28/05/2015
por: Ricardo Fonseca
O 16º lugar que conseguiu no BMW Charity Pro-Am, encerrado dia 17 de maio, foi um excelente resultado para Lucas, que ganhou US$ 9469,29 de prêmio e passou para 111º do ranking do Web.com Tour, com 11.517,79 no total, já que havia ganhado US$ 2048,50 no Brasil Champions. O profissional paulista também voltou a pontuar no ranking mundial de golfe, onde somou 1,21 ponto para ganhar 14 posições, chegar a 652º do mundo e permanecer como o segundo brasileiro da lista, atrás apenas de Adilson da Silva (294º) e à frente de Rafael Becker (700º), Alexandre Rocha (938 º), Fernando Mechereffe (1000 º) e Ronaldo Francisco (1467), jogador da equipe YKP/Azeite 1492 de golfe que é o sexto e último brasileiro com pontos no ranking.
Por ter sido Top 25 no BMW, Lucas teria vaga garantida no torneio seguinte, o Rex Hospital Open, que começa hoje e vai até domingo, no TPC Wakefield Plantation, em Raleigh, na Carolina do Norte, com prêmio de US$ 625 mil. Mas ele nem precisou disso, pois na reclassificação (reshuffle) dos cartões condicionais feita pelo dinheiro ganho até o BMW, Lucas melhorou sua prioridade de inscrição o suficiente para estar garantido em todos os torneios do Web.com Tour até o final de agosto, quando termina a temporada regular.
Maratona – Serão 12 torneios, contando com o desta semana, onde Lucas poderá correr atrás do sonho de qualquer profissional de golfe: chegar ao PGA Tour, o circuito profissional de golfe masculino mais bem pago e importante do mundo. Para isso, ele precisaria terminar a temporada regular entre os 25 primeiros do ranking, uma das metas mais difíceis do golfe, ainda mais para ele que jogou apenas dois dos nove torneios já realizados. O 25º colocado do ranking hoje já ganhou US$ 70 mil, quase sete vezes a mais do que Lucas.
Mas há outra forma de chegar ao PGA Tour que consiste em terminar a temporada regular entre os 75 primeiros do ranking, o que hoje significaria ter US$ 27,2 mil ganhos, mais do que o dobro de Lucas. Mas é uma meta bem mais plausível, com tantos torneios a jogar. Os 75 primeiros do ranking no final de agosto garantem o cartão do Web.com Tour para 2016 e, ao mesmo tempo, classificam-se para os Finals, serie de quatro torneios que distribuirá outras 25 vagas para o PGA Tour.
Queda para cima – Curiosamente, no reshuffle feito após o BMW, o segundo do ano, Lucas caiu de 43º lugar do grupo 18 de prioridade de inscrição (Categoria condicional reordenada) para o 52º lugar. Mas como outras categorias foram remanejadas e outros jogadores caíram para categorias abaixo por só terem isenção até o primeiro ou segundo reshuffle do ano – caso dos que ganharam cartões condicionais via PGA Tour China, Canadá e Latinoamérica – Lucas vai se classificando para jogar todo o restante do circuito. Esta semana, por exemplo, todos os integrantes da categoria 18 conseguiram vaga no torneio.
Lucas chega nessa posição privilegiada por mérito próprio, já que no final do ano passado ganhou o cartão condicional do circuito ao ser finalista da Q-School, a seletiva anual para o Web.com Tour, disputada em três fases. Com o convite para jogar no Brasil, onde passou o corte, Lucas melhorou bastante sua prioridade de inscrição na primeira reclassificação após o Aberto do Chile, mas isso só lhe permitiu jogar mais um torneio, o BMW, onde entrou como último reserva, na véspera da competição, quando um jogador com problemas de visto americano teve que abandonar o torneio. Sorte também ajuda.
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