesa, de uma das famílias mais importantes do golfe americano, no playoff entre os que jogaram 72. Turnesa ficou como primeiro reserva. Os argentinos
Rafael Gomez (74) e Maximiliano Godoy (76), também jogaram nesta chave.

Gasnier – No caso do carioca Philippe Gasnier, outra integrante da equipe YKP/Azeite 1492, o problema foi no punho. O carioca ainda jogou 15 buracos, antes de se conformar que não tinha condições de continuar e ir embora sem entregar o cartão. Em 2008, Gasnier passou por essa e pela fase seguinte das seletivas para ser o primeiro brasileiro da história a se classificar para o US Open, que jogou em Torrey Pines, no ano em que Tiger Woods venceu seu último major. Em 2011, Alexandre Rocha repetiu seu feito e foi além, ao se tornar o primeiro brasileiro a passar o corte, no ano em que Rory McIlroy ganhou no Congressional.

Felipe Navarro jogaria na mesma chave de Gasnier, no Orange Tree Golf Club, em Orlando, na Flórida, mas desistiu do investimento de US$ 150 que fez com a inscrição, exausto com a sequência de jogos de mais de um mês que teve pela primeira vez na carreira, disputando o PGA Tour Latinoamérica. Ele preferiu trocar a viagem por um investimento em preparação física e mental para jogar o restante da temporada latina, passando a trabalhar com Nuno Cora Filho, cujo pai foi o treinador de Ayrton Senna praticamente em todo o tempo em que o brasileiro competiu na Fórmula 1.

O amador Hank Lebioda jogou 67 para ser o medalhista da turma, enquanto o inglês Matthew Richardson (68) e Daniel Mazziotta (70) ficavam com as duas vagas seguintes, Quatro jogadores com 71 disputaram um playoff pelas duas vagas finais que ficaram para os canadenses Riley Wheeldon e Nick Taylor. O também canadense Wilson Bateman e Adrien Mork ficaram como reservas.

Mais brasileiros –
Amanhã, quarta os brasileiros continuam a jogar as seletivas, com destaque para Fernando Mechereffe, do Web.com Tour, que joga na chave do Holston Hills Country Club, em Knoxville, no Tennessee. Em outra chave, no Tour Course do Weston Hills Country Club, em Weston, na Flórida, serão quarto os brasileiros em campo:  Daniel Stapff, mais um integrante da equipe YKP/Azeite 1492 de golfe; Marcelo Jakubovic; Tomaz Pinheiro; e Thor  Salen.

Mas não é só. Nos dias seguintes também participam das seletivas Marcelo Monteiro e Luiz Jacintho. Alexandre Rocha será o último dos 12 brasileiros que se inscreveram este ano, mas ele entra direto na seletiva final, os Sectionals Qualifyings, em junho.

  • Onde Jogar

    Como chegar. Dicas de hospedagem e alimentação. Preços e serviços

  • Turismo

    Aproveite o acordo entre a Pousada Travel Inn Trancoso e o Terravista Golf Course

  • Golfe 2016

    Paris 2024: Corrida olímpica começa com o brasileiro Rafa Becker entre os Top 50


  • Newsletter

    Golfe.esp.br - O Portal Brasileiro do Golfe

    © Copyright 2009 - 2014 Golfe.esp.br. Todos os direitos reservados