19/11/2013
por: Ricardo Fonseca
Adilson da Silva e Alexandre Rocha já estão em Melbourne, na Austrália, para defender o Brasil na nova versão da World Cup de golfe, que mudou a partir deste ano para emular o sistema de disputa olímpico e testar a novidade da competição de duplas, por país, paralela à competição individual. Baseado no sucesso do torneio que vai ser jogado de quinta a domingo desta semana, no Royal Melbourne Golf Club, o regulamento da volta do golfe aos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, em 2016, pode ser alterado para dobrar o número de medalhas e distribuir ouro, prata e bronze tanto para a disputa individual como a de duplas.
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A importância do torneio promovido pela Federação Internacional de PGAs pode ser medida tanto pelo prêmio de US$ 8 milhões, como os pontos para o ranking mundial, equivalentes aos de um torneio dos World Golf Championships (Accenture, Cadillac, Bridgestone e HSBC), distribuidos de acordo com o resultado individual dos 60 jogadores em campo. Haverá US$ 7 milhões em prêmios para a competição individual, com US$ 1,2 milhão para o campeão, além de US$ 1 milhão em prêmios para as melhores duplas, com US$ 600 mil para dividir entre os campeões. Se alguém ganhar as duas competições leva US$ 1,5 milhão para casa.
Favoritos – O australiano Adam Scott, número 2 do mundo, campeão do Masters e que vem de duas vitórias consecutivas em seu país, nas duas últimas semanas, é o destaque da competição, jogando ao lado de Jason Day, 16º do ranking mundial de golfe, que chega abalado pela notícia da morte de oito parentes seus no tufão que destruiu a cidade natal de sua mão nas Filipinas.
O time da casa divide o favoritismo com a dupla dos EUA, que defendem o título ganho em 2011, quando havia apenas a competição de duplas, mesclando voltas de melhor bola e tacadas alternadas. Naquele ano, Matt Kuchar e Gary Woodland foram campeões com duas tacadas de vantagem sobre os ingleses Ian Poulter e Justin Rose e os alemães Martin Kaymer e Alex Cejka. Kuchar, número 7 do mundo, volta para defender o título, desta vez em parceria com Kevin Streelman, 57º.
Entre as duplas favoritas ao título estão ainda Graeme McDowell e Shane Lowry, da Irlanda do Norte; Matteo Manassero e Francesco Molinari, da Itália; Branden Grace e George Coetzee, da África do Sul; e K.J. Choi e Sang-moon Bae, da Coréia. Outro campeão de major em campo é Vijay Singh, de Fiji, que compete apenas no individual.
Brasil na World Cup – Adilson da Silva entrou direto na chave, enquanto Alexandre Rocha ficou como primeiro reserva até garantir a vaga quando um jogador à sua frente desistiu de ir à Austrália. A melhor colocação do Brasil na história das World Cups foi o quarto lugar que Jaime Gonzalez e Rafael Navarro conseguiram em 1979.
Mário Gonzalez está entre os 12 jogadores que mais defenderam seu país na World Cup, com 15 aparições. Seu irmão, Jose Maria Gonzalez Filho, o Pinduca, jogou 12 vezes na World Cup pelo Brasil. Entre os sul-americanos, eles só perdem para Roberto De Vicenzo, que defendeu a Argentina 19 vezes, e para Francisco Cerda, do Chile, com 18 edições jogadas. OS EUA são os maiores ganhadores da World Cup, com 24 títulos, seguidos pela África do Sul, com cinco, e Austrália e Espanha, com 4.
Regulamento – Haverá duplas de 26 países disputando as medalhas por equipes, enquanto oito jogadores que não conseguiram mais um de seu país na lista competem apenas no individual. Essa será a quarta vez que o Royal Melbourne Golf Club recebe a World Cup. Para o torneio deste ano, vai ser usada a mesma formatação de campo da Presidents Cup de 2011, com o uso de 12 holes buracos do West Course e seis do East Course do Royal Melbourne. Isso resultou num campo de 7.046 e par 71 (35-36).
De acordo com o regulamento igual ao dos Jogos Olímpicos, poderiam jogar todos os 15 primeiros do mundo, com limite de quatro por país, e do 16º em diante, até completar o número de 60 participantes, com limite de dois por país. A maior diferença desta World Cup com o golfe olímpico é que Inglaterra, Escócia, Gales e Irlanda do Norte estão competindo esta semana com times separados, enquanto no Rio estarão sob a bandeira da Grã Bretanha, com a Irlanda do Norte podendo se juntar à Irlanda como outro time, o que ainda vai ser definido. E a disputa de duplas, ainda é um teste.
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