Wish Resort de Foz aposta na qualidade de seu novo campo

09/04/2015


ABGS joga torneio no campo reformado para se tornar referencia na América Latina


Rodrigo Somlo, Claudio Kiryla, Miguel Palhota e Celso Teixeira treinam para o torneio de golfe da ABGS
Rodrigo Somlo, Claudio Kiryla, Miguel Palhota e Celso Teixeira durante o primeiro dia de treinos para o torneio de golfe da ABGS

por: Ricardo Fonseca

Encontrar o equilíbrio entre um percurso verdadeiramente desafiador e um palatável para os hóspedes do dia a dia sempre foi um desafio para quem projeta campos de golfe para hotéis e resorts em todo o mundo. Na dúvida entre priorizar o golfe de alto desempenho e o de final de semana, o Wish Resort Golf Convention, de Fox do Iguaçu, no Paraná, ficou com os dois, segundo aposta o designer americano Erik Larsen, hoje em vôo solo, após uma carreira de sucesso que o levou a presidir a American Society of Golf Course Architects, dos EUA, e ser, por sete anos, o vice-presidente e principal arquiteto executivo de Arnold Palmer em sua empresa de design de campos de golfe.

O campo está sendo reinaugurado esta semana com a disputa do I Open de Golfe Wish & Sênior Foz do Iguaçu, que inclui uma competição da Associação Brasileira de Golfe Sênior (ABGS) válida para o ranking estadual paranaense da entidade. O Wish Resort também foi totalmente renovado e conta com excelentes acomodações, restaurantes temáticos, bares, e estrutura de lazer para adultos e crianças. As voltas de treinos foram feitas nesta quinta-feira, 9 de abril, com o campeonato na sexta, 10, e sábado, 11.

Sucesso – O evento levou um grupo de quase 60 pessoas para o Wish Resort Golf Convention, entre jogadores e acompanhantes, que aproveitaram a viagem para visitar as cataratas de Foz do Iguaçu, fazer compras no Free Shop Puerto Iguazu, na Argentina, e no magazine Monalisa, no Paraguai, e jogar nos cassinos de tríplice fronteira. A grande maioria dos jogadores, perto de dois terços, são seniores membros da ABGS.

Nas fotos ao lado, de cima para baixo: o green do 11, ao lado do lago central do Wish Resort; o green de treino, com a sede ao fundo; as bancas grandes e ameaçadoras que são a marca registrada do campo reconstruído por Erik Larsen; e o green do 18, com a parte superior da sede ao fundo: visão privilegiada do terraço do Club House

Rodrigo Somlo, do São Fernando Golf Club, de Cotia (SP) é o jogador com melhor handicap do torneio (índex 2,7 e handicap 3 neste campo). Nesta quinta, ele treinou ao lado de Claudio Kiryla, presidente da ABGS, e de Celso Teixeira, da Golf Travel, organizadora da competição. Fabio de Carli, melhor jogador do Iguassu Falls, com índex 5,5, está no grupo de 12 jogadores que disputam a categoria de handicaps mais baixos e lutam também pelo título scratch.

Diversidade – Miguel Palhota, responsável pelo golfe do Wish Resort, recebeu os jogadores de quatro estados que disputarão o torneio em quatro categorias masculinas e uma feminina, com premiações gerais e outra exclusiva para associados da ABGS. Poços de Caldas (MG) mandou a maior delegação, com 13 pessoas, sendo sete jogadores. Mas há ainda jogadores de São Paulo, a maioria, Rio Grande do Sul e Paraná.

“Com par 72 e distâncias de variam de 7.100 a 4.900 jardas, em cinco conjuntos de tees, o Iguassu Falls GC é um campo difícil para os bons jogadores conseguirem quebrar o par, mas muito divertido para os hóspedes do resort; justo como deveria ser”, garante Larsen, que já projetou, construiu ou reformou mais de 100 campos de golfe em 25 países e 23 estados dos EUA. Mais do que reformar o antigo campo que existia no local, Larsen optou por construir um totalmente novo, no mesmo terreno, onde transparece a visão da arquitetura de campos de golfe que fez dele um designer premiado.

Tecnologia – A incessante evolução tecnológica e tacos e bolas levou os designers a criar campos cada vez mais longos, tendência só refreada pela capacidade de cada projetista em saber onde impor limites as melhores jogadores, tornando o risco dos drives descomunais mais alto do que a recompensa. Por outro lado a tecnologia também é aliada dos designers ao lhes oferecer uma variedade cada vez maior de gramas e técnicas de construção que ajudam a contrabalançar essa disputa entre distância e dificuldade.

“Optamos por ter raias de grama bermuda, roughs de paspalum, e dwarf (outra espécie de bermuda) nos greens”, conta Lars, que abusou das bancas que ele define como “grandes, ousadas e com bordas intimidadoras”. O conforto também foi privilegiado, com um novo Club House construído bem perto da sede do hotel, de onde, além de desfrutar de todas as comodidades que uma sede de campo de golfe deve oferecer, tem-se, do terraço do segundo andar vista privilegiada dos greens do 9 e do 18 e dos tees do 1 e do 10.

Harmonia – Larsen pode desenvolver seu projeto praticamente sem restrições impostas pela área de habitações e em harmonia com ela. “Os nove primeiros buracos circundam a propriedade”, conta o proprietário da Larsen Golf Architecture, que além Foz do Iguaçu acaba de refazer o percurso do Atlantic Beach, na Flórida, e está construindo novos campos no Vietnam, Laos e China. “Já os nove buracos finais foram construídos em metade da área central do terreno, com o restante sendo destinado à construção de casas e vilas. “Famílias de golfistas e seus convidados terão o campo de golfe como vizinho, o que lhes garantirá uma vista eternal dessa imensa área verde e das colinas ao redor”, conta o arquiteto.

Apesar dos três primeiros buracos estarem entre os mais fáceis do campo, o desafio começa já no 2. “É um par 4 curto, mas com o green abraçado por um lago, uma vista que valoriza a paisagem logo na entrada da propriedade”, conta Larsen. “O buraco 3, outro par 4 curto, onde se destaca um conjunto de bancas de bordas elevadas, tem a raia dividida, com os grande batedores tendo a chance de optar pelo lado mais difícil e chegar bem perto do green”, continua. “O 4 é um longo e bonito par 5, com um green em uma península”, diz Larsen, referindo-se ao segundo buraco mais difícil do campo, que é seguido por um par 3 também com o green cercado de água.

Favoritos – Depois de negociar com as águas, o golfista volta a ter boas chances de atacar o campo, tanto no 6 como no 7, este um lindo par 3 em descida, mas com 266 jardas do tee mais longo. “O buraco 8 inicia o caminho de volta para a sede através de um estreito beco de figueiras a caminho de um green estreito cercado de bancas”, conta Larsen, demonstrando que está entre seus favoritos.

O buraco 11, de par 3, tem o green próximo ao grande lago central do terreno, com um chafariz que valoriza a paisagem. Larsen também gosta muito da seqüência dos buracos 12 ao 14, pares 4 que “vão e voltam com uma grande variedade de distâncias, com destaque para o 12, que tem 495 jardas”. “O 16 tem mais uma raia estreita a caminho de um green elevado, e o 17 é um par 4 curto, mas um dog-leg morro acima, com bancas defendendo a curva e uma fileira de palmeiras reais à direita, até o green”, continua Larsen. “O 18 é um par 5 que dá para chegar em duas, com uma grande vista da sede e de paisagens distantes, um buraco que vai definir muitas apostas e torneios”.

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