27/08/2015
por: Ricardo Fonseca
O Brasil está todo torcendo por Lucas Lee esta semana, no Portland Open, torneio final da temporada regular do Web.com Tour, que define, no domingo, os 25 primeiros jogadores que ganharão o direito de estar na próxima temporada do PGA Tour. Em 22º lugar do ranking de prêmios, Lucas ainda não tem o cartão garantido, uma vez que pode ser superado por outros jogadores, mas passar o corte deve bastar para ele se tornar o terceiro brasileiro da história a jogar no maior e mais bem pago circuito profissional do mundo, feito só conseguido antes por Jaime Gonzalez, de 1979 a 1982, e por Alexandre Rocha em 2011 e 2012
Com US$ 800 mil em prêmios, sendo US$ 144 mil para o campeão, o segundo maior prêmio do ano, qualquer jogador entre os Top 100 do ranking pode conseguir seu cartão do PGA Tour com o título do torneio que vai ser jogado de hoje, quinta, a domingo, no percurso Witch Hollow, de 7.041 jardas e par 71, do Pumpkin Ridge Golf Club, em North Plains, no Oregon, EUA. O Golf Channel transmite duas horas diárias do torneio todos os dias à noite.
Contas – Lucas precisaria ser superado por quatro jogadores no torneio final para perder o cartão do PGA Tour. Hoje ele tem US$ 15 mil de vantagem para o 26º colocado, e US$ 18 mil para o 29º. O problema é que os 13 primeiros colocados ganham mais do que isso, e se vários desta turma se colocarem nos Top 10 podem complicar a vida de Lucas. Mas o brasileiro, que ganhou o direito de jogar no circuito apenas no meio da temporada e jogou bem menos que os demais, já provou do que é capaz ao perder apenas um corte nos 13 torneios que disputou no ano (abandonou outro torneio), ser duas vezes vice-campeão, e ter ainda um oitavo e dois 16ºs lugares.
Esses resultados colocaram Lucas Lee no ranking Olímpico, onde aparece há dois meses, ao lado do profissional gaúcho Adilson da Silva, da equipe YKP/Azeite 1492 de golfe, como os dois brasileiros que estariam classificados para os Jogos do Rio 2016 se a competição fosse hoje. A chamada corrida olímpica, com dois anos de duração, começou em julho de 2014 e, desde então, Adilson nunca deixou de aparecer no ranking olímpico. Nas últimas semana Luca tem sido o 57º colocado e Adilson o 59º na lista dos 60 que jogariam no Rio. Ambos tem boa vantagem no ranking mundial de golfe sobre os jogadores que vem da 61ª colocação em diante.
Pressão total – Há muito mais coisas em jogo esta semana. O primeiro colocado do ranking após o torneio do Oregon vai garantir um cartão integral para a próxima temporada do PGA Tour. Os demais 24 ganham cartões sujeitos a re-rankings periódicos e terão que definir sua prioridade de inscrição nos Finals, serie de quatro torneios de US$ 1 milhão cada, que vai ser jogada em setembro e dará mais 25 cartões para o PGA Tour num ranking próprio.
Os Finals reúnem os 75 primeiros do Web.com Tour e os 75 primeiros que perderam seus cartões do PGA Tour no último domingo (126º a 200º do ranking da Fedex Cup). O dinheiro ganho nesta série vai definir a ordem dos 50 cartões para a temporada 2015-2016 do PGA Tour, que começa em agosto, sendo que o campeão dos Finals também ganha cartão integral.
Cartão – Quem não terminar entre os 75 primeiros do Web.com Tour após o torneio desta semana, perderá seu cartão do circuito e terá que reconquistá-lo na Q-School. Ou seja, jogar bem em Portland pode ser para muitos a diferença entre ter ou não ter emprego em 2016. Lucas já está garantido nos Finals. No ano passado, tanto Alexandre Rocha como Fernando Mechereffe perderam seus cartões do Web.com Tour. Rocha foi para o PGA Tour Latinoamérica, enquanto Mechereffe largava o golfe competitivo, ao menos temporariamente.
Em 2104 o mexicano Carlos Ortiz venceu em Portland para conquistar seu terceiro torneio do ano e garantir o primeiro lugar e o cartão integral do PGA Tour. Os Finals começam de 10 a 13 de setembro com o Hotel Fitness Championship, em Fort Wayne, Indiana.
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