Web.com Tour finalmente se rende ao talento de Lucas Lee

06/08/2015


Só sete semanas depois de chegar aos Top 25, brasileiro é lembrado entre os favoritos


Lucas Lee: reconhecimento tardio do golfe americano, mas merecido, agora que ele está a um passo do PGA Tour
Lucas : reconhecimento tardio do golfe dos EUA agora que ele está a um passo do PGA Tour

por Ricardo Fonseca

Lucas Lee é assunto das duas principais reportagens do site do Web.com Tour, o circuito de acesso ao PGA Tour, desta quinta-feira. Na primeira, encabeça, com direito à foto de abertura, as entrevistas com os jogadores do circuito que estariam classificados para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que começa exatamente dentro de um ano, se a convocação fosse hoje. Mas é a segunda, onde o profissional paulista só aparece discretamente, que faz a diferença: finalmente Lucas foi lembrado no “Power Ranking” da semana, a lista dos dez jogadores favoritos da etapa.

O brasileiro ó o quinto nome da reportagem intitulada “Dez jogadores a observar no Digital Ally Open”, o evento desta semana, um dos quatro torneios que faltam para o término da temporada regular do Web.com Tour, que classificará os 25 primeiros para jogar no PGA Tour em 2016. Lucas é hoje o 19º desta lista, com US$ 155,5 mil ganhos, uma posição confortável, mas sem estar com o cartão garantido, uma vez que a “bolha” de pretendentes a terminar agosto entre os Top 25 se estende pelo menos até o 30º colocado, que tem US$ 119,3 mil ganhos.

Reconhecimento tardio – “Começou o ano com um cartão condicional, mas disparou no ranking de prêmios com dois vice-campeonatos seguidos no meio da temporada. Jogou 64 na volta final em Utah para terminar empatado em oitavo”. A sucinta descrição da temporada de Lucas no Web.com Tour de 2015 poderia lembrar que ele só falhou um corte, depois de ter transformado seu cartão condicional em definitivo com um 16º lugar no BMW, no meio de maio, e que ele tem cinco Top 16 em 10 torneios.

Ao lado, reprodução da reportagem principal desta quinta-feira no site do Web.com Tour
 
O difícil de explicar é porque depois de ser duas vezes vice-campeão – e com chances de vencer – nas duas primeiras semanas de julho, o Web.com só agora se lembra do nome de Lucas entre os favoritos. Após os dois vice-campeonatos, feito nunca conseguido antes por um brasileiro no circuito, Lucas entrou pela primeira vez no ranking olímpico, onde aparece em muito boa companhia, ao lado de 30 dos jogadores do Bridgestone Invitational desta semana, o torneio dos World Golf Championship com a elite do golfe mundial.

Assunto do momento – Com Lucas e Adilson da Silva, o mais novo integrante da equipe YKP/Azeite 1492 de golfe, que frequenta o ranking olímpico desde sua primeira edição, há um ano, o Brasil passa a ter dois jogadores classificados por mérito próprio entre os 60 que jogariam no Rio 2016, feito só conseguido hoje por 24 países, entre eles apenas mais dois latino-americanos – Argentina e Chile . Potências do golfe no continente, como México e Colômbia, tem apenas um.

“Todo mundo na comunidade de golfe no Brasil só fala sobre isso”, disse Lucas, ao Web.com Tour, referindo-se à disputa entre os brasileiros para ver quem defenderá o país nos Jogos Olímpicos. “Todo se perguntam quem é que vai jogar pelo Brasil”, diz esse filho de coreanos, que nasceu em São Paulo mas mudou aos 11 anos para a Califórnia onde, seguindo os passos da prima famosa Angela Park, foi aprender golfe, e onde mora até hoje.

“Recebo constantemente mensagens no Facebook e no boletim informativo de golfe brasileiro … isso é o assunto principal de todas as semanas”, continua Lucas sobre a classificação olímpica. “Eles acompanham (o ranking) toda semana; esse é o grande assunto de lá”.

PGA Tour em primeiro lugar – Com os Jogos Olímpicos ainda tão distantes e um ranking volátil que muda a cada semana e que ficará interessante para valer três meses antes, ou pelo menos só quando começarem os grandes torneios de 2016, é natural que Lucas não esteja tão preocupado com o Rio, quanto está com o PGA Tour, cujos primeiros 25 cartões se decidem agora, em agosto.

Mais um ou dois bons resultados e Lucas se tornará o terceiro brasileiro da história a entrar no PGA Tour, e o segundo em 30 anos a conseguir o feito. Se tudo der errado, ele ainda estará entre os Top 75 que se unem aos 75 primeiros do ranking dos que irão perder seus cartões do PGA Tour, no final de agosto, quando acaba a temporada regular também por lá, para quatro eventos de repescagem os Finals, onde mais 25 cartões estarão em jogo.

Chegando ao PGA Tour, Lucas começa a temporada seguinte, a 2015/2016, ainda em outubro deste ano. Depois disso, aí sim, Lucas vai ter muito tempo para pensar nos Jogos Olímpicos e se preocupar com a vaga brasileira.

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